sábado, 30 de abril de 2011

Carro capota várias vezes após colisão violenta

Testemunhas dizem que um dos veículos avançou a preferencial
A imprudência no trânsito resultou em mais um acidente, ontem de manhã, na esquina entre a Rua dos Pariquis com a Travessa 14 de Abril, no Guamá. O acidente ocorreu por volta de 11 horas, quando o veículo modelo Corsa colidiu com um Peugeot no cruzamento entre as duas vias. O choque entre os dois veículos foi tão violento, que um dos carros capotou várias vezes na pista, só parando ao bater a lateral de uma calçada, onde ficou com as rodas para cima.
Apesar da gravidade do acidente, não houve vítima fatal.
O condutor do Peugeot teve pequenas escoriações e foi levado para atendimento no Hospital do Pronto Socorro Municipal da 14 de março. Já o condutor do Corsa saiu ileso da batida, mas fugiu do local. 'O veículo está com a documentação atrasada, talvez por este motivo ele tenha fugido', acredita um dos agentes da Companhia de Transporte de Belém (CTBel), que orientava os condutores de veículos que trafegavam pelo local.
Uma viatura do Corpo de Bombeiros do Pará foi acionada para conter o vazamento de óleo na pista. 'Tudo indica que foi uma colisão causada pela imprudência de um dos condutores, mas o que importa é que não houve vítima fatal. Os danos foram apenas materiais, já que os dois carros ficaram bastante destruídos. Somente a perícia é que vai apontar quem causou o acidente', disse o tenente Noé dos Santos, do Corpo de Bombeiros.
O trânsito na Pariquis ficou temporariamente interditado para a retirada dos veículos da pista. Segundo testemunhas, o condutor do Corsa foi quem avançou o sinal atingindo o Peugeot. 'A preferencial era de quem vem pela Pariquis, mas o Corsa avançou pela 14 de Abril. Depois que bateu no outro carro ele ainda se achou certo e ficou reclamando com o motorista do Peugeot. Minutos depois o motorista do Corsa sumiu do local, por isso acredito que estava dirigindo sem habilitação', comentou o autônomo Joaquim Castro, que reside na área. O acidente deixou o trânsito lento no local. Para fugir do congestionamento, os veículos tiveram que utilizar outras vias de acesso ao centro da cidade. 'Terei que descer a Travessa Três de Maio para fazer o retorno na próxima rua e retornar pela 14 de Abril. Vai tomar tempo, mas não tem outro jeito, pois não posso esperar a liberação da via', reclamou o taxista Maurício Tocantins.

Bandidos se desentendem e acabam presos

Tiroteio
Um deles teve que ser levado para o Metropolitano e três estão no xadrez.
Uma troca de tiros entre bandidos rivais resultou em um ferido e três prisões, ontem, por volta das 20h, na rua 7 de Setembro, esquina com rua 21 de Abril, na invasão 'Favelinha', no bairro Icuí-Guajará, município de Ananindeua. Um quarto homem foi ferido a bala e socorrido para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE). O confronto teria sido motivo pelo controle do tráfico de drogas na área, considerada zona vermelha pelas polícias Civil e Militar. O caso foi registrado na 3ª Seccional Urbana da Cidade Nova, pelo delegado Vicente Costa.
Os presos são Robson da Silva Reis, de 18 anos, Douglas Aguiar dos Santos, de 25 anos, e David Madson de Melo, de 21 anos. Eles corriam a esmo no momento que os policiais militares sargento Tito e cabos Douglas e Aldo, da viatura 9102, pertencente à 3ª Zona de Policiamento (3ª ZPol), perceberam um revólver calibre 38 sendo jogado para o meio do mato.
A guarnição havia acabado de atender a uma ordem do Centro Integrado de Operações (Ciop) e iniciou a perseguição, até interceptar os acusados. Ao localizar a arma, constataram que ela possuía três munições. Ainda no local, outro bandido, de prenome 'Thiago', havia sido alvejado com dois tiros na perna, sendo encaminhado para o Hospital Metropolitano, onde está em observação.
De acordo com os policiais militares, todos os acusados são conhecidos como 'soldados' de 'Mazinho', um dos principais traficantes da área, juntamente com o irmão mais novo deste, conhecido por 'Stone'. Já o fornecedor da arma é um bandido conhecido pela alcunha de 'Ramiro'. Todos estão sendo procurados.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Nem postos aguentam mais reajustes

COmBUSTÍVEIS
Empresariado quer fechar postos no dia 1º em protesto contra aumentos sucessivos
Os donos dos 90 postos de combustíveis em Belém programam uma paralisação de 24 nos estabelecimentos neste domingo em protesto contra os sucessivos reajustes aplicados pelas distribuidoras de álcool e gasolina para as revendedoras (postos), o que tem provocado aumentos do preço final dos produtos na venda aos consumidores. "O combustível subiu 15% em 60 dias no repasse das distribuidoras para os postos, e neste domingo virá um novo reajuste de mais 6 centavos, a gasolina vai passar da casa dos R$ 3,00", afirmou ontem Alírio Gonçalves, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocumbustíveis do Pára (Sindicombustíveis), ao informar sobre a iniciativa dos proprietários dos postos de combustíveis .
"Esse protesto é a favor do consumidor, porque começou e terminou o período de entressafra do álcool (que entra 25% na composição da gasolina) e os aumentos continuam", completou. O Pará é um dos cinco estados com o combustível mais caro do País, segundo o sindicato.
Na terça-feira, dia 26, como informou Alírio Gonçalves, o preço final subiu 8 centavos, e neste domingo vai subir mais 6 centavos. A proposta de paralisação dos postos neste domingo será apreciada pelos donos de postos em assembleia geral hoje à tarde, mas existe a disposição dos empresários do setor varejista em realizar a manifestação, já que o indicativo para o protesto abrange, a princípio, a data do dia 1º de maio, ou, ainda, a segunda-feira, dia 2. "Mas estamos pensando no protesto para o dia 1º, domingo, em defesa dos consumidores", afirmou o presidente do Sindicombustíveis.
A patir das 14 horas de hoje, na auditório do Sindicombustíveis, na avenida Duque de Caxias, o presidente Alírio Gonçalves, ao lado de integrantes da diretoria e da assessoria jurídica da entidade, vai explicar o cenário de um novo reajuste no valor do combustível comercializado no Pará. Na ocasião, o presidente vai divulgar o percentual de aumento repassado pelas distribuidoras aos revendedores no Pará. De acordo com levantamento feito pelo Sindicombustíveis, em menos de 60 dias o valor do combustível sofreu reajuste superior a 15%, e a partir do próximo dia 1º de maio, os postos irão comercializar o produto com valor reajustado. "

Sem-terra interditam Belém-Brasília

TERRAS
Invasores se recusam a cumprir ordem judicial para deixar propriedade
Evandro Corrêa
Sucursal do Sul e Sudeste do Pará
Famílias que ocupam há vários anos uma área de propriedade do pecuarista Camilo Uliana interditaram ontem de manhã a rodovia BR-010 (Belém-Brasília), à altura do município de Ulianópolis. O manifesto ocorreu porque expirou o prazo estipulado pela Justiça para que os assentados deixem a propriedade de forma pacífica. A juíza da Vara Agrária de Marabá, Claudia Regina Favacho Moura, concedeu liminar no ano passado determinando a reintegração da área ao pecuarista.
Durante a manifestação, os invasores espalharam frutas e verduras pela pista, tentando mostrar que dentro da área existem hoje várias plantações de hortaliças, que dão sustento a muitas famílias.
A interdição da BR-010 levou ao local duas viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e guarnições da Polícia Militar de Paragominas, Dom Eliseu e Ulianópolis. Por volta de 13h30, depois de provocar um grande engarrafamento, os invasores finalmente liberaram a pista.

Justiça quebra sigilo bancário

Devassa
Banpará tem 15 dias para enviar ao MPE documentos de sete presidentes da Alepa
ENIZE VIDIGAL
Da Redação
O juiz Elder Lisboa da Costa, da 1ª Vara da Fazenda da Capital, determinou ontem a quebra do sigilo bancário da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). A decisão foi dada em ação movida pelo Ministério Público do Estado (MPE), que apura uma série de crimes de desvio de recursos públicos no órgão, como servidores fantasmas e laranjas, salários com gratificações ilegais e nomeações sem publicação oficial. O Banco do Estado do Pará (Banpará) tem 15 dias de prazo para fornecer ao MPE, sob pena de incorrer em crime de desobediência à Justiça, todas as informações da movimentação em conta corrente da folha de pagamento daquele Poder, referente ao período de janeiro de 1994 até os dias atuais. O período se refere à administração de sete ex-presidentes daquela Casa Legislativa. A quebra de sigilo bancário de órgão público é uma novidade no Judiciário paraense.
O promotor de Justiça que assina a ação, Nelson Medrado, explicou que vai verificar se a folha de pagamento efetivamente paga pelo banco é a mesma que consta nos registros da Assembleia. Pois a principal fonte de informações do MPE, a ex-chefe da Divisão de Pessoal do Poder, Mônica Pinto, garantiu que a folha efetivamente paga não é a mesma que consta nos registros, pois os nomes e gratificações adicionados ilegalmente na folha, eram logo em seguida retirados para não deixar rastros. 'Quero ver quem estava recebendo os salários na boca do caixa. Quem recebeu assinou recibo no banco ou apresentou uma procuração do servidor em nome de quem estava o contracheque. Já tenho a lista de servidores efetivos, de assessores e de estagiários. Se tiver gente a mais recebendo no banco do que na lista de funcionários da Assembleia, saberei que é fantasma e vou atrás e também vou verificar quem recebeu a mais', explicou.
No despacho, o juiz Elder se demonstra estupefato pelas informações trazidas pela argumentação do MPE. Depoimentos de servidores laranjas, que afirmam nunca terem trabalhado na Assembleia Legislativa e muito menos ter recebido salário da Casa; contracheques que não constam a lotação do servidor e nem os números da conta bancária e do programa de Integração Social (PIS/Pasep); servidores com datas de admissão suspeitas e super salários enriquecidos com vantagens sem justificativa, gratificações concedidas ilegalmente ou aplicadas irregularmente. 
Esta noticia e a cara do brasil onde a corrupçao perdura e o pais continua na mesma sem se modernizar onde os politicos estao no paraiso e nada lhes acontece .

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Dia do Índio é marcado por protesto contra Belo Monte

EM PÉ DE GUERRA
Sheyla Juruna não descarta violência se governo insistir em fazer a usina
Brasília
THIAGO VILARINS
Da Sucursal
A insistência do governo em construir a usina hidrelétrica de Belo Monte, transformou a data de hoje, o Dia do Índio, em uma data de protesto. Segundo a representante dos povos indígenas junto ao Movimento Xingu Vivo para Sempre, Sheyla Juruna, o dia será de intensificar a batalha contra o empreendimento. "Não tem o que festejar no Dia do Índio, a gente tem muito é que brigar mesmo, demonstrar a nossa insatisfação diante desse governo injusto, que está aí levando tudo do jeito que ele quer, contra o nosso povo", protestou.
Em entrevista exclusiva a O LIBERAL, Sheyla, que é da aldeia indígena Juruna, no município de Vitória do Xingu, localizado no local onde está programado a construção do lago de 516 Km², alerta que os povos estão preparados para ir até o fim dessa batalha contra o mega-empreendimento. Destaca, inclusive, que os indígenas estão prontos para guerrear até a morte. "Não descarto essa possibilidade, porque é o governo que está instigando essa violência, essa guerra. E isso vai acontecer e a culpa será do governo. Nós não temos medo. O que tivermos que fazer para defender nossas casas, nós vamos fazer. Vamos nos defender até o fim desse governo que fala em acabar a miséria, mas está fazendo com Belo Monte mais miseráveis." Confira a entrevista:
 A construção da usina hidrelétrica de Belo Monte pode ser apontada como a maior preocupação dos indígenas do Estado no dia de hoje?
 Com certeza. Isso porque quando se fala em empreendimento de barragem na Amazônia, a gente entende que é um assunto de dimensão muito maior. A Amazônia é o coração do mundo, a floresta está na Amazônia e se empreendimento de barragem a destrói vai prejudicar todos os povos do Brasil. A nossa preocupação com o povo indígena do Xingu é isso: é não haver empreendimento de barragem, porque isso destrói nossos territórios. É uma questão muito complicada, nós estamos sofrendo os impactos diretos e o governo não está olhando para isso. Eu estou muito preocupada. Não tem o que festejar no Dia do Índio, a gente tem muito é que brigar mesmo, demonstrar a nossa insatisfação diante desse governo injusto, que está aí levando tudo do jeito que ele quer, contra o nosso povo. A gente está aí sempre falando que o governo não fez um estudo na Bacia do Xingu, eles dizem que só vai atingir uma parte da bacia, mas no nosso entendimento vai atingir toda a bacia do Xingu. Por isso que os nossos parentes na Amazônia e todos os povos do Brasil estão com a gente nesta causa. O que está acontecendo agora é que o Governo tem entregado para a empreendedora a função que é dele, que é demarcar a nossa terra, de prestar assistência à saúde de qualidade e a nossa educação, porque é uma condicionante para o empreendedor, mas não está certo, é injusto, é uma violação do nosso direito.

Mais de 200 presos vão passar a Páscoa em casa

Saída temporária
Trinta dos presos beneficiados serão monitorados por tornozeleira eletrônica
Juízes da 1ª Vara de Execução Penal da Região Metropolitana de Belém deferiram 233 pedidos de presos para saída temporária da Páscoa, de um total de 530 requerimentos analisados. Desse total, 212 foram indeferidos e outros 91 pedidos estão pendentes: uns no Ministério Público do Estado (MPE) que também opina sobre a concessão de cada saída, outros aguardando documentação necessária para avaliação da Justiça para conceber o benefício. As informações são da juíza Maria de Fátima Alves Silva, que também analisa e define os pedidos dos presos. Até a tarde de ontem, os números do interior ainda não haviam sido finalizados.
Os pedidos começaram a chegar há duas semanas para a esperada autorização judicial de saída temporária. O benefício previsto na Lei de Execução Penal é aplicado a sentenciados do regime semiaberto que já cumpriam uma parte da pena, variando entre 1/6 a 1/4 dependendo de cada sentenciado. A data da saída foi ontem e o retorno ocorre dia 25. As próximas saídas temporárias estão previstas para o dia dos namorados, dia dos pais, Círio e Natal.
Em entrevista à imprensa, Fátima Alves explicou que no total são cinco saídas temporárias ao ano, e que os beneficiados com a medida passam sete dias com os familiares. Antes de deixarem as casas penais, eles cumprem um protocolo e chegam até a assinar um termo comprometendo-se em não sair à noite, nem tampouco freqüentar bares ou casas noturnas. A juíza esclareceu, que caso o beneficiado com a saída temporária não retorne à Casa Penal poderá regredir do regime semiaberto para o fechado.
A Superintendência do Sistema Penal (Susipe) é quem informa sobre o número de presos que não retornaram e a Justiça instaura um "incidente de regressão", com expedição de mandado de recaptura. Quando o sentenciado é localizado, passa a responder por procedimento na vara de execução penal, e após audiência com um dos juízes da Vara, poderá regredir de regime e não terá mais direito à próxima saída.
TORNOZELEIRAS
Trinta detentos serão monitorados eletronicamente por meio de uma tornozeleira. Cinco são da Central de Triagem de Santarém (CT-STM), cinco do Centro de Recuperação Regional de Marabá (CRM), seis da Colônia Agrícola Heleno Fragoso (CAHF), cinco do Centro de Reeducação Feminino (CRF) e nove do Centro de Recuperação do Coqueiro (CRC).
O gerente de tecnologia da Susipe, Rodrigo Maneschy, disse que duas empresas irão fornecer quinze aparelhos cada. No sábado passado, os diretores de centro participaram de um treinamento para aprender a manusear os equipamentos. Quinze detentos vão ser monitorados pela central da empresa e a Susipe ficará responsável por receber os alertas e solucioná-los. O restante será assistido pela equipe da Assessoria de Segurança Institucional, que ficará instalada na sala do Sistema de Informações Penitenciárias (Infopen). O Centro Integrado de Operações (Ciop) está à disposição da central de monitoramento para qualquer intervenção necessária.
O Núcleo de Reinserção Social (NRS) e o Núcleo de Execução Criminal (NEC) elaboraram uma cartilha para os monitorados e suas famílias. O material esclarece que o interno beneficiado deve seguir as condições impostas pelo juiz responsável pela saída.
As regras que a serem seguidas são: fornecer endereço completo da residência onde ficará, sair somente de 7h às 21h, não frequentar bares ou casa noturnas, zelar pelo equipamento e responder a todos os sinais de aviso. Caso haja descumprimento de alguma exigência, o interno perde o direito à saída temporária e há regressão de regime.

Muitas regalias para quem mata,rouba.faz refens e dos 200 voltam a cadeia 50 e um convite para eles fugir so neste pais e que os detentos vao a casa na pascoa,natal,carnaval por isso a banditagem nao acaba anda solta.

Mais um dia de alagamentos em Belém

MARÉ ALTA
Ruas do Centro e do Comércio foram as mais afetadas pelo problema
A maré alta causou transtornos para pedestres, comerciantes e motoristas na manhã de ontem. Alguns trechos das avenidas Visconde de Souza Franco (Doca) e Castilhos França ficaram alagados. A avenida Portugal com a Travessa 15 de Novembro, em frente à pedra do peixe do Ver-o-Peso também estava debaixo d’água. O local ficou engarrafado, assim como a rua Gaspar Viana e a Doca. O alagamento começou às 10h40 da manhã. Os motoristas se arriscavam a transitar nas vias, mesmo com o risco do carro estancar. Já os pedestres diziam não ter alternativa a não ser pisar na água suja.
O motorista Raimundo Dasmasceno estava indignado com os problemas provocados pela maré cheia. Ele ficou mais de meia hora em um engarrafamento na Gaspar Viana com a Doca. "As autoridades sabem que todo ano vai ter maré alta, mas ninguém faz nada para mudar a situação. Sei que é difícil, mas eles poderiam alertar a população. Assim evitaríamos trafegar nessas áreas".
Já a paulista Cláudia Povel, 58 anos, ficou impressionada com o fenômeno. Ela veio passear com o namorado e dois amigos, todos eles da Alemanha, pela capital paraense. "Eu passei há uma hora aqui neste local que chamam de pedra do peixe e não estava assim. Agora voltei com meu namorado e ficamos surpresos. Onde moramos não ocorre isso".

O Rei chega aos 70

No dia do aniversário de Roberto Carlos, fãs contam o que fizeram para estar mais perto do Rei
YÁSKARA CAVALCANTE
Da Redação
Roberto Carlos completa hoje (19) 70 anos, 51 deles dedicados à música. E bem como diz o trecho de uma de suas canções mais populares, "Onde você estiver, não se esqueça de mim...", é quase impossível esquecer do "Rei", que mesmo sem comemorações, devido à morte de sua filha mais velha, Ana Paula Rossi Braga, na madrugada do último sábado (16), recebe homenagens de Norte a Sul do Brasil por tudo o que significa para cada fã. Seja ele branco ou negro, jovem ou velho, religioso ou ateu, homem ou mulher, homo ou bi, algumas das tribos que coroam a realeza de Roberto.
Um grande show deveria marcar as sete décadas de vida de Roberto Carlos. Mas, com os últimos acontecimentos pessoais, a apresentação marcada para hoje no Ginásio Alvares Cabral, em Vitória, no Espírito Santo, foi cancelada. Mas, a produção do "Rei" já articula um novo encontro comemorativo com os fãs.
Em mais de cinco décadas de carreira, Roberto Carlos é apaixonado por bossa nova, rock e bolero. Sinatriano e beatlemaníaco assumido, Roberto é o retrato da juventude da década de 60, época a qual muitos adolescentes e jovens gostariam de ter pertencido. "Eu cresci ouvindo minha mãe e minhas tias ouvindo as músicas dele. Sei quase todas na ponta da língua. Já até mandei gravar um CD com os maiores sucessos em ritmo de dance", conta a estudante Ana Paula Farinha, de 20 anos.

Bando da saidinha na cadeia

Polícia apreende armas ilegais e prende quatro acusados de integrar quadrilha de assaltantes
Uma quadrilha de assaltantes foi presa ontem de tarde, na Cabanagem. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a participação dos acusados em um assalto da modalidade "saidinha", ocorrido na semana passada. José Roberto Matos da Silva, 35, assume sozinho ser dono do revólver e da pistola apreendidos com os presos. A sua mulher, Roseane Ferreira Mendes, 30, seu vizinho André Ribeiro Botelho, 31, e Cleison Melo Sardinho negam as acusações.
Policiais do Grupo de Polícia Metropolitana (GPM) vinham investigando um assalto tipo saidinha registrado na quinta-feira passada. Um dos que estavam na agência bancária de onde partiu a informação sobre a vítima, Cleison foi identificado e preso. André foi detido quando chegava em casa, localizada na Passagem Vitória, na Cabanagem. Os policiais também prenderam o casal vizinho, José e Roseane, dentro do imóvel na mesma passagem. Um revólver calibre 38, uma pistola Ponto 40 e 12 munições foram encontrados no armário do quarto do casal.
José disse estar no banho quando a polícia chegou, enquanto sua esposa estava no quarto com o filho. Acusado de roubo em 2001, em processo que corre pela Justiça, ele negou estar envolvido em outros assaltos e disse que as armas eram para sua proteção, pois a Cabanagem é um bairro perigoso. Ele é suspeito de ter dirigido o carro dos bandidos durante a saidinha da semana passada.
Roseane disse não saber da existência da arma dentro da casa onde mora. "Não contei nada, mesmo, essas coisas a gente não comenta com mulher", explica-se. José diz conhecer apenas André, seu vizinho, e não Cleison. "Ele (André) estava chegando na casa dele quando a polícia chegou e foi preso junto de laranja", diz.
Cleison admite ter estado no banco na mesma tarde em que ocorreu o crime, mas garante que não teve qualquer participação no assalto. "Eu fui abrir uma conta para mim, não fiz nada mais", defende-se. Na ocasião, uma pessoa sacou R$ 5 mil e foi seguida até a empresa, onde teve que entregar o dinheiro para um assaltante armado. André também diz ser inocente, mas é suspeito de ser a pessoa que abordou, armada, a vítima.
Os quatro foram autuados em flagrante por formação de quadrilha; Cleison e José serão investigados também em inquérito por suspeita na participação da saidinha da semana passada, além de terem sido autuados pelo porte ilegal de armas.

Ônibus descontrolado arranca e arrasta dois postes no Coqueiro

VELOCIDADE
Passageiros saem incólumes, mas o bairro ficou sem energia elétrica
Um ônibus desgovernado arrastou por mais de 50 metros dois postes de iluminação, derrubando, no início da manhã de ontem, toda fiação elétrica na pista da Rodovia Mário Covas, no Coqueiro, em Ananindeua. Segundo testemunhas, o motorista do veículo trafegava em alta velocidade e perdeu o controle após fazer uma curva. Mais de 20 passageiros estavam no interior do coletivo, mas ninguém ficou ferido. Apenas o cobrador, que reclamou de dor nas costas, foi encaminhado para atendimento médico por uma ambulância do resgate do Corpo de Bombeiros.
O acidente ocorreu por volta das 5h20 de ontem, nas imediações da Avenida Três Corações. O coletivo da linha Cidade Nova 5-Ver-o-Peso, de placas NSU- 6452 (Empresa Forte), trafegava na rodovia Mário Covas, sentido Independência, e dobraria na rodovia Transcoqueiro, em seguida pegaria a Rodovia Augusto Montenegro, para seguir até o Ver-o-Peso. Àquela hora da manhã, vários passageiros viajavam em direção ao trabalho ou à escola. Após passar por uma curva, próximo à Avenida Três Corações, o motorista perdeu o controle do veículo, subiu a calçada do lado direito e atingiu o primeiro poste de energia elétrica, arrancando-o.
Logo depois, o carro foi para a faixa da esquerda, subindo no canteiro central e dessa vez derrubando um poste de iluminação. O ônibus só parou cerca de 100 metros após a primeira batida, com parte do poste de energia arrastado sob a roda dianteira, vários vidros quebrados e a frente bastante danificada. Passageiros conseguiram sair do veículo por uma das janelas de emergência, sem ferimentos. O cobrador, identificado apenas como José Edilberto, reclamou de dores nas costas e foi levado para atendimento médico.
Fiações elétricas ficaram espalhadas pelo trecho, e toda a área ficou sem energia. O condutor do ônibus, identificado como Jesiel Robson Monteiro Martins, não quis falar com a imprensa. Ao gerente de tráfego da Forte (que não se identificou), ele disse que tentou desviar de uma carreta, quando perdeu o controle do carro.
VELOCIDADE
Passageiros afirmaram que o motorista trafegava em alta velocidade desde a Cidade Nova 5, quando começou o trajeto. "Ele vinha em alta velocidade desde a Cidade Nova. Nós estávamos comentando, dentro do ônibus, que ele deveria estar bêbado", disse a empregada doméstica Maria Helena Gusmão, que estava a caminho do trabalho.
Moradores das proximidades ficaram assustados quando ouviram barulhos parecidos com explosões. "Foram dois estrondos, e depois descobrimos que foram os transformadores que explodiram", afirmou Paulo de Jesus, que mora em um condomínio próximo ao local do acidente. Um outro morador do mesmo local disse que um dos transformadores chegou a cair na área do condomínio.
Segundo Paulo, motoristas costumam trafegar em alta velocidade naquele trecho. "E não são apenas os carros de passeio, veículos pesados como ônibus e carretas também passam em alta velocidade por aqui, o que representa um grande perigo de acidente, principalmente por conta da curva", denuncia. Ainda pela manhã, equipes da Rede Celpa estiveram no local para começar os trabalhos de reparos, a fim de restabelecer o fornecimento de energia.