terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Industriário é morto à tiros em Marabá

O industriário José Ribamar Furtado Costa, 58 anos, que residia na travessa Pará, bairro Santa Rosa, em Marabá, pode ter sido vítima de latrocínio. Ele foi morto na madrugada de ontem, por volta das 5h, na avenida Silvino Santis, quando seguia em direção a um ponto de ônibus na avenida Antonio Maia, Marabá Pioneira.
José Ribamar foi baleado três vezes e teve um relógio de pulso roubado, o que leva os parentes a acreditarem se tratar de latrocínio. Segundo a sobrinha da vítima, Marileude Costa Barros, o tio não tinha nenhum inimigo, era evangélico e costumava sair de casa na travessa Pará de madrugada para apanhar um
ônibus.
O industriário trabalhava em um frigorífico de Marabá e fazia esse percurso diariamente. Indubitavelmente é mais uma vítima da violência que campeia Marabá.
A sobrinha não fala abertamente a respeito de quem pode ter cometido esse assassinato, mas é sabido que na travessa Pará é comum a presença de traficantes.
Vira e mexe, nesta rua acontecem assassinatos envolvendo o tráfico de drogas, ou acerto de contas e geralmente tais crimes ficam impunes. A população parece sentir os efeitos dos traficantes, uma vez que não se pronuncia abertamente a respeito desta situação naquela rua. A morte de José Ribamar é mais um crime que pode entrar para o rol dos insolúveis, uma vez que a polícia tem poucas pistas sobre o matador. Para se ter uma ideia, a Divisão de Homicídios de Marabá (DHM) só volta a funcionar efetivamente no próximo ano.

OUTROS
Outros três corpos foram necropsiados neste final de semana no IML de Marabá. Um deles é de um adolescente de 17 anos que foi morto a golpes de arma branca, crime que aconteceu no assentamento 17 de Abril, no município de Eldorado do Carajás. Outro jovem que teve o mesmo fim foi Isaque de Lima, 22, morto com três tiros, após ter resvalado em uma mulher que estava acompanhada em uma festa. O crime aconteceu na madrugada do Natal, em Nova Ipixuna. A polícia, até o momento, não prendeu nenhum suspeito deste homicídio. Vítima de acidente de trânsito em Parauapebas deu entrada no Dia de Natal o corpo de Benedito Alexandre de Pinho Filho, de apenas 20 anos. (Diário do Pará)

Para evitar choro do filho, homem agride mulher

A farra no bar acabou no xadrez. Luiz Carlos Braga da Silva, de 21 anos, foi preso em flagrante após chegar em casa e tentar agredir o filho de um ano de idade e espancar a mulher. O homem, que estava em liberdade condicional após ter cumprido pena pela Lei Maria da Penha, foi autuado dentro da sua casa.
Segundo o delegado Renato Wanghon, Luiz chegou em casa na madrugada de ontem para tentar dormir. “Ele chegou para dormir, mas o filho estava chorando, impedindo Luiz de se deitar. Irritado, se levantou e partiu para cima do filho querendo lhe acertar um soco, mas sua esposa entrou no meio e recebeu todos os golpes”, contou.
Wanghon ainda alertou para o fato de Luiz estar em festas e ingerindo bebida alcoólica. “Por estar em liberdade condicional, ele não deveria estar na rua à noite e muito menos em um bar bebendo. Isso vai agravar ainda mais a situação dele”, explicou o delegado.

SOCOS
A mulher, que não teve o nome divulgado, foi acertada com vários golpes de socos, até que conseguiu pedir ajuda. A violência aconteceu na passagem São Raimundo, na Alameda Dina, no bairro de Águas Negras, em Icoaraci.
O caso foi registrado na Seccional Urbana de Icoaraci, onde Luiz foi autuado novamente pela Lei Maria da Penha, onde sua pena também será agravada por ameaça à vida, pois a todo momento Luiz ameaçava tirar a vida de sua mulher, como ela mesma contou à polícia. (Diário do Pará)

Pai é suspeito de estuprar as três filhas

Policiais civis da Delegacia do Jurunas prenderam, na manhã de ontem, um ex-presidiário, de 44 anos, cujo nome está sendo omitido como forma de preservar a identidade de suas filhas menores de idade. Ele foi denunciado por uma filha de 18 anos, que o acusou de espancá-la a socos e bofetadas. A jovem revelou também ao delegado Newton Nogueira que vinha sendo abusada sexualmente pelo pai desde os 13 anos, e que duas de suas irmãs, ainda menores de idade, também vinham sendo abusadas pelo próprio pai.
Segundo a filha, desde que saiu da cadeia, onde passou cinco anos cumprindo pena por estupro contra uma vizinha, seu pai vem se embriagando e, quando chega em casa, quer possuir sexualmente a ela e as irmãs. No domingo à tarde, como se recusou a ceder, foi espancada pelo pai.
O ex-presidiário foi ouvido pelo delegado Nogueira e disse que a filha que o acusa é mentirosa e que somente a espancou porque estava embriagado. Explicou que todas as vezes que isso ocorre ele fica violento e a espanca, pois não se dá bem com a jovem.
O delegado Nogueira disse que autuou em flagrante o ex-presidiário, na Lei Maria da Penha, pelo espancamento da filha e instaurou inquérito para apurar as acusações de estupro feitas contra ele pela filha mais velha.
No final da manhã, as três filhas foram até a delegacia, quando reafirmaram a violência sexual cometida pelo pai, tendo sido mandadas para exames no Centro de Perícias “Renato Chaves”.
Newton Nogueira já determinou que seus investigadores localizem testemunhas dos crimes pelos quais o pai é suspeito, para que possa enquadrá-lo melhor nos procedimentos que estão sendo tomados. (Diário do Pará)

Siameses apresentam melhora respiratória

A equipe médica liberou no final da tarde desta segunda-feira, 26, o boletim médico  dos siameses  nascidos no município de Anajás (arquipélago do Marajó), que deram entrada na Santa Casa no último dia 19 deste mês . Os recém-nascidos estão clinicamente estáveis, recebem leite materno que do Banco de Leite Humano da Santa Casa. Apresentam melhora respiratória, com gemelar esquerdo em ar ambiente e gemelar direito em oxigênioterapia. Seguem sem intercorrências. Não há previsão de alta.

A diretora assistencial da Santa Casa, Neila Dahas, informou que os bebês seriam gêmeos idênticos, mas acabaram nascendo acolados, por causa do atraso na divisão celular, que só aconteceu após o 13º dia de fecundação, ocasionando a anomalia. “É importante entender que são duas crianças e não uma criança com duas cabeças. Elas já foram submetidas a uma bateria de exames, que constatou que ambas têm cérebros distintos e duas colunas, mas dividem os outros órgãos”, explicou.
(Agência Pará)

Restaurantes da Estação iniciam vendas de mesas

A OS Pará 2000 que administra a Estação das Docas está preparando junto com a Secretaria Estadual de Cultura (Secult) uma grande festa de réveillon 2012. O evento acontecerá a partir das 21h, no dia 31 de dezembro, na Orla da Estação das Docas.

Segundo a presidente da OS Pará 2000, Lúcia Penedo todas as medidas estão sendo tomadas para proporcionar ao povo do Pará uma festa com segurança e tranqüilidade. Para isso, na última segunda-feira, 5 de dezembro, ela reuniu para acertar detalhes com os locatários da Estação e os órgãos envolvidos na questão de segurança, limpeza e programação cultural da festa de Réveillon.

“Não existe um local mais apropriado para as famílias celebrarem a passagem do ano novo que a Estação das Docas. Pela beleza da queima de fogos, a proximidade com a água da Baia do Guajará, onde os místicos aproveitam a oportunidade para jogarem flores ao rio. Outro ponto é a segurança, conforto e tranqüilidade que estão sendo preparados pelo Governo do Pará para oferecer ao público que for à Estação”, destaca.

As pessoas terão acesso gratuito ao Réveillon da Estação das Docas. Mas, para quem desejar uma área mais reservada, os locatários da Estação iniciaram na última quarta-feira, 7, à venda das mesas. Os valores variam entre R$ 400 a R$ 720 para quatro ou seis pessoas. (Ascom Pará 2000)

Veja abaixo a relação dos restaurantes que estão com mesas à venda:

Amazon Beer- Fone: 3212-5400

Spazzio a Bordo – Fone: 3212-2574

Restô das Docas – Fone: 3212-3737

Lá em Casa – Fone: 3212-5588

Capone Ristorante – Fone: 3212-5566

Marujos Bar e Restaurante – Fone: 3242-4809

Infraestrutura pede atenção redobrada

Hoje, nas cidades, é impossível se pensar em comercializar loteamentos sem infraestrutura de águas profundas (pluviais), meio-fio, asfalto e, principalmente, tratamento de água e esgoto. Sem esses requisitos é temerário adquirir lotes nesses empreendimentos. Na maioria das vezes, o cliente chega e vê apenas uma capa de asfalto, mas que tem muita lama embaixo. Esse tipo de empreendimento, depois de pronto, pode virar uma “favela a céu aberto”, alerta um experiente consultor imobiliário da região de Castanhal. “As empresas que comercializam esses lotes precisam entregá-los com toda essa infra, que não é tão cara assim, repassando o custo ao comprador, que não terá dor de cabeça depois. Dessa forma, os cofres públicos também não são onerados, já que a demanda para esse tipo de trabalho é grande em várias áreas das cidades”, aconselha.
O problema é que muitas prefeituras continuam aprovando esse tipo de projeto sem estrutura básica, o que mais tarde acaba se revertendo em gastos para o próprio poder público. “Muitas empresas surgem com projetos com o apelo do preço baixo e com uma prestação pequena. Os clientes precisam ficar atentos porque daqui a pouco podem ficar sem condições de pagar essas parcelas devido aos juros e correções que virão embutidos. Ou seja, é um produto de baixa qualidade que se tornará caro. Isto é a indústria de tomar lotes: a pessoa fica inadimplente, perde o lote e as quantias pagas”, ressalta.
Ele cita como exemplo a cidade de Castanhal, que vem experimentando um incremento no setor imobiliário nos últimos meses. A cidade possui apenas 18% da sua extensão territorial drenada. “Vários empreendimentos vêm surgindo nessa área que não é drenada, condenando os futuros compradores a viverem na lama. Precisamos ver ainda como se posicionam os organismos que controlam o meio ambiente no Pará. Onde está a Secretaria de Estado de Meio-Ambiente que não embarga obras desse tipo?”, questiona o consultor.
Recentemente, foi lançado um loteamento em Castanhal, na PA-320, na saída para São Francisco do Pará, que apresenta todos esses problemas. “Essa construtora oferece lotes com parcelas a partir de R$ 79,00. Fomos ao local e vimos que a área está apenas com uma tintura asfáltica e aterrada, mas sem qualquer infraestrutura de águas pluviais, esgoto ou água tratada. É uma temeridade alguém fazer negócio com esse tipo de empreendimento, todo maquiado. Onde está o Ministério Público?”, questiona o consultor.
Ele aconselha ainda que o comprador, antes de fechar o negócio, peça para que o corretor mostre os projetos das galerias pluviais, tratamento de esgoto e o tipo de asfalto. “Leia o contrato com atenção. Sem isso, comprará gato por lebre e terá muitos problemas pela frente”, alerta.
(Diário do Pará)

domingo, 18 de dezembro de 2011

Carreta com carga de 25 toneladas tomba na Duque

Uma carreta tombou por volta de 17h deste sábado (17), na avenida Duque de Caxias, próximo a travessa Curuzú, no bairro da Pedreira, em Belém. Ninguém ficou ferido.
Segundo o agente Rocha, da Companhia de Transportes de Belém (CTBel), a carreta vinha na Duque no sentido São Brás/Dr. Freitas quando um motociclista atravessou bruscamente sua frente. "O motorista tentou desviar para evitar um acidente e acabou tombando no meio da pista", disse Rocha.
O subtenente Edson, do Corpo de Bombeiros, reforça que o motivo do acidente tenha sido a imprudência: "Houve alguma falta de respeito no trânsito. O motorista foi desviar de algo, subiu a calçada e acabou virando".
A carreta carregava cerca de 25 toneladas de alumínio. Toda a carga foi conduzida para outro caminhão e retirada do local. Um guincho suspendeu a carreta e desocupou uma pista, que ficou interditada para o tráfego de veículos.
(DOL)

Ladrões são espancados pelo povo após assalto

A população cansou de ser vítima de ladrões tanto na capital como no interior e mesmo contrariando as normas pacificas perde a noção e parte para a ignorância quando se flagra alguém praticando violência contra qualquer cidadão indefeso.
Foi assim que Ezequiel Neves de Aquino, 26 anos, conhecido como “Cabeludo” residente no centro de Santo Antônio do Tauá e Haidibi Nunes Rosa,31 anos, residente no bairro Riacho Doce, em Marituba escaparam de ter um encontro com o criador após serem espancados violentamente e salvos pela pronta intervenção da Polícia Militar.
O fato, segundo informações dos cabos Assis, Jonilson, Saldanha e soldados Favacho, Farias e Palheta aconteceu na comunidade do km-29 na divisa entre os municípios de Santo Antônio do Tauá e Vigia de Nazaré, quando populares flagraram a dupla praticando um roubo contra uma pessoa da comunidade.
Mesmo armados com facas, “Cabeludo e Haidibi” foram presas fáceis para a turba enfurecida que desarmou os acusados, passando a espancá-los por um bom tempo e se não fosse à comunicação de uma alma caridosa à PM os dois não tinham escapada da surra. “Quando chegaram ao local encontramos os dois em estado lastimável sendo primeiro encaminhados ao hospital municipal”, informou o cabo Assis. (Diário do Pará)

Acho que foram poucas as que cairam certamente quando forem roubar outra vez vao se lembrar.

É obrigatório informar sobre pedofilia

No último dia 14 de dezembro, o governador em exercício, Helenilson Pontes sancionou a Lei N° 7.575 aprovada pela Assembléia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). A nova lei estadual, já em vigor, determina a obrigatoriedade de afixação de placas indicativas acerca do crime de pedofilia em hotéis, motéis, bares, restaurantes e lojas de conveniência em todo o Estado. Mas a maioria dos estabelecimentos desconhecem a nova Lei e alguns mantêm os avisos por iniciativa própria.
No primeiro artigo da Lei 7.775, estabelece a afixação de placas indicativas em locais de grande fluxo de pessoas, em especial, hotéis, motéis, bares, restaurantes e lojas de conveniência em estradas e avenidas. Mas a realidade ainda está bem longe disso. Na maioria dos casos, são os próprios administradores destes estabelecimentos que tomam iniciativas para alertar sobre a prática desse crime.
INICIATIVA
Em um motel localizado no bairro de São Brás, foi a iniciativa da própria gerência afixar um pequeno cartaz na recepção para alertar sobre a proibição da entrada de menores de idade no local. “Temos muita preocupação com documentação tanto de garotos quanto de garotas. Tomamos a iniciativa de colocar o aviso, não recebemos nenhum comunicado a respeito, mas somos muito rigorosos com isso”, explicou a administradora Glória de Fátima Cereja.
Mais do que alertar sobre a proibição de entrada de menores nos estabelecimentos, os avisos deverão conter mensagens sobre a prevenção e combate à pedofilia e ao abuso sexual contra crianças e adolescentes e a própria legislação federal que trata do tema. Deverá também ser mencionado o número do telefone para denúncia da prática do crime (0800-999500) ou ainda do Disque-Denúncia (180). As placas devem também ser afixadas em locais de fácil visualização ao público em geral.
No Terminal Rodoviário de São Brás, local de grande movimentação de pessoas, não foram encontrados nenhum tipo de alerta ou cartaz sobre a prevenção da pedofilia. Apenas sobre os casos de combate a Dengue e prevenção ao Sarampo e Influenza A.
Em um hotel do centro de Belém foi encontrado um aviso sobre a prevenção sobre casos de pedofilia, mas também foi uma ação dos próprios administradores do local. “O cartaz está afixado há mais de um ano. Mas ainda não fomos comunicados da nova lei”, afirmou Nilson Cesar Suzuki, supervisor do hotel.
FISCALIZAÇÃO
A fiscalização do cumprimento da nova Lei caberá ao Poder Executivo, que ficará responsável pela normatização e regulamentação dos avisos. A Divisão de Polícia Administrativa (DPA) da Polícia Civil, dirigida pelo delegado Roberto Teixeira de Almeida, é quem coordenará a fiscalização da nova Lei.
Houve tentativa de falar com o delegado para tentar saber como esse trabalho será realizado, mas em virtude do horário o delegado se encontrava em transito para o município de Capanema. (Diário do Pará)

Belo Monte: grupo faz protesto em Altamira

Cerca de 20 pessoas ligadas a movimentos sociais fizeram na manhã deste sábado (17) manifestação contra a Usina Hidrelétrica de Belo Monte. O foco do protesto é para alertar contra o uso do dinheiro público para o financiamento da hidrelétrica.
“Belo Monte com meu dinheiro, não” foi o slogan adotado. Além de Altamira, mais oito cidades de sete estados brasileiros fizeram manifestações iniciando a campanha. O Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) é o alvo principal dos protestos.
“Não queremos que os bancos usem nosso dinheiro para financiar esse projeto”, diz Antonia Melo, uma das coordenadoras do Movimento Xingu Vivo para Sempre, uma das principais vozes contrárias ao empreendimento alçado à condição de prioridade pelo Governo Federal.
Os ativistas escolheram o mercado principal de Altamira para a manifestação. Às 8h, faixas e cartazes começaram a ser espalhados nas imediações e cruzamentos, enquanto panfletos eram distribuídos.
“Não podemos aceitar calados tanta violência social causada por essa obra”, disse o professor Lázaro Verçosa, um dos coordenadores da manifestação, que iniciou às 9h e durou cerca de duas horas.
Quase no mesmo espaço a prefeita de Altamira Odileida Sampaio inaugurou uma placa de homenagem ao Centenário de Altamira, feita pela Maçonaria local. A prefeita só confirmou a descida do veículo  oficial quando teve a certeza de que não seria alvo de protesto dos manifestantes.
EM BELÉM
Na capital paraense também hove manifestação. Organizado pelo Movimento Xingu Vivo, o ato público saiu da praça da República em direção ao Banco do Brasil onde foi realizado uma encenação, depois o grupo seguiu para o Banco Central e à AGU e protestaram pintando a mão com urucum e marcando as paredes do prédios.
(DOL, com informações do repórter Ismael Machado)

TRE diplomou Jader como senador da República

O senador Jader Barbalho (PMDB) foi diplomado ontem à tarde pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/PA) e deverá assumir o mandato no Senado da República até o dia 21, quando se realiza a última sessão do órgão. Logo após a diplomação, toda a documentação necessária à posse foi enviada pela corte eleitoral paraense ao Senado Federal, a fim de agilizar o processo de posse.
O presidente em exercício do TRE/PA, desembargador Leonardo Tavares, foi quem diplomou Jader Barbalho, na sala da presidência, sem pompas a pedido do próprio senador. A posse estava prevista para a manhã da próxima segunda-feira, mas a assessoria jurídica do peemedebista solicitou a antecipação do ato, a fim de acelerar o processo de posse no Senado Federal.
Além de Jader Barbalho, os assessores jurídicos Sábatto Rossetti e Maria Eugênia Rio assistiram à diplomação, além de seu filho, o prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho e os dois suplentes do senador, Fernando Ribeiro e Wilson Ribeiro.
Jader Barbalho foi eleito como o segundo senador mais votado na eleição 2010 com quase 1.8 milhão de votos, mas foi impedido pela justiça eleitoral de tomar posse, por causa da Lei Ficha Limpa (Lei Complementar 135).
Mas, este ano o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a lei não se aplica à eleição 2010 porque foi aprovada no mesmo ano da eleição, portanto, estaria em confronto com a Constituição Federal, que determina a validade de mudanças na regra eleitoral, a partir de leis aprovadas um ano antes do pleito eleitoral seguinte.
Dia 14 deste mês o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, concedeu o direito de posse a Jader Barbalho. Com a diplomação em mãos, o senador está com tudo preparado para ser empossado no Senado Federal. (Diário do Pará)

Filhos de hansenianos buscam indenização

A voz engasga e as lágrimas correm fáceis quando a professora Iverlândia Lemos lembra dos onze anos em que foi obrigada a ficar afastada dos pais. Assim que sua mãe foi diagnosticada com hanseníase, ela foi ‘arrancada’ de seu convívio para se tornar ‘órfão de mãe viva’. “Eu não tive oportunidade de ser amamentada por minha mãe, não pude sentar no seu colo e, por causa disso, até hoje, passados 35 anos, eu não sei dizer ‘mãe’ para a mulher que me deu a vida”.
O relato de quem sofreu por uma política de saúde equivocada entre as décadas de 40 e 90 no Brasil, não é apenas de Iverlândia. Durante a audiência pública realizada na manhã de ontem na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (AL) para discutir a necessidade de pagamento de indenização para os filhos de hansenianos que foram afastados dos pais nesse período, muitas foram as histórias contadas.
Ciente da importância de não negar seu passado, Iverlândia era apenas uma das pessoas que lotaram o auditório da AL em busca de respostas. “Fui retirada do convívio dos meus pais recém-nascida e fui levada para o educandário. Enquanto eu estava lá, eu não sabia quem eram os meus pais e nem onde eles estavam”, lembra. “Quando eu já tinha onze anos é que chegaram para mim e disseram ‘esses são seus pais’”.
Para ela, nada pode reparar os momentos de sofrimentos vividos em decorrência da separação, ainda assim, clama para que parte dos danos sejam amenizados. “Queremos que o governo federal tente reparar esses danos que causaram para a gente. A dor maior foi a retirada do amor de nossos pais e isso não pode voltar, mas eles precisam reparar”.
A indenização pleiteada atualmente pelos brasileiros afastados do convívio dos pais já foi recebido pelas pessoas que adquiriram a doença na mesma época, os pais. Segundo o coordenador nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Arthur Custódio, o Brasil foi o primeiro país a oferecer a reparação. “Foi o primeiro a indenizar os pais e, provavelmente, vai ser o primeiro a indenizar os filhos”.
AUSÊNCIA
Segundo ele, a AL do Pará é a 12ª do Brasil que aceitou conversar sobre a possibilidade de indenização. De qualquer modo, durante a reunião realizada ontem, apenas um deputado estadual compareceu. “Essa é uma questão de justiça, acima de tudo. O governo cometeu um grande erro que teve sérios prejuízos, mas é preciso que o governo reconheça que errou”, destacou o deputado estadual João Salame (PPS). “A reparação é o reconhecimento e, acima de tudo, o governo começar a agir de outra maneira. É preciso criar políticas públicas de inclusão”.
Para os representantes do Morhan, que fizeram questão de comparecer à audiência pública, a expectativa era maior. “Me sinto frustrado quando chego aqui e encontro apenas um deputado. Era necessário que todos os deputados estivessem aqui para demonstrar que são solidários à nossa causa e que não estão interessados apenas no nosso voto. É uma pena”, frisou o vice-presidente nacional do Morhan, Cristiano Torres.
Vítima da política que o separou de seus pais em decorrência da hanseníase, Cristiano é uma das pessoas que dedicam a vida à causa. “A nossa força é muito maior que a indiferença deles (deputados)”, acredita.
“Separou-se os filhos dos pais com hanseníase em todo o Brasil e não resolveu; a hanseníase continuou crescendo. Essa separação foi uma mutilação dos direitos humanos”.
Ao contar mais uma história de sofrimento em decorrência da separação, ele clamou pela ajuda das autoridades presentes. “Tenho uma irmã que toma remédio controlado porque esteve no educandário e, como as freiras não tinham como tomar contas de todas as crianças, davam remédio paras as crianças dormirem. Isso fez com que muitos ficassem com sequelas, assim como a minha irmã”. (Diário do Pará)

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Cabo da PM é expulso da corporação

O Cabo da PM, Alcides Cavalcante da Silva Junior, 44, que era lotado na ROTAM e foi detido no último sábado nas dependências da sede da Tuna, suspeito de pedofilia, foi expulso nesta quarta-feira (14) da Polícia Militar, de acordo com a portaria nº 1523/2011, assinada pelo Comandante Geral da PM.
A publicação do ato a bem do serviço público, consta no Diário Oficial do Estado nº 32055, com data de ontem. A prisão do ex-PM ocorreu após denúncias de adolescentes que teriam sido abusados por Alcides. Os jovens faziam natação na sede da Tuna.
(Diário do Pará)

Assaltante que mantinha refém se entrega à polícia

O assaltante que mantinha um refém no interior de um veículo modelo Siena, na travessa Tiradentes esquina com a avenida Assis de Vasconcelos, acaba de se entregar à equipe da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam). A negociação estava sendo comandada pelo capitão da PM, Valinoto. O irmão, que era cúmplice do assaltante, mas se entregou, e a namorada dele, estavam no local para auxiliar nas negociações.
Os bandidos tentaram assaltar uma imobiária localizada em frente à Praça da República, mas foram surpreendidos por agentes da Polícia Civil quando tentavam fugir do local. Eles atiraram contra os policiais para tentar intimidá-los. Acuados, pegaram uma pessoa de refém. A ação toda começou há cerca de meia hora.
No meio das negociações, uma viatura da Rotam foi atingida por um veículo, aumentando ainda mais a tensão no local. Os criminosos serão encaminhados para a Seccional do Comércio.
(DOL)

Pará leva 'bronze' em homicídios

Baseado em dados levantados até 2010, o Instituto Sangari divulgou nesta quarta-feira (14) o mais recente mapa da violência no Brasil. O país ultrapassou, nas últimas três décadas, a marca de um milhão de vítimas de homicídio. E o Pará saltou do 21º lugar no ranking dos estados mais violentos para assegurar uma indesejável medalha de bronze nesse quesito. Segundo o levantamento feito pelo instituto, o ranking do Mapa da Violência 2012 é liderado por Alagoas, seguido pelo Espírito Santo, Pará, Pernambuco e Amapá.
No Pará, dois municípios chamam a atenção em relação a violência, justamente por serem os que lideraram o recente plebiscito para a divisão do Estado. Em 2010, o Pará registrou três municípios, na faixa de 200 a 500 mil habitantes, que apresentam contrastes extremos: Ananindeua e Marabá, ambas com taxas que superam os 100 homicídios para cada 100 mil habitantes, e Santarém, que em 2010 apresentou uma das menores taxas do país para municípios de grande porte: 3,1 homicídios para cada 100 mil habitantes.
O Mapa da Violência 2012, como foi intitulado o trabalho, mostra que a insegurança deixou de ser também um estigma apenas das grandes cidades. Segundo o Instituto Sangari, as cidades menores tiveram o maior índice de aumento da violência.
“Nesse caso, há uma tendência de as cidades menores incorporarem hábitos de comportamento de cidades maiores. A violência também vem junto”, diz a psicóloga Milene Veloso. Segundo ela, em muitas cidades menores há uma ausência de políticas públicas. “Elas não costumam chegar ao interior. Há muita ociosidade entre os jovens por conta disso”.
A psicóloga alerta, no entanto, que geralmente números sobre violência devem ser lidos, em alguns casos, sob a ótica do aumento da notificação. “Há a possibilidade de que em alguns desses estudos não se tenha levado em conta que as pessoas e instituições possam ter aumentado o número de registros que antes não eram notificados”, diz.
O estudo feito pelo Instituto Sangari faz um comparativo que mostra o grau de violência que atingiu o País. Segundo o levantamento, o índice anual de mortes por homicídio no país supera o número de vítimas de enfrentamentos armados no mundo. Entre 2004 e 2007, 169,5 mil pessoas morreram nos 12 maiores conflitos mundiais. No Brasil, o número de mortes por homicídio nesse mesmo período foi 192,8 mil. Em 2010, ocorreram 50 mil assassinatos no país. Segundo o relatório, foram registrados 137 homicídios por dia.

MP pede indenização de R$20 bilhões à Chevron

O Ministério Público Federal (MPF) de Campos pediu nesta quarta-feira indenização de R$ 20 bilhões à empresa petrolífera Chevron e a empresa contratada Transocean pelos danos ambientais causados pelo vazamento de óleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos.

Por meio de uma ação civil pública, o MPF quer também que a Justiça Federal conceda liminar suspendendo as atividades das duas empresas no país, sob pena de multa diária de R$ 500 milhões.

Por meio de nota, o MPF informou que o procurador Eduardo Santos Oliveira considerou que tanto a Chevron, quanto a Transocean, não foram capazes de controlar os danos causados pelo vazamento de cerca de 3 mil barris de petróleo (cada barril tem 159 litros) no dia 7 de novembro. Além disso, a técnica usada pela petrolífera para conter o derramamento de óleo na bacia não surtiu efeito.

A Chevron admitiu ainda que houve falha de cálculo na exploração do óleo. Alegou que a pressão no reservatório era maior que a estimada e a primeira camada da rocha era menos resistente do que o previsto pelos técnicos. A assessoria de imprensa da Chevron foi procurada para comentar o assunto, mas não informou quais medidas tomará. (Band)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Homem é morto a machadadas no Curuçambá

Um crime bárbaro praticado com requintes de perversidade contra Leandro Arouche Gaspar, de 19 anos, o “Leo”, deixou manchada de sangue a rua São Jorge, no bairro do Curuçambá, em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, final da linha do ônibus Curuçambá/Ver-o-Peso.
A vítima foi executada com uma certeira machadada no rosto, cuja arma do crime ficou cravada até ser retirada por peritos do Instituto de Criminalística que, mesmo acostumados com extrema violência, se chocaram com a cena encontrada no local do crime.
Policiais civis da Divisão de Homicídios que estiveram fazendo levantamento, comandados pela delegada Claudia Renata Guedes, informaram que a “Lei do Silêncio” impediu que dados importantes que viessem a identificar o autor ou autores do homicídio fossem revelados.
Alguns informes, em caráter extraoficial, foram obtidos pelo DIÁRIO no local do crime. Populares teriam ouvido disparos de arma de fogo, mas, durante a perícia no corpo de “Leo”, não foi encontrada nenhuma perfuração a bala. “Pode ser que ele estivesse armado e disparado contra seu agressor e depois relaxado a guarda até ser morto com o machado”, informou um policial militar.
Pesquisando os antecedentes criminais de Leandro Arouche Gaspar, o “Leo”, o DIÁRIO teve acesso a um inquérito policial datado de 8 de novembro passado dando conta que “Leo” estava sendo acusado de ter matado um homem conhecido por “Max”.
O relato de uma testemunha no inquérito policial revela que “Leo”, juntamente com outro homem não identificado, chegou ao bar “Bom Gosto” e alvejou “Max”, que morreu posteriormente em decorrência dos tiros dado por Leandro Arouche Gaspar.
Pelas características do crime e os requintes de perversidade, “Leo” pode ter sido morto por vingança, uma vez que estava solto e deveria ter sua prisão preventiva solicitada à Justiça pela autoridade que preside o inquérito, a delegada Daniela Sousa.
Populares se aglomeraram para ver o corpo de “Leo”, cujo assassinato aconteceu de madrugada. Ninguém da família quis comentar o assunto, preferindo registrar o fato conforme as poucas informações obtidas no final da linha do ônibus Curuçambá/Ver-o-Peso. (Diário do Pará)

Homem morre vendo filme pornô dentro do cinema

Uma situação pouco peculiar resultou na morte de José Luis Santos da Silva, 49 anos, no fim da tarde deste domingo (11). O homem morreu subitamente enquanto assistia a um filme pornô no Cine Ópera, localizado na avenida Nazaré.
Segundo informações da Seccional de São Brás, onde o caso foi registrado, não houve tempo de prestar socorro. "Quando chegamos ao local, ele já estava morto", afirmou uma autoridade da seccional. No registro do IML (Instituto Médico Legal) consta apenas que "o homem estava no interior do cinema quando veio a óbito".
O corpo já foi removido do local pelo IML e deve passar por perícia.
(DOL)

Internautas comentam declaração de Beto Barbosa

Após a decisão do plebiscito realizado ontem (11), de não criar os Estados de Tapajós e Carajás a partir do território do Pará, dois artistas paraenses tiveram reações diferentes. As cantoras Fafá de Belém e Gaby Amarantos festejaram. Já Beto Barbosa, famoso pelo sucesso “Adocica”, ficou amargurado com a derrota da divisão, segundo informações do UOL Notícias.
O cantor, que mora em São Paulo, prometeu tirar seus familiares do Pará. “Na primeira oportunidade que eu tiver, vou tirar minha família de lá. Saí do Pará há 25 anos e há 20 anos não faço show lá, nem por R$ 1 milhão. Não podemos ser egoístas e impedir as pessoas de crescerem.”
Beto Barbosa se sente revoltado com a diferença social entre as regiões. “Se Tapajós e Carajás virassem Estado iam crescer e mudar aquela situação de total carência das pessoas que moram naquela região. É inadmissível saber que existem pessoas que ainda moram em palafitas, sem banheiro, sem médicos e têm de enfrentar dias de barco, doentes para um socorro, que muitas vezes não têm.”
“Não tenho do que me orgulhar do Pará dessa forma que está. Tenho pena do povo e, como cidadão, não posso ficar calado e deixar que o Estado continue nesse atraso”, completou o cantor de sucesso nos anos 80.
Ele afirmou que mesmo após o plebiscito vai continuar na campanha pela divisão do Estado. “Nasci em Belém e uso minha voz para fazer a voz do Pará esquecido, carente e desassistido. Continuo fazendo parte dos 35% que querem a divisão daquele Estado, que quer a independência”.
Para Beto Barbosa, o Pará é visto como um “barril de pólvora”, violento e desordenado. “Num país democrático como o nosso não poderia existir um Estado tão grande em território porque o povo fica desassistido de tudo, onde o atraso e a corrupção predominam. Vejo a decadência do Pará e do seu povo sofrido, que agora vão sofrer nas mãos desses políticos que continuam a se revezar no poder”.
Já a cantora Fafá de Belém viu com muita esperança o resultado do plebiscito. “Esse ‘não’ mostra que as pessoas ficaram conscientes da importância de estar juntas. Todos os intelectuais paraenses e amazônicos foram unânimes na campanha do ‘não’, pois entendemos que esse plebiscito focava o interesse de poder pessoal e político-socioeconômico”, afirmou a conhecida “musa das Diretas Já”.
Ela, que chorou em spot publicitário da campanha do “não”, estranhou o clima emocional anterior à votação. “Eles apostaram no ódio para a divisão de um povo, para que o paraense se sentisse desvalorizado, mas tivemos maturidade de entender que unidos é que conseguiremos mudar essa exclusão social. Sozinhos, iríamos perder forças. Continuo emocionada com a nossa vitória, que viu como um esquartejamento a separação do Pará e agora, juntos, vamos cobrar uma nova maneira de gerir o Estado”.
Beyoncé do Pará também festeja
Gaby Amarantos, estrela do tecnobrega e conhecida como “Beyoncé do Pará”, se engajou na campanha contra a divisão. 
“Recebo o resultado com muita tranquilidade, mas não vejo muito motivo de comemoração. Essa é uma chance de discutir o problema. Não houve uma divisão territorial, mas houve uma decisão sentimental. O governo precisa ter uma atenção especial com essas pessoas, precisa estar junto delas. Muitas pessoas foram manipuladas por poderosos, brincaram com o sentimento das pessoas”.
Redes Sociais
Nas redes sociais, a decisão do cantor de retirar sua família do Estado rendeu muitos comentários, tanto que no Twitter ele está nos TTs Brasil (Trending Topics) nesta manhã. Alguns internautas ironizaram em suas postagens: “O cientista político e economista Beto Barbosa acha que o resultado do plebiscito não adocica a sua vida, ô!”, “O Beto Barbosa é um legitimo paraense da aldeota, sempre lutou pela emancipação da republica paraense do ceara”.
(DOL, com informações do UOL Notícias)

"Fomos convocados a fazer história", diz Jatene

O governador do estado do Pará, Simão Jatene, se pronunciou hoje (12) sobre o resultado do plebiscito. A votação mostrou que 66% dos eleitores que foram às urnas são contra a divisão do Pará para a criação de dois novos estados: Carajás e Tapajós.
Em nota publicada no Diário do Pará de hoje (12), Jatene falou do momento histórico que o povo do Pará viveu ontem (11). "Fomos convocados a fazer história. Decidimos se o Pará seria ou não dividido em três estados. O resultado das urnas é do conhecimento de todos. O resultado do processo nos cabe construir", disse.
"Precisamos encurtar a distância que ameaçou nos separar. Precisamos aprender a divergir, discordar, e até disputar eleições, sem perder a noção e o compromisso histórico de construir o futuro. Juntos, devemos lutar por um sistema fiscal que permita que nossas riquezas naturais se transformem, também, em receitas para o Estado e os municípios. Ajudando a melhorar a saúde, a educação, a segurança, enfim, a qualidade de vida dos paraenses no oeste, no leste, no norte ou sul.", disse o governador.
Jatene concluiu reafirmando seu compromisso com a "construção de um pacto que permita ao Pará contribuir para o desenvolvimento brasileiro através do seu próprio desenvolvimento". Ainda hoje, o governador irá fazer pronunciamento na TV para todo o Estado, às 19h.
(DOL)

Compensação pela Lei Kandir continua em foco

Durante entrevista coletiva concedida ontem, no Hangar, logo depois que o resultado em favor do “Não” foi matematicamente consolidado, o governador do Pará, Simão Jatene voltou a falar em união dos paraenses para rediscutir o pacto federativo, segundo ele a única saída para a falta de recursos destinados a investimentos em Estados que têm base econômica na exploração de recursos naturais como o Pará. “Não tenho dúvida de que é possível, a partir de uma união, construir uma estratégia que nos una em busca de mais recursos”,
Para Jatene, o principal ponto da pauta estadual deve ser a busca por compensação pela desoneração das exportações, prevista na Lei Kandir. Ele explicou que um terço do Produto Interno Bruto do Estado vem das vendas para o exterior e por isso é importante rever as formas de compensar o Estado pelos prejuízos gerados com o não pagamento de impostos, no que Jatene classificou como “a maior violência contra o pacto federativo brasileiro”.
“Se estivermos unidos, independente de partidos e regiões, teremos muito mais chance de sensibilizar o País e a federação para revê-lo”.
O governador paraense defende que haja um amplo debate nacional sobre o pacto federativo e disse que o clima é favorável. “Pode ficar claro para muitos Estados que eu sou você amanhã”, disse, se referindo aos cerca de 20 projetos de redivisão territorial que tramitam hoje no Congresso. “Não dá para se explicar isso simplesmente a partir do interesse de grupos políticos locais ou sub-regionais. Acho que é simplificar demais a realidade brasileira. A minha esperança é que essa experiência que vivemos sirva aos paraenses, mas também a todos os brasileiros como mais um indicativo de que precisamos rever e rediscutir o pacto federativo no Brasil”.
Jatene disse que são dois os desafios do Estado: a gestão territorial e a insuficiência de recursos. “O Pará tem renda per capita que é metade da média nacional. Tem um orçamento por habitante que é o 26º orçamento brasileiro. Isso precisa ser rediscutido”, disse. Ele acredita que o plebiscito pode ajudar a colocar o Pará no centro da debate nacional.
REGIONALIZAÇÃO
O governador garantiu que não é novidade a atenção às regiões. Falou dos hospitais regionais em lugares estratégicos. “A visão de que é necessário ter ação regionalizada não é novidade. Não precisa de plebiscito para nos dizer isso. O que precisa é nos unirmos no sentido de aprofundar isso”. Jatene concordou, contudo, que uma “distância, ausência e insuficiência do Estado” em algumas regiões. “É isso que torna legítima a aspiração delas (de separação). O caminho é que está equivocado”.
O governador negou que aja uma concentração excessiva de recursos na Região Metropolitana. Segundo ele, em 2006, último ano de seu primeiro mandato, o investimento per capita na área do que viria a ser o Pará remanescente foi menor que nas demais regiões. O governador não quis falar em ações imediatas para a região, mas, pressionado, contou que está nos planos a construção de um hospital regional em Itaituba, segunda maior cidade do oeste, depois de Santarém.
Jatene pediu respeito aos defensores do “Sim” e disse estar certo de que as animosidades serão superadas sem grandes traumas.
“A democracia é plena quando a maioria é capaz de perceber a legitimidade e o caráter genuíno dos interesses também das minorias. Uma experiência como essa só pode ter dois resultados: ou ganhamos todos ou perdemos todos. Meu desejo como governador, paraense e brasileiro é que ganhemos todos. Por sorte, eu acho que a nossa gente tem uma história de sentimentos positivos que se impõem a qualquer tentativa de instigar o confronto e o conflito”.
Jatene ainda espera apoio dos políticos paraenses para as medidas de interesse do Estado e espera que seja aprovada ainda nesta semana a taxa sobre a mineração. “Disseram que o projeto apareceu agora por causa do plebiscito. Nada a ver. Apareceu porque tem que ser aprovado neste ano para entrar em vigor no ano que vem”.  (Diário do Pará)

Belo Monte é mais barata e menos poluente

A Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que está sendo construída no Rio Xingu (PA) vai trazer menos impactos ambientais do que a utilização de alternativas com energias fósseis e os custos serão menores do que outras fontes renováveis. A conclusão está no estudo Análise Comparativa entre Belo Monte e Empreendimentos Alternativos: Impactos Ambientais e Competitividade Econômica, elaborado pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Na análise, os professores Nivalde José de Castro, André Luis da Silva Leite e Guilherme Dantas avaliam quais seriam as fontes alternativas a Belo Monte para o atendimento da demanda crescente por energia e os impactos ambientais dessas fontes. Segundo eles, caso Belo Monte não viesse a ser construída, seria necessária a implementação de fontes alternativas que suprissem a demanda, que teriam impactos ambientais maiores ou que não teriam consistência suficiente, em termos de segurança energética, para atender ao crescimento da necessidade por energia elétrica projetada para os próximos anos no Brasil.

“Belo Monte é uma obra eficiente, que tem que ser feita. O Brasil precisa de energia e qualquer nova unidade geradora de energia causa impacto ambiental, e temos que analisar o custo-benefício em relação às outras fontes de energia. Nesse estudo fica claro que a hidrelétrica é a que apresenta o melhor custo-benefício em relação às outras fontes”, disse Castro.

Os estudiosos apontam que o Brasil tem um grande potencial de fontes alternativas e renováveis de energia elétrica: eólica, biomassa e solar, mas a prioridade a essas fontes implicaria perda de competitividade da economia brasileira, em função do diferencial de custos em relação à hidreletricidade. Também poderia haver problemas de garantia e segurança de suprimento em razão da sazonalidade e da intermitência dessas fontes alternativas.

“Desta forma, em um cenário em que não fosse construída a usina de Belo Monte, a construção de usinas termoelétricas seria obrigatória de forma a manter o equilíbrio e segurança entre a carga e a oferta de energia. A questão que se coloca é quais seriam os impactos ambientais das alternativas fósseis e a comparação deles com os impactos ambientais de Belo Monte”, avalia o estudo.

A análise aponta também que os custos de mitigação dos impactos sócioambientais da Usina de Belo Monte são de cerca de R$ 3,3 bilhões, o que é inferior ao custo ambiental que uma térmica a gás natural ocasionaria, que seria de mais de R$ 24 bilhões. “Ou seja, a opção térmica possui um impacto ambiental quase oito vezes maior que o custo de mitigação ambiental de Belo Monte”.

Belo Monte é uma das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e deve ser concluída até 2015. Com potência instalada de 11,2 mil megawatts, será a maior hidrelétrica totalmente brasileira (Itaipu, que tem 14 mil megawatts de potência, é binacional) e a terceira maior do mundo. (ABr)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Empresário é morto com 16 tiros

Quando circulava pela VP-8, às proximidades da Feira da Folha 28, Nova Marabá o empresário do ramo de factoring de Parauapebas, Abimael Barbosa da Rocha, 33, foi morto a tiros.
Fontes informaram que o empresário foi alvejado com 16 tiros que atingiram o tórax, perna, glúteos, braços e peito, dando a entender que a arma usada pode ter sido uma pistola.
Abimael trafegava no banco do carona de um celta preto. Apesar do carro ter os vidros peliculados, em nada impediu a ação do pistoleiro.
Era por volta das 15h30 quando houve os primeiros estampidos. Do lado do carona havia marcas de pelo menos dez perfurações de tiros.
Aparentemente o pistoleiro pode ter usado uma pistola calibre 380, mas somente um exame detalhado vai confirmar o calibre da arma.
Em princípio o caso está sendo investigado pela equipe do delegado Timóteo, posteriormente deve ficar a cargo da Divisão de Homicídios de Marabá coordenada pelo delegado Jorge Carneiro.
O ALVO
O pistoleiro sabia que o empresário estava naquele carro e do lado do carona, pois os tiros foram todos dados deste lado.
Uma pessoa que até então estava identificada apenas pelo prenome de Anderson e que seria o motorista do empresário teria sido alvejada com alguns tiros. Aparentemente ele não corre risco de morte, uma vez que saiu do carro e foi direto para o Hospital Municipal de Marabá (HMM) onde recebeu os primeiros socorros.
Enquanto isso uma guarnição da Polícia Militar da 27ª Zona de Policiamento (27ª Zpol) socorria o empresário, que chegou a ser internado, porém não resistiu e morreu no início da noite.
Ontem à noite, por volta das 21 horas, o delegado Alberto Henrique Teixeira de Barros informou que estava tomando ciência do caso e que só poderia dar maiores detalhes em outra ocasião.
O delegado foi informado que o empresário seria um dos denunciantes do Caixa 2, porém evitou fazer qualquer ligação com a morte do empresário.
A reportagem levantou que uma das linhas de investigação do caso pode ser as atividades comerciais do empresário, uma vez que havia vários cheques emitidos com somas altas.
“Vamos levantar todas as informações, por enquanto é prematuro fazer qualquer tipo de comentário sobre o caso”, comentou.
DENÚNCIA
Abimael Barbosa era um dos empresários que emprestou dinheiro ao prefeito de Marabá, Maurino Magalhães de Lima (PR) e o denunciou por uso de Caixa 2 na campanha eleitoral de 2008. (Diário do Pará)

PMs são presos por suspeita de assassinato no Rio

Dois policiais militares foram presos no fim da tarde de ontem, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, por suspeita de envolvimento na morte de um jovem na madrugada da terça-feira (06). O comando do batalhão verificou o GPS da viatura dos PMs e confirmou que eles estiveram em Vilar dos Teles, local em que o jovem foi assassinado.
Os policiais suspeitos estão presos administrativamente por 72 horas e foram levados para reconhecimento na 64ª DP (São João de Meriti). A Corregedoria da PM abrirá processo administrativo ainda nesta quinta-feira, 8, contra os dois policiais. (Agência Estado)

Ex-jogador Janken Ferraz é condenado em SP

O ex-jogador de futebol Janken Ferraz foi condenado a 22 anos de prisão pelo assassinato da mulher, Ana Claudia Melo. Ele foi considerado culpado pelo júri e cumprirá pena por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.

Em março de 2009, Janken Ferraz aplicou 14 facadas em Ana Claudia, após um surto de ciúmes. O julgamento acontecia no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, desde o início da semana. A sentença foi lida pelo juiz Marcelo Augusto Oliveira às 19h50.

O ex-jogador estava preso há dois anos. Ele foi detido pela polícia apenas três dias após o homicídio. Na época ele disse que a morte da esposa teria sido um acidente e que ela não deveria ter morrido.  (Band)

'Sentinela' faz varredura nas casas penais

O festival de telefones celulares ainda reina nas casas penais do Estado, fazendo menos de um mês da realização da primeira operação Sentinela do Norte. Nesta terça-feira (6) o dia foi reservado para a execução da segunda edição da operação, que tem como objetivo combater as irregularidades nas carceragens do Estado. Mesmo havendo um curto intervalo de tempo entre as duas operações, foram registradas várias anormalidades. Telefones celulares, carregadores, stocks e droga foram encontrados em 38 casas penais revistadas.
Na tarde de ontem, a imprensa foi convocada para uma coletiva no Comando Geral da Polícia Militar, com a presença de representantes do setor de Segurança Pública do Estado, para fornecer o balanço da operação, segundo o qual foram realizadas apreensões de 330 telefones celulares, 22 armas brancas (stock) e 252 papelotes de droga, entre maconha e cocaína.
De acordo com informações do Superintendente do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe), André Cunha, entre as causas para o problema está as condições físicas das casas penais; a carência na qualificação dos agentes prisionais e na deficiente fiscalização. “Hoje nós nos sentimos vitoriosos pela operação, mas sabemos que precisamos aperfeiçoar cada vez mais”, disse o superintendente durante coletiva.
Ele falou também que a operação é um forte instrumento para o Estado combater os presos que se recusam a reconhecer a culpabilidade. “Existem vários tipos de presos e entre eles os que assumem a culpa e os que não assumem; e esses só pensam em fugir, mas como poder público nós temos a obrigação de exercer esse papel”, completou André cunha.
Antonio Claudio Farias do Centro Estratégico Integrado (CEI) também falou durante a coletiva e disse que a operação faz parte de um trabalho intenso e que vai permanecer. “Esse trabalho vai ocorrer periodicamente o sistema não vai permitir determinadas situações”, declarou Antonio Farias.
HISTÓRICO
A primeira edição da operação Sentinela do Norte ocorreu no dia 8 de novembro e ontem foram realizadas 1.241 apreensões entre telefones celulares, carregadores, drogas e arma branca.
(Diário do Pará)
 
E INCRIVEL O NUMERO DE CELULARES APREENDIDOS NAS CASAS PENAIS A MAIS CELULARES QUE PRESOS.

Jatene reúne bancada em prol de hidrovia

O governador Simão Jatene quer mobilizar toda a bancada paraense para convencer a presidente Dilma Rousseff da importância da conclusão das obras de derrocamento do Rio Tocantins, essenciais para viabilizar a Hidrovia Tocantins-
Araguaia e, para o escoamento da futura produção da Alpa por Marabá. A decisão foi tomada ontem, em audiência com o presidente da Vale, Murilo Ferreira, para tratar sobre a implantação da Alpa em Marabá.
Para o titular da Secretaria Especial de Infraestrutura e Logística para o Desenvolvimento Sustentável, Sérgio Leão, “a não realização do projeto da hidrovia prejudicará o polo mineral e metalúrgico que seria implantado no Distrito Industrial de Marabá”.
As obras de derrocamento da Pedra do Lourenço, no Rio Tocantins, acima da barragem da Hidrelétrica de Tucuruí, já deveriam ter sido iniciadas, para garantir a navegabilidade de embarcações de grande porte na Hidrovia Tocantins-Araguaia. Prevista no PAC (`Programa de Aceleração do Crescimento), a obra foi retirada do planejamento após o plano de conteção de gastos do governo federal. (Diário do Pará. Com informações da Agência Pará)

Estação volta com seu tradicional reveillon

Neste fim de ano, o governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), e Organização Social Pará 2000 voltam a promover um dos eventos que marcaram o calendário das festas de final de ano em Belém: o reveillon da Estação das Docas. A comemoração pela chegada de 2012 na orla da Baía do Guajará, em um dos mais belos cartões postais da capital paraense, foi confirmada na reunião que aconteceu na segunda-feira (5), na Estação Bussines, um dos espaços da Estação das Docas, com a presença da presidente da OS Pará 2000, Lúcia Penedo, locatários e lojistas.

“Não vamos medir esforços para realizar o melhor reveillon dos últimos anos na Estação das Docas”, assegurou Lúcia Penedo, informando como prioridade a questão da limpeza e segurança para os locatários e visitantes, que acompanharão a virada do ano no complexo turístico.

Serão mobilizados para o evento cerca de 300 seguranças desarmados, em parceria com a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Companhia de Transportes do Município de Belém (Ctbel), entre outros órgãos públicos. Mais de 40 banheiros químicos serão disponibilizados, e o serviço de limpeza funcionará durante e depois do evento.

Em dois palcos armados entre a cervejaria Amazon Beer e o segundo galpão se apresentarão as bandas Acordalice e Nosso Tom, e o cantor Théo Pérola Negra, para receber o Ano Novo ao som de pop rock, samba e marchinhas de carnaval. À meia noite, a contagem regressiva para 2012 será festejada com fogos de artifício na orla da Estação das Docas. (Ag. Pará)

Campanha do plebiscito na TV e Rádio encerrou hoje

No último dia da campanha na televisão as frentes pró e contra a divisão do Estado apelaram para a emoção dos eleitores na reta final para o plebiscito. A propaganda gratuita iniciou no dia 11 de novembro e encerrou na noite desta quarta-feira (7).
O programa do “Sim” começou dizendo ter sido vítima de uma campanha contra a liberdade de expressão promovida pelo governador Simão Jatene. Nos últimos dias, o programa deu lugar ao direito de resposta obtido na justiça onde Jatene rebateu as acusações do “Sim” de que seria o responsável pela Lei Kandir – que isenta de ICMS os produtos e serviços destinados à exportação – e por outros problemas no Pará que só seriam resolvidos com a divisão em três Estados.
A campanha pró criação dos estados do Carajás e do Tapajós encerrou com relatos de pessoas de diversas regiões do Estado pedindo para que a população de Belém votasse a favor da divisão como única saída para o fim dos problemas do Pará.
O último programa da frente contrária à divisão também mostrou relatos em defesa do Pará unido, mas foi além e contou com a participação de artistas e personalidades da terra como Fafá de Belém, Dira Paes e o jogador Paulo Henrique Ganso, que se juntaram à campanha contra a divisão do Estado do Pará.
Em seu discurso final, o “Não” ressaltou que a união dos paraenses não acaba depois do plebiscito, e estendeu a mensagem à todos que votarem a favor da divisão. Encerrando a campanha, o “Não” pediu que o eleitor paraense lembrasse das riquezas do Pará e da grandiosidade do Estado na hora de votar contra a divisão.
Durante quase um mês foram transmitidos pela TV e rádio, todos os dias da semana, exceto na quinta-feira e no domingo, blocos de 10 minutos de duração divididos igualmente entre as frentes. A votação do plebiscito acontece no próximo domingo, 11 de dezembro, das 8h às 17h.
O eleitor paraense deverá responder a duas perguntas: se é a favor da divisão do Pará para a criação dos Estados do Tapajós e, em seguida, se é a favor da divisão para a criação do Estado de Carajás. O voto é obrigatório a todo paraense que tiver título de eleitor. Quem estiver fora do domicílio eleitoral terá 60 dias para justificar a ausência.
(Henrique Miranda/DOL)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

'Gordo' é apontado como assassino de cabo da PM

Polícia Civil continua investigando os suspeitos de terem matado o cabo Jaime Lobato Gonçalves Filho, de 40 anos, na madrugada do último domingo (27). De acordo com o delegado Eliezer Machado, diretor da Seccional da Pedreira, “Gordo”, como é conhecido Diego Gomes Marques, de 22 anos, é o principal suspeito de ter assassinado o policial militar.
Na manhã de quarta-feira (1º), o delegado Eliezer conseguiu juntar mais provas contra Diego. “As fotos mostram dinheiro, arma, o possível atirador desse crime, e uma outra mulher que também pode estar envolvida”, explicou sobre as fotos que foram conseguidas ontem.
A Polícia Civil também conseguiu confirmar que o acusado foi atendido no Hospital de Pronto-Socorro Municipal Mário Pinotti (HPSM da 14) um dia após o assassinato. Na ficha de atendimento, o caso de Diego foi diagnosticado como urgente, pois havia uma perfuração de bala na perna direita e ele ainda usou nome falso. “As suspeitas é que o tiro tenha sido disparado pelo cabo na tentativa de se defender. Ele (suspeito) esperou passar um tempo para tentar despistar a polícia, mas como sabia que estava sendo procurado, fugiu do hospital”, contou o delegado.
Além de estar envolvido nesse homicídio, Diego ainda é suspeito de ter participado de um sequestro relâmpago a três pessoas na noite do último dia 22. Uma das vítimas é filha de um deputado estadual. “Eles (vítimas) vinham na travessa Humaitá por volta das 23h, quando sete pessoas cercaram o automóvel e assaltaram o casal e mais um rapaz que vinha junto. Diego foi reconhecido por todas as vítimas”.
A polícia ainda investiga a participação de Katerine Girlene Costa Nascimento, de 18 anos, que seria a mandante do assalto seguido de sequestro relâmpago. Dois adolescentes que estavam envolvidos com o crime já foram encaminhados para a Data.
ENCAMINHADO
Diego vai responder por assalto seguido de roubo, por homicídio e já responde na Justiça por receptação. Ele foi encaminhado na segunda-feira (28) para o centro de recolhimento da Susipe e ficará à disposição da Justiça.
(Diário do Pará)

'Taradão' pede novamente para ser solto

O fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, condenado a 30 anos de reclusão pela morte da missionária Dorothy Mae Stang, em 2005, está requerendo a revogação de sua prisão preventiva decretada pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Pará (TJ-PA). A alegação é de “absoluta ausência de fundamentação” da decisão. Ele entrou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF).
O mandado de prisão de Taradão foi expedido em setembro de 2011. Ele respondia em liberdade contra a sentença condenatória do Tribunal do Júri. Segundo o Tribunal, a medida era necessária para a garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal.
AMEAÇA
A decisão levou em conta também o fato de Regivaldo ser o único réu ainda solto, e a informação de que teria ameaçado testemunhas e a sua situação financeira, que lhe permitiria sair do país.
O objetivo do habeas corpus impetrado no STF é que o réu possa apelar da condenação em liberdade. A defesa afirma que, em 2006, o Supremo já havia deferido habeas corpus em favor do réu e revogado prisão preventiva decretada após a sentença.
Daquela data até a nova decretação de prisão, os advogados sustentam que não surgiu nenhum fato novo, à exceção da confirmação da condenação pelo TJ-PA, que justificasse a medida, que teria sido influenciada “pelos nomes dos envolvidos”.
DEFESA
A defesa do fazendeiro alega ainda que Regivaldo compareceu espontaneamente a todos os atos do processo e se apresentou à autoridade policial “antes mesmo da assinatura do decreto de prisão preventiva”.
A missionária norte-americana Dorothy Stang foi morta com seis tiros na manhã do dia 12/2/2005 numa estrada rural do município de Anapu (PA), local conhecido como PDS (Projeto de Desenvolvimento Sustentável) Esperança. De acordo com a denúncia, Dorothy era a maior liderança do PDS e, por isso, atraiu a inimizade de fazendeiros da região que se diziam proprietários das terras que seriam utilizadas no projeto.
A denúncia apontou Rayfran das Neves Sales como executor do crime, com ajuda de Clodoaldo Carlos Batista. As investigações apontaram que eles agiram a mando de Amair Feijoli da Cunha, Vitalmiro Bastos de Moura e Regivaldo Pereira Galvão, mediante pagamento de R$ 50 mil. Todos foram condenados. (Diário do Pará)

Destino de Duciomar deve ser decidido hoje

O polêmico julgamento de mérito do processo de cassação do diploma e da perda de mandato do prefeito Duciomar Costa (PTB) e do vice, Anivaldo Vale (PR), suspenso na terça-feira, prossegue hoje (1º) no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com uma novidade: saiu o desembargador Leonardo Tavares, licenciado por quatro dias para “viagem de serviço”, e entra no lugar dele o desembargador Raimundo Holanda Reis. Apenas um voto havia sido anunciado na terça-feira, o do relator do caso, o juiz federal Antonio Carlos Campelo, favorável a Duciomar Costa. Esse voto provocou divergências entre os juízes, levando um deles, André Ramy Bassalo, a pedir vista dos autos.
Bassalo divergiu de Campelo por entender que a discussão agora é da potencialidade dos atos que Duciomar realizou às vésperas das eleições municipais de 2008. “O Tribunal já considerou abuso de poder econômico e político por parte dos acusados anteriormente. Tais propagandas foram pagas com o dinheiro público e em época proibida. Mas precisamos saber até onde isso influenciou o resultado do pleito”, argumentou durante a discussão.
O mesmo entendimento foi manifestado pela juíza Ezilda Pastana Mutran. Campelo apresentou seu voto, considerando improcedente o pedido de cassação manifestado pelo Ministério Público Eleitoral, alegando que as provas anexadas ao processo eram frágeis e não demonstravam irregularidades na propaganda de obras feitas pela prefeitura de Belém. Ele apresentou o voto após exibir um DVD com as imagens da propaganda municipal.
Para Sábato Rosseti, advogado de Duciomar, a propaganda não teria tido qualquer influência no resultado da eleição. Ele chegou a admitir que o pedido de cassação era muito forte, argumentando que, se o prefeito fosse condenado, o máximo que poderia ocorrer era ele pagar multa. Raciocínio totalmente oposto é de Inocêncio Mártires Júnior, defensor do segundo colocado na eleição, José Priante (PMDB). Ele afirmou que os crimes de violação da legislação eleitoral foram “praticados de forma consciente” por Dudu.
MANIPULAÇÃO
O parecer do procurador eleitoral Daniel Azeredo Avelino é pela cassação do diploma e perda do mandato. “O Ministério Público acredita que o resultado das eleições para prefeito de Belém não teve legitimidade, porque a máquina pública foi usada com muita intensidade, não dando igualdade aos concorrentes”.
A mudança que permitiu a saída do desembargador Leonardo Tavares para a entrada do desembargador Raimundo Holanda levanta algumas hipóteses para o julgamento de hoje. A primeira é se Holanda pedirá vista do processo. Se isso ocorrer, ele teria cerca de uma semana para ler todo o processo, formar um convencimento e apresentar seu voto na sessão seguinte, a última antes do recesso do TRE neste ano.
Holanda também poderá eximir-se de participar da votação, alegando que não conhece o processo. Nesse caso, o julgamento teria prosseguimento, com a participação de cinco juízes, além do presidente do Tribunal, desembargador Ricardo Nunes. (Diário do Pará)

Ação busca melhorar qualidade do açaí

O Ministério da Agricultura e o Governo do Estado do Pará assinarão convênio, ainda este ano, para a execução de projeto piloto destinado a eliminar riscos de contaminação no processo de produção da polpa de açaí, evitando contágio e proliferação de doenças como o Mal de Chagas. O projeto prevê a aquisição de máquinas elétricas de descontaminação da fruta, que serão fornecidas a cinco mil batedores de açaí da Região Metropolitana de Belém.
A assinatura do convênio foi acertada ontem, em reunião entre o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, o secretário de Agricultura do Pará, Hildegardo Nunes, e o deputado federal José Priante (PMDB-PA), que propôs a parceria, atendendo reivindicação da Associação dos Vendedores Artesanais de Açaí de Belém (Avabel).
Pelo convênio, o ministério repassará ao governo paraense os recursos para a aquisição das máquinas, que depois serão cedidas pela Secretaria de Agricultura aos batedores cadastrados na Avabel. Para fechar o convênio, o deputado Priante destinou R$ 700 mil ao Ministério da Agricultura no Orçamento Geral da União de 2012. O ministro garantiu a liberação, ainda em dezembro, da 1ª parcela dos recursos, cujo valor será definido já na próxima semana. “Quero assinar esse convênio em Belém, junto com os batedores de açaí, para mostrar o interesse do ministério em apoiar iniciativas que fortaleçam a produção”, afirmou Ribeiro. (Diário do Pará)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ex é principal suspeito de matar mulher a facadas

O ciúme teria levado o ex-companheiro a assassinar uma mulher com golpes de faca, por volta das 7h desta segunda-feira (28), no bairro do Telégrafo em Belém.
O assassinato aconteceu na residência da vítima, localizada na passagem São João, entre as ruas Boca do Acre e Santa Cruz. Thaís Campos Rodrigues, de 20 anos, foi morta com cinco facadas no peito e uma na mão.
Policiais militares da 1ª ZPol foram encaminhados ao local para realizar as primeiras averiguações. A Divisão de Homicídios e a remoção do Instituto Médico Legal também foram acionadas.
Segundo informações do Tenente Notado, da PM, relatos coletados no local apontam que o principal suspeito é o ex-companheiro da vítima, identificado como Márcio Araújo, mais conhecido como “Canjica”, que é ex-presidiário e possui inúmeras passagens pela polícia por assalto e tráfico.
O acusado não teria aceitado o término do relacionamento com a vítima, há cerca de 10 dias, e por isso já havia prometido matá-la.  “Testemunhas dizem que ele chegou, bateu na porta e deu as facadas”, contou o policial. (DOL)

Cabo da PM é morto a tiros na Pedreira

Um cabo da Polícia Militar foi assassinado na madrugada deste domingo (27), na avenida Pedro Miranda, entre a avenida Dr. Freitas e a travessa Alferes Costa, no bairro da Pedreira, em Belém. O crime ocorreu por volta das 3h. O policial estava acompanhado de outro PM quando foi abordado pelos criminosos. Apenas um tiro foi detectado à altura do peito da vítima. Mão e tornozelo direitos foram fraturados.
O cabo Jaime Lobato Gonçalves Filho, de 40 anos, transitava pelo local acompanhado do cabo Elias Ferreira Lira. De acordo com os relatos deste último, dois homens se aproximaram numa motocicleta e logo atentaram contra a vítima. “Segundo o cabo (Lira), os assassinos chegaram e atiraram. A vítima (cabo Lobato) revidou e a testemunha afirma ter corrido para se proteger. Quando voltou, constatou que o cabo estava morto”, informou o delegado Lenoir Cunha, da Divisão de Homicídios.
A autoridade policial informou ainda que os criminosos roubaram a pistola que o cabo Lobato portava. Ao DIÁRIO, o cabo Lira não quis repassar mais detalhes a respeito do momento do crime. “A gente estava passando por aqui”, resumiu o policial. Diante de policiais militares e civis, o cabo Lira teria comentado que ele e o cabo Lobato retornavam de uma festa. Contudo, a informação não foi confirmada oficialmente. O policial prestou depoimento na Seccional da Pedreira.
Enquanto o corpo era periciado, policiais militares e civis se mobilizaram para identificar residências e estabelecimentos comerciais que possuam câmeras de segurança ao longo do trecho em que o crime foi cometido. Segundo o delegado Lenoir Cunha, até a manhã de ontem três pontos haviam sido localizados. “Provavelmente, serão solicitadas as imagens, o que ajudará na investigação do assassinato”, explicou o delegado.
RUMORES
Moradores da área afirmaram não ter ouvido nada, tampouco presenciado a movimentação dos criminosos. Por outro lado, alguns comentaram que conheciam o cabo Lobato e que ele estaria trabalhando como segurança nas imediações. No entanto, a suspeita não foi confirmada. Familiares da vítima não compareceram ao local, apenas amigos, que não quiseram falar com a imprensa.
PERÍCIA
Os peritos criminais Robson Nunes e Gilberto Almeida, do Instituto de Criminalística do CPC Renato Chaves, verificaram que o corpo da vítima apresentava uma perfuração provocada por disparo de arma de fogo à altura do peito. Além disso, os peritos constataram que a mão e o tornozelo direitos do cabo Lobato foram fraturados. O detalhe pode conferir outra dinâmica ao crime. “Ele (cabo) pode ter sido atropelado antes de ser alvejado com o tiro”, comentou o perito Gilberto Almeida. (Diário do Pará)
 
As mais sinceras condolencias a familia do Cabo Lobato uma excelente pessoa no qual eu tive o privilegio de conhecer e certamente  nos vai deixar muitas saudades.

domingo, 27 de novembro de 2011

Ex-PM entrega outros exterminadores à polícia

Principal suspeito de ter participado da chacina que vitimou seis adolescentes em Icoaraci no último sábado, o ex-policial militar Rosevan Moraes Almeida deu uma nova versão ao depoimento inicial prestado na Divisão de Homicídios, onde o caso está sendo investigado. Rosevan, a princípio, apenas se limitava a declarar sua inocência no crime.

Pela manhã, no trajeto entre a Divisão de Homicídios e o prédio do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, onde iria realizar os exames de corpo de delito, o acusado comunicou aos policiais que o condu-
ziam de que gostaria de mudar seu depoimento. Até então, havia a expectativa de que o suspeito “abriria de vez o bico” e admitisse sua participação na matança.

Porém, ele continuou negando. A novidade no novo relato à autoridade policial ficou por conta das indicações, feitas por ele, de outros pistoleiros que estariam integrando grupos de extermínio que agiam nos bairros do Guamá e Terra Firme, praticando o mesmo tipo de assassinatos como os do último sábado em Icoaraci. Os novos nomes serão investigados pela polícia. O suspeito seria conduzido ainda durante à tarde para o presídio Anastácio das Neves, onde ficará recolhido.

NEGATIVA

De acordo com informações do delegado Lenoir Cunha, da Divisão de Homicídios, o suspeito não convenceu sobre sua inocência nos assassinatos. Para o delegado, todas as evidências apontam para a acusação de Rosevan Almeida. “Mesmo ele negando todas as acusações, declarando o álibi de que estava lanchando na avenida Augusto Montenegro, mais de 90% das testemunhas que prestaram depoimento à polícia sobre o caso afirmaram que o ex–PM Rosevan Almeida estava no momento do crime e teria sido ele o autor dos disparos em todas as vítimas”, disse. Havia a informação que, de 20 testemunhas, 18 apontavam o ex-PM como principal culpado da chacina.

A Polícia Civil informou que as investigações sobre o caso a partir de agora serão direcionadas a descobrir quem era o homem que estava com ele no momento da execução, dirigindo a motocicleta usada para condução e fuga do local do crime.

Suspeito voltou ao local do crime

Na última quarta-feira, 23, Rosevan Moraes esteve no local do crime sob a justificativa de que estaria ali apenas para se defender das até então supostas acusações de que ele estaria envolvido no massacre dos adolescentes de Icoaraci. Naquele momento, circulava a informação de que uma organização paralela à segurança pública estaria atuando no distrito de Icoaraci, de acordo com populares que não se identificaram
por medo de represália.

Afirmavam que agentes da lei, responsáveis e pagos para trabalhar pela segurança do cidadão, estariam reforçando o tal grupo. Além de Icoaraci há suposições de um outro grupo desse no bairro do Guamá - rezava a lenda nem tão inverídica assim de que um homem chega ao local do crime em um veículo preto e faz os disparos contra as vítimas, mais de oito pessoas foram vítimas de homicídio durante
os últimos dois meses.

Citado nos bastidores como um dos possíveis exterminadores, eis que surge o ex-soldado da PM, Rosevan Moraes Almeida, que aproveitou a presença da imprensa na área para tentar esclarecer algumas acusações.
“As pessoas estão espalhando por aí que eu teria matado esses rapazes. Por isso, vim até aqui para negar qualquer tipo de envolvimento nisso. Jamais faria isso próximo da minha casa, onde moro há 40 anos”, afirmou na ocasião, ao acrescentar: “Realmente, passei por aqui uns 30 minutos antes de o crime acontecer, mas na hora que os adolescentes foram mortos eu estava lanchando, longe daqui, na avenida Augusto Montenegro”.

Rosevan disse à reportagem do DIÁRIO que está afastado da corporação e aguarda um procedimento na Justiça para retomar os serviços militares. Em 2008, ele foi preso durante a operação batizada como “Navalha na Carne”, sob suspeita de integrar um grupo de extermínio com atuação na Região Metropolitana de Belém. “Fique três anos preso e fui solto porque ninguém conseguiu provar nada contra mim. Agora, o Estado deve pela injustiça que cometeu”, reforçou o ex-soldado.

Polícia cortou na própria carne

Os policiais e civis presos na operação Navalha na Carne responderam na época por crimes de cárcere privado, tráfico de drogas, extorsão praticada por servidor público no exercício de sua função (concussão), assassinatos, tráfico de armas, formação de bando ou quadrilha e roubos.

A prisão dos acusados, que envolve policiais militares e cidadãos civis, ocorreu a partir do dia 28 de fevereiro de 2008, dando cumprimento aos trinta e dois mandados de prisão decretados pela Justiça, após quase um ano de investigações realizadas pela Polícia Civil, através do Grupo de Pronto-Emprego (GPE), e o Grupo Especial de Prevenção e Repressão às Organizações Criminosas (Geproc), além do Ministério Público Estadual.
Dos vinte e oito presos iniciais, na ocasião que a Operação Navalha na Carne foi deflagrada, apenas vinte e um foram efetivamente denunciados ao Ministério Público do Estado, entre eles doze policiais da Polícia Militar e nove civis. Os policiais militares acusados são: José Djalma Ferreira Lima Júnior, major da PM; Edinaldo da Silva Pinheiro, conhecido pelo apelido de “Mongol” (PM); Emanoel Silva de Castro (PM); Rui Dias Pereira (PM); Jamilson Gama dos Santos, apelidado de “Baby” (PM); Jorge Alex Medeiros Alves (PM); Romero Guedes Lima, conhecido por Cabo Lima ou “Montanha” (PM); José Percival da Conceição Moraes (PM); Mauro Augusto Nascimento (PM); Paulo César Alves Pereira, identificado como César ou “Dedão” (PM); Rosevan Moraes Almeida (PM) e Max André da Conceição Bentes (PM).

(Diário do Pará)

Duas horas de tensão em assalto com reféns

Um assalto com reféns, por volta das 16h de ontem, assustou os moradores da rua Paulo Maranhão, centro de Ananindeua. Após um assalto frustrado em frente a uma agência bancária na BR 316, Rodrigo Silva Souza, 21, e um adolescente de 17 anos, invadiram uma casa e fizeram quatro pessoas reféns por quase duas horas.
De acordo com moradores do local, na fuga do assalto, os suspeitos ainda conseguiram pegar três pessoas que estavam passando na rua e as colocaram na mira de um revólver junto com um morador da residência invadida.
Segundo informações do cabo Santiago, da 7ª Zpol, um dos primeiros a chegar ao local, antes da fuga, os suspeitos haviam conseguido roubar R$ 120 mil de um gerente de um posto de gasolina que se preparava para entrar na agência bancária.
“O assalto não deu certo porque a vítima estava com dois seguranças no momento em que se dirigia ao banco. Na ação, houve troca de tiros entre os seguranças e a dupla, que sem ter para onde ir, resolveu correr em direção a rua que fica ao lado do banco”, relatou o cabo.
Vizinhos disseram que os dois suspeitos corriam desesperados e cada um tinha um revólver calibre 38 nas mãos. “Na fuga, eles encontraram duas mulheres que moram aqui mesmo na rua e um homem, que estavam caminhando em direção da BR e passavam bem em frente à casa invadida. Numa ação muito rápida, eles pegaram as pessoas e foram logo entrando na residência que estava com o portão aberto”, contou um morador da rua, que preferiu não se identificar.
NEGOCIAÇÃO
Policiais civis e militares, uma viatura do Corpo de Bombeiros e homens da Ronda Tática Metropolitana (Rotam) estiveram no local para negociar com os suspeitos. Durante a negociação, familiares da dupla estiveram na rua para tentar convencer os jovens a desistir da ação.
“Meu marido é trabalhador, ele não é de se envolver com crime. Eu estou surpresa com isso e na verdade nem sei o que está acontecendo”, disse Mirlei Caroline, esposa de Rodrigo. Muito nervosa, a mulher afirmou que esta é a primeira vez que seu companheiro participa de assalto.
Passado mais de uma hora do assalto, a dona da casa invadida chegou ao local do crime. Rosa Maria Ferreira disse que apenas o seu irmão, Luís Carlos Ferreira, 32 anos, estava na residência no momento da abordagem. “O meu irmão é deficiente, ele não se locomove direito e tem dificuldades para falar. É muito ruim ficar aqui e não ter nenhuma informação sobre o estado dele lá dentro. Eu jamais imaginava que isso pudesse acontecer na minha casa”.
Após quase duas horas de negociação, os suspeitos resolveram se entregar. Com eles foram apreendidos toda a quantia roubada durante o assalto na BR. Sem falar com a imprensa, a dupla foi levada imediatamente para a seccional urbana da Cidade Nova, onde o caso foi registrado. Muito abaladas, as vítimas foram atendidas por uma viatura de primeiros socorros do Corpo de Bombeiros, ali mesmo no local. (Diário do Pará)

TRE pode decidir cassação de Duciomar na terça

O deputado federal José Priante (PMDB) pode assumir a prefeitura de Belém caso o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) mantenha nesta terça-feira, no julgamento do mérito, a condenação do prefeito Duciomar Costa por abuso de poder econômico, promoção pessoal em placas de obras que não traziam especificações sobre prazos para começo e final, nem valor dos recursos, além de propaganda maciça nos meios de comunicação, vinculando sua imagem ao cargo que ocupa. Priante assumiria porque foi o segundo colocado na eleição de 2008.

O processo se arrasta na Justiça Eleitoral há mais de dois anos. Duciomar já foi condenado por juiz, recorreu ao pleno do TRE e perdeu, assim como no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como não cabia mais nenhum recurso, o processo foi remetido no final do ano passado pela ministra Éllen Gracie para que o mérito da condenação fosse julgado pelo TRE. Gracie chegou a estranhar tanta demora na tramitação do caso, determinando “urgência” no julgamento. Será atendida quase um ano depois. Ellen Gracie aposentou-se no final do primeiro semestre deste ano.

Convocado para atuar no TRE, o juiz federal Antonio Carlos Campelo é o relator do recurso nº 52, que poderá afastar Duciomar e seu vice, Anivaldo Vale, da prefeitura. A revisora é a juíza Ezilda Pastana.
Três juízes do Tribunal à época, Vera Araújo de Souza e José Maria Teixeira do Rosário (hoje desembargador do TJE), além de Ezilda Mutran, já tiveram a oportunidade de condenar a propaganda eleitoral fora de época, feita com dinheiro público, pelo prefeito.

Para o procurador regional eleitoral, Daniel Avelino, as irregularidades apuradas na fase processual recomendam a cassação do diploma de Duciomar e de Vale. Ele concorda que houve demora no julgamento do mérito do caso, atribuindo o fato aos recursos de que uma das partes pode ser valer para tentar reverter decisão que lhe é desfavorável. Sobre outro processo que ensejou a condenação de Duciomar por abuso de poder econômico e outras irregularidades, conforme decisão de dezembro de 2009 do juiz Sérgio Lima, ele declarou que aguarda a remessa do processo para Belém para que o mérito da decisão de Lima seja julgado pela corte do TRE.

O advogado Inocêncio Mártires Júnior, defensor de Priante, afirmou ao DIÁRIO que aguarda com serenidade a decisão do TRE. Ele fará sustentação oral da tribuna, argumentando que Duciomar “violou a legislação eleitoral de forma consciente”. Segundo Inocêncio, “não se pode relativizar a violação à lei” em um caso dessa natureza. A cassação do diploma, se for mantida, implica na perda de mandato. O prefeito poderá recorrer ao TSE.

Duciomar não se pronuncia. Priante lamenta morosidade

Inocêncio Mártires diz que o presidente do TSE, ministro Ricardo Levandowski, já declarou a intenção de
esvaziar a pauta de todos os julgamentos pendentes até março do próximo ano para que o Tribunal possa se dedicar inteiramente à eleição municipal de 2012. A respeito do segundo processo em que o prefeito foi condenado, o advogado informou que o caso ainda está no TSE, onde já foi julgado.
Duciomar Costa tem evitado falar sobre o julgamento. Procurado por telefone, não atendeu às ligações do DIÁRIO. Em conversa com aliados no começo da semana passada, indagado sobre o julgamento, o prefeito teria dito que estava “muito tranquilo”.

Priante diz que espera “justiça”, lamentando a demora no julgamento. “Trata-se de um mandato que está em jogo”. Se as teses do Ministério Público Eleitoral estão corretas, diz o deputado, então seria preciso “reparar o direito perdido” de quem concorreu submetendo-se às normas eleitorais. “O prêmio para quem cometeu crimes são anos de mandato?”, questionou Priante, afirmando que justiça que tarda não é justiça, “é injustiça”. (Diário do Pará)

Incêndio atinge tubulação da Imerys

A equipe de monitoramento ambiental da empresa Imerys PPC, situada na localidade Vila do Mucuripi, município de Barcarena, detectou um incêndio em uma das tubulações responsáveis pelo transporte de polpa de caulim, que passa por uma estrada privativa. Funcionários perceberam o fogo por volta das 22h da sexta-feira (25), e registraram um boletim de ocorrência informando que as chamas foram provocadas por vândalos.

De acordo com informações repassadas pelo setor de Comunicação e Projetos Sociais da Imerys, o incêndio foi contornado rapidamente pela equipe de técnicos e especialistas das áreas de processo, meio ambiente, segurança do trabalho e brigada de emergência. Por medida de segurança, o bombeamento da polpa de caulim precisou ser desligado. Para evitar vazamento ao meio hídrico, foi feito um isolamento de contenção.

O incêndio ocasionou torção e queimaduras no tubo de 12 polegadas, feito de  PEAD (Polietileno de Alta Densidade), conforme os padrões exigidos.

Os órgãos ambientais foram avisados. Contudo, os envolvidos no incêndio não foram identificados. O caso será apurado pela delegacia da Vila dos Cabanos, em Barcarena.

Sobre o Caulim - O caulim não é tóxico. Trata-se de uma argila naturalmente branca. Ele provoca mudança na coloração da área envolvida, sem, contudo, causar danos ambientais que não possam ser rapidamente revertidos. Na água, as principais mudanças provocadas pelo caulim estão na cor e sabor, sem incorrer em riscos mais sérios à saúde humana.  O caulim é utilizado na  indústria para dar brilho, lisura e uniformidade ao papel. O mineral também é utilizado na indústria de cerâmicas e porcelanas, indústrias de cosméticos, farmacêutica e em produtos de higiene pessoal.

(DOL)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Taxista é liquidado com quatro tiros

Um crime ainda sem explicações, no início da tarde desta quinta-feira (24), assustou os moradores da rua Pinto Costa, no Loteamento Pôr do Sol, bairro do Icuí, em Ananindeua. Kleber Souza Costa, 35 anos, foi executado com quatro disparos, no momento em que dirigia um veículo Fiat Pálio, cor branca, licenciado com placa de táxi. De acordo com testemunhas, a vítima se preparava para sair do Loteamento quando foi atacada por dois homens em uma moto que começaram a efetuar os disparos.
Segundo o sargento Marques, da 3ª ZPol, que esteve no local do crime, o motorista pode ter sido alvo de uma emboscada. “Tudo indica que essa situação foi armada. Ainda não sabemos se foi acerto de conta ou latrocínio, mas os homens que efetuaram os tiros cercaram o carro para que a vítima não tivesse como fugir”, relatou o sargento.
No local, moradores evitaram falar com a equipe do DIÁRIO. Uma mulher, que preferiu não ser identificada, confirmou a informação que o crime foi realizado por dois homens numa motocicleta. E que mesmo baleado, o motorista ainda tentou fugir. “Na fuga, o carro bateu na frente de uma casa e derrubou um portão de outra, onde existia uma venda de tapiocas aos domingos”, disse a mulher.
TRÁFICO
No local, populares denunciaram que na rua já ocorreram vários homicídios e que na área a venda de entorpecentes é muito grande. “Há menos de três semanas teve um homem assassinado nesta mesma rua e agora mais um. A gente se sente muito insegura aqui. Ninguém faz nada para mudar isso”, reclamava uma mulher, que preferiu o anonimato.
Policiais da Divisão de Homicídios estiveram no Loteamento para fazer averiguação, mas preferiram não adiantar qualquer informação à imprensa. De acordo com fontes da Seccional Urbana da Cidade Nova, onde o caso foi registrado, a vítima trabalhava como taxista num ponto da Praça Brasil, na avenida Senador Lemos, no bairro do Umarizal, em Belém.
Segundo o chefe de operações Rui Santos, da Seccional da Cidade Nova, a polícia vai trabalhar em cima da suspeita de latrocínio, mas a hipótese de acerto de contas não será descartada.
“Ainda é cedo para afirmar qualquer coisa. Tivemos apenas a informação que os dois homens estavam seguindo a vítima desde a entrada do Icuí, mas isso não garante nada. Precisamos agora saber é quem foi o passageiro que foi levado pelo taxista e qual o lugar específico do Loteamento que esse passageiro ficou. Só assim, vamos dar mais embasamento às investigações”. (Diário do Pará)

Polícia continua investigando chacina de Icoaraci

Nenhum fato novo, segundo informações da assessoria da Polícia Civil a respeito da investigação da chacina dos seis adolescentes no distrito de Icoaraci. A assessoria informou que ninguém foi ouvido na tarde desta quinta-feira (24), mas as investigações prosseguem, pois a polícia tem pressa em prender os assassinos.
De acordo com a assessoria mais de 15 pessoas já foram ouvidas, mas uma equipe continua nas ruas em busca de mais pessoas que tenham presenciado o fato. Por isso, os policiais estão nas ruas executando essas diligências.
O CRIME
Na noite do último sábado, o distrito de Icoaraci foi o centro de violência contra seis adolescentes. Todos foram executados de forma fria e cruel por dois homens que chegaram em uma moto e se apresentaram como policiais. Eles abordaram os rapazes se apropriando de uma postura de revista de rotina. (Diário do Pará)

Pará ocupa 3º lugar no ranking de mortes de jovens

O futuro do Pará está sendo apagado do mapa. São jovens e adolescentes impedidos de continuar existindo. Eles estão sendo eliminados. De acordo com dados do Sistema Nacional de Mortalidade do Ministério da Saúde, entre 1999 e 2009, a taxa de homicídios no território paraense cresceu 44,7% entre pessoas com 10 e 14 anos. O Estado é o terceiro com maior índice de crescimento nesse campo, só perde para Bahia e Maranhão.
Para se ter uma ideia do avanço desenfreado da violência, em 1998 o Pará ocupava a 16º posição no ranking nacional de homicídios de adolescentes. Dez anos depois, ele subiu para a 8ª posição. O mesmo se repete em Belém. Ambos numa escala de 100 mil habitantes. Em um outro panorama, só em 2008 morreram 1.086 jovens e adolescentes entre 15 e 24 anos, o que equivale a quase três mortes por dia. Apenas na capital foram 287 vidas interrompidas nesse período. Números extraídos do Mapa da Violência, um documento produzido pelo Instituto Sangari e Ministérios da Justiça, e publicado a cada três anos.
Essas questões foram apresentadas ontem pelo Centro de Defesa da Criança e Adolescente (Cedeca), do Movimento República de Emaús. Números apontados durante uma coletiva de imprensa do Cedeca ao lado da Sociedade Paraense em Defesa de Direitos Humanos. As entidades se manifestaram publicamente sobre o episódio da chacina em Icoaraci no último final de semana. O tom era de repúdio, lamento e protesto.
“Infelizmente não é a primeira vez que o movimento vem a público se manifestar sobre a violência contra os jovens no Estado. O movimento pensa que haja não só uma indignação da sociedade, mas que haja uma reflexão. O Pará está sempre marcado, sempre à frente nessa violência. Até quando nós vamos precisar existir? E fazendo sempre esse tipo de manifestação pública?”, questiona Graça Trapasso, coordenadora – executiva do Movimento República de Emaús.
O caso da chacina de Icoaraci, onde seis adolescentes foram executados a tiros, só dá vida aos números e estatísticas de levantamentos feitos por entidades e instituições do Brasil. Eles mostram o crescimento alarmante da violência entre a juventude.
ESTATÍSTICA
Segundo o Mapa da Violência, dos 73% de jovens que morreram no país, as causas foram externas. Destes, 62% por mortes violentas. Entre a parcela adulta da população, os números não ultrapassam 10% em causas externas. No cenário paraense, os números não sofrem grandes modificações. Dos 70% mortos por causas externas, 62% dos jovens morreram de forma violenta.
A pesquisa mostra ainda que a violência tem cor e classe social. São os jovens negros e pobres do Brasil os que mais morrem e estão mais propensos à morte. “Essa violência é distribuída desigualmente. Tem um alvo certo. Nossa juventude negra e pobre está exterminada”, reflete Sérgio Martins, advogado da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH).
Outro estudo a sugerir a violência cada vez maior sobre a juventude é o do Índice de Homicídios na Adolescência, o IHA. O índice é resultado Programa de Redução da Violência Letal, do Observatório das Favelas, Laboratório de Análise da Violência, Secretaria Nacional de Direitos Humanos e UNICEF. Ele aponta que a probabilidade dos assassinatos com um adolescente do sexo masculino é 12 vezes maior do que no caso do sexo feminino.
O risco aumenta quase três vezes quando eles são negros. Esse estudo analisou 267 municípios brasileiros e revela uma possibilidade assustadora: o número de adolescentes e jovens assassinados entre 2006 e 2012 no Brasil deverá ultrapassar 33 mil. O levantamento ainda prevê o futuro dos jovens com 12 anos em 2006, os quais provavelmente sequer chegarão aos 19 anos, porque deverão ser assassinados.
Dos seis garotos mortos em Icoaraci, nem todos tinham 12 anos em 2006. Ainda assim, nem um deles completará os 19. São vítimas de todo um contexto de brutalidade e ausência de políticas públicas. E não os culpados, como os representantes do Cedeca, SDDH e Comissão de Justiça e Paz da CNBB fazem questão de lembrar.
“Eles foram tratados como se estivessem envolvidos em atos infracionais, como se isso justificasse o fato. Eles não têm registro, passagem pela DATA [Divisão de Atendimento ao Adolescente]. Independentemente de eles estarem envolvidos ou não, o direito à vida é para todos. Nosso sentimento é de indignação de como foram tratados esses adolescentes. Isso jamais pode ser colocado como elemento justificador do que aconteceu com esses jovens”, disse Bruno Guimarães, advogado do Cedeca. (Diário do Pará)