segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ex é principal suspeito de matar mulher a facadas

O ciúme teria levado o ex-companheiro a assassinar uma mulher com golpes de faca, por volta das 7h desta segunda-feira (28), no bairro do Telégrafo em Belém.
O assassinato aconteceu na residência da vítima, localizada na passagem São João, entre as ruas Boca do Acre e Santa Cruz. Thaís Campos Rodrigues, de 20 anos, foi morta com cinco facadas no peito e uma na mão.
Policiais militares da 1ª ZPol foram encaminhados ao local para realizar as primeiras averiguações. A Divisão de Homicídios e a remoção do Instituto Médico Legal também foram acionadas.
Segundo informações do Tenente Notado, da PM, relatos coletados no local apontam que o principal suspeito é o ex-companheiro da vítima, identificado como Márcio Araújo, mais conhecido como “Canjica”, que é ex-presidiário e possui inúmeras passagens pela polícia por assalto e tráfico.
O acusado não teria aceitado o término do relacionamento com a vítima, há cerca de 10 dias, e por isso já havia prometido matá-la.  “Testemunhas dizem que ele chegou, bateu na porta e deu as facadas”, contou o policial. (DOL)

Cabo da PM é morto a tiros na Pedreira

Um cabo da Polícia Militar foi assassinado na madrugada deste domingo (27), na avenida Pedro Miranda, entre a avenida Dr. Freitas e a travessa Alferes Costa, no bairro da Pedreira, em Belém. O crime ocorreu por volta das 3h. O policial estava acompanhado de outro PM quando foi abordado pelos criminosos. Apenas um tiro foi detectado à altura do peito da vítima. Mão e tornozelo direitos foram fraturados.
O cabo Jaime Lobato Gonçalves Filho, de 40 anos, transitava pelo local acompanhado do cabo Elias Ferreira Lira. De acordo com os relatos deste último, dois homens se aproximaram numa motocicleta e logo atentaram contra a vítima. “Segundo o cabo (Lira), os assassinos chegaram e atiraram. A vítima (cabo Lobato) revidou e a testemunha afirma ter corrido para se proteger. Quando voltou, constatou que o cabo estava morto”, informou o delegado Lenoir Cunha, da Divisão de Homicídios.
A autoridade policial informou ainda que os criminosos roubaram a pistola que o cabo Lobato portava. Ao DIÁRIO, o cabo Lira não quis repassar mais detalhes a respeito do momento do crime. “A gente estava passando por aqui”, resumiu o policial. Diante de policiais militares e civis, o cabo Lira teria comentado que ele e o cabo Lobato retornavam de uma festa. Contudo, a informação não foi confirmada oficialmente. O policial prestou depoimento na Seccional da Pedreira.
Enquanto o corpo era periciado, policiais militares e civis se mobilizaram para identificar residências e estabelecimentos comerciais que possuam câmeras de segurança ao longo do trecho em que o crime foi cometido. Segundo o delegado Lenoir Cunha, até a manhã de ontem três pontos haviam sido localizados. “Provavelmente, serão solicitadas as imagens, o que ajudará na investigação do assassinato”, explicou o delegado.
RUMORES
Moradores da área afirmaram não ter ouvido nada, tampouco presenciado a movimentação dos criminosos. Por outro lado, alguns comentaram que conheciam o cabo Lobato e que ele estaria trabalhando como segurança nas imediações. No entanto, a suspeita não foi confirmada. Familiares da vítima não compareceram ao local, apenas amigos, que não quiseram falar com a imprensa.
PERÍCIA
Os peritos criminais Robson Nunes e Gilberto Almeida, do Instituto de Criminalística do CPC Renato Chaves, verificaram que o corpo da vítima apresentava uma perfuração provocada por disparo de arma de fogo à altura do peito. Além disso, os peritos constataram que a mão e o tornozelo direitos do cabo Lobato foram fraturados. O detalhe pode conferir outra dinâmica ao crime. “Ele (cabo) pode ter sido atropelado antes de ser alvejado com o tiro”, comentou o perito Gilberto Almeida. (Diário do Pará)
 
As mais sinceras condolencias a familia do Cabo Lobato uma excelente pessoa no qual eu tive o privilegio de conhecer e certamente  nos vai deixar muitas saudades.

domingo, 27 de novembro de 2011

Ex-PM entrega outros exterminadores à polícia

Principal suspeito de ter participado da chacina que vitimou seis adolescentes em Icoaraci no último sábado, o ex-policial militar Rosevan Moraes Almeida deu uma nova versão ao depoimento inicial prestado na Divisão de Homicídios, onde o caso está sendo investigado. Rosevan, a princípio, apenas se limitava a declarar sua inocência no crime.

Pela manhã, no trajeto entre a Divisão de Homicídios e o prédio do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, onde iria realizar os exames de corpo de delito, o acusado comunicou aos policiais que o condu-
ziam de que gostaria de mudar seu depoimento. Até então, havia a expectativa de que o suspeito “abriria de vez o bico” e admitisse sua participação na matança.

Porém, ele continuou negando. A novidade no novo relato à autoridade policial ficou por conta das indicações, feitas por ele, de outros pistoleiros que estariam integrando grupos de extermínio que agiam nos bairros do Guamá e Terra Firme, praticando o mesmo tipo de assassinatos como os do último sábado em Icoaraci. Os novos nomes serão investigados pela polícia. O suspeito seria conduzido ainda durante à tarde para o presídio Anastácio das Neves, onde ficará recolhido.

NEGATIVA

De acordo com informações do delegado Lenoir Cunha, da Divisão de Homicídios, o suspeito não convenceu sobre sua inocência nos assassinatos. Para o delegado, todas as evidências apontam para a acusação de Rosevan Almeida. “Mesmo ele negando todas as acusações, declarando o álibi de que estava lanchando na avenida Augusto Montenegro, mais de 90% das testemunhas que prestaram depoimento à polícia sobre o caso afirmaram que o ex–PM Rosevan Almeida estava no momento do crime e teria sido ele o autor dos disparos em todas as vítimas”, disse. Havia a informação que, de 20 testemunhas, 18 apontavam o ex-PM como principal culpado da chacina.

A Polícia Civil informou que as investigações sobre o caso a partir de agora serão direcionadas a descobrir quem era o homem que estava com ele no momento da execução, dirigindo a motocicleta usada para condução e fuga do local do crime.

Suspeito voltou ao local do crime

Na última quarta-feira, 23, Rosevan Moraes esteve no local do crime sob a justificativa de que estaria ali apenas para se defender das até então supostas acusações de que ele estaria envolvido no massacre dos adolescentes de Icoaraci. Naquele momento, circulava a informação de que uma organização paralela à segurança pública estaria atuando no distrito de Icoaraci, de acordo com populares que não se identificaram
por medo de represália.

Afirmavam que agentes da lei, responsáveis e pagos para trabalhar pela segurança do cidadão, estariam reforçando o tal grupo. Além de Icoaraci há suposições de um outro grupo desse no bairro do Guamá - rezava a lenda nem tão inverídica assim de que um homem chega ao local do crime em um veículo preto e faz os disparos contra as vítimas, mais de oito pessoas foram vítimas de homicídio durante
os últimos dois meses.

Citado nos bastidores como um dos possíveis exterminadores, eis que surge o ex-soldado da PM, Rosevan Moraes Almeida, que aproveitou a presença da imprensa na área para tentar esclarecer algumas acusações.
“As pessoas estão espalhando por aí que eu teria matado esses rapazes. Por isso, vim até aqui para negar qualquer tipo de envolvimento nisso. Jamais faria isso próximo da minha casa, onde moro há 40 anos”, afirmou na ocasião, ao acrescentar: “Realmente, passei por aqui uns 30 minutos antes de o crime acontecer, mas na hora que os adolescentes foram mortos eu estava lanchando, longe daqui, na avenida Augusto Montenegro”.

Rosevan disse à reportagem do DIÁRIO que está afastado da corporação e aguarda um procedimento na Justiça para retomar os serviços militares. Em 2008, ele foi preso durante a operação batizada como “Navalha na Carne”, sob suspeita de integrar um grupo de extermínio com atuação na Região Metropolitana de Belém. “Fique três anos preso e fui solto porque ninguém conseguiu provar nada contra mim. Agora, o Estado deve pela injustiça que cometeu”, reforçou o ex-soldado.

Polícia cortou na própria carne

Os policiais e civis presos na operação Navalha na Carne responderam na época por crimes de cárcere privado, tráfico de drogas, extorsão praticada por servidor público no exercício de sua função (concussão), assassinatos, tráfico de armas, formação de bando ou quadrilha e roubos.

A prisão dos acusados, que envolve policiais militares e cidadãos civis, ocorreu a partir do dia 28 de fevereiro de 2008, dando cumprimento aos trinta e dois mandados de prisão decretados pela Justiça, após quase um ano de investigações realizadas pela Polícia Civil, através do Grupo de Pronto-Emprego (GPE), e o Grupo Especial de Prevenção e Repressão às Organizações Criminosas (Geproc), além do Ministério Público Estadual.
Dos vinte e oito presos iniciais, na ocasião que a Operação Navalha na Carne foi deflagrada, apenas vinte e um foram efetivamente denunciados ao Ministério Público do Estado, entre eles doze policiais da Polícia Militar e nove civis. Os policiais militares acusados são: José Djalma Ferreira Lima Júnior, major da PM; Edinaldo da Silva Pinheiro, conhecido pelo apelido de “Mongol” (PM); Emanoel Silva de Castro (PM); Rui Dias Pereira (PM); Jamilson Gama dos Santos, apelidado de “Baby” (PM); Jorge Alex Medeiros Alves (PM); Romero Guedes Lima, conhecido por Cabo Lima ou “Montanha” (PM); José Percival da Conceição Moraes (PM); Mauro Augusto Nascimento (PM); Paulo César Alves Pereira, identificado como César ou “Dedão” (PM); Rosevan Moraes Almeida (PM) e Max André da Conceição Bentes (PM).

(Diário do Pará)

Duas horas de tensão em assalto com reféns

Um assalto com reféns, por volta das 16h de ontem, assustou os moradores da rua Paulo Maranhão, centro de Ananindeua. Após um assalto frustrado em frente a uma agência bancária na BR 316, Rodrigo Silva Souza, 21, e um adolescente de 17 anos, invadiram uma casa e fizeram quatro pessoas reféns por quase duas horas.
De acordo com moradores do local, na fuga do assalto, os suspeitos ainda conseguiram pegar três pessoas que estavam passando na rua e as colocaram na mira de um revólver junto com um morador da residência invadida.
Segundo informações do cabo Santiago, da 7ª Zpol, um dos primeiros a chegar ao local, antes da fuga, os suspeitos haviam conseguido roubar R$ 120 mil de um gerente de um posto de gasolina que se preparava para entrar na agência bancária.
“O assalto não deu certo porque a vítima estava com dois seguranças no momento em que se dirigia ao banco. Na ação, houve troca de tiros entre os seguranças e a dupla, que sem ter para onde ir, resolveu correr em direção a rua que fica ao lado do banco”, relatou o cabo.
Vizinhos disseram que os dois suspeitos corriam desesperados e cada um tinha um revólver calibre 38 nas mãos. “Na fuga, eles encontraram duas mulheres que moram aqui mesmo na rua e um homem, que estavam caminhando em direção da BR e passavam bem em frente à casa invadida. Numa ação muito rápida, eles pegaram as pessoas e foram logo entrando na residência que estava com o portão aberto”, contou um morador da rua, que preferiu não se identificar.
NEGOCIAÇÃO
Policiais civis e militares, uma viatura do Corpo de Bombeiros e homens da Ronda Tática Metropolitana (Rotam) estiveram no local para negociar com os suspeitos. Durante a negociação, familiares da dupla estiveram na rua para tentar convencer os jovens a desistir da ação.
“Meu marido é trabalhador, ele não é de se envolver com crime. Eu estou surpresa com isso e na verdade nem sei o que está acontecendo”, disse Mirlei Caroline, esposa de Rodrigo. Muito nervosa, a mulher afirmou que esta é a primeira vez que seu companheiro participa de assalto.
Passado mais de uma hora do assalto, a dona da casa invadida chegou ao local do crime. Rosa Maria Ferreira disse que apenas o seu irmão, Luís Carlos Ferreira, 32 anos, estava na residência no momento da abordagem. “O meu irmão é deficiente, ele não se locomove direito e tem dificuldades para falar. É muito ruim ficar aqui e não ter nenhuma informação sobre o estado dele lá dentro. Eu jamais imaginava que isso pudesse acontecer na minha casa”.
Após quase duas horas de negociação, os suspeitos resolveram se entregar. Com eles foram apreendidos toda a quantia roubada durante o assalto na BR. Sem falar com a imprensa, a dupla foi levada imediatamente para a seccional urbana da Cidade Nova, onde o caso foi registrado. Muito abaladas, as vítimas foram atendidas por uma viatura de primeiros socorros do Corpo de Bombeiros, ali mesmo no local. (Diário do Pará)

TRE pode decidir cassação de Duciomar na terça

O deputado federal José Priante (PMDB) pode assumir a prefeitura de Belém caso o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) mantenha nesta terça-feira, no julgamento do mérito, a condenação do prefeito Duciomar Costa por abuso de poder econômico, promoção pessoal em placas de obras que não traziam especificações sobre prazos para começo e final, nem valor dos recursos, além de propaganda maciça nos meios de comunicação, vinculando sua imagem ao cargo que ocupa. Priante assumiria porque foi o segundo colocado na eleição de 2008.

O processo se arrasta na Justiça Eleitoral há mais de dois anos. Duciomar já foi condenado por juiz, recorreu ao pleno do TRE e perdeu, assim como no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como não cabia mais nenhum recurso, o processo foi remetido no final do ano passado pela ministra Éllen Gracie para que o mérito da condenação fosse julgado pelo TRE. Gracie chegou a estranhar tanta demora na tramitação do caso, determinando “urgência” no julgamento. Será atendida quase um ano depois. Ellen Gracie aposentou-se no final do primeiro semestre deste ano.

Convocado para atuar no TRE, o juiz federal Antonio Carlos Campelo é o relator do recurso nº 52, que poderá afastar Duciomar e seu vice, Anivaldo Vale, da prefeitura. A revisora é a juíza Ezilda Pastana.
Três juízes do Tribunal à época, Vera Araújo de Souza e José Maria Teixeira do Rosário (hoje desembargador do TJE), além de Ezilda Mutran, já tiveram a oportunidade de condenar a propaganda eleitoral fora de época, feita com dinheiro público, pelo prefeito.

Para o procurador regional eleitoral, Daniel Avelino, as irregularidades apuradas na fase processual recomendam a cassação do diploma de Duciomar e de Vale. Ele concorda que houve demora no julgamento do mérito do caso, atribuindo o fato aos recursos de que uma das partes pode ser valer para tentar reverter decisão que lhe é desfavorável. Sobre outro processo que ensejou a condenação de Duciomar por abuso de poder econômico e outras irregularidades, conforme decisão de dezembro de 2009 do juiz Sérgio Lima, ele declarou que aguarda a remessa do processo para Belém para que o mérito da decisão de Lima seja julgado pela corte do TRE.

O advogado Inocêncio Mártires Júnior, defensor de Priante, afirmou ao DIÁRIO que aguarda com serenidade a decisão do TRE. Ele fará sustentação oral da tribuna, argumentando que Duciomar “violou a legislação eleitoral de forma consciente”. Segundo Inocêncio, “não se pode relativizar a violação à lei” em um caso dessa natureza. A cassação do diploma, se for mantida, implica na perda de mandato. O prefeito poderá recorrer ao TSE.

Duciomar não se pronuncia. Priante lamenta morosidade

Inocêncio Mártires diz que o presidente do TSE, ministro Ricardo Levandowski, já declarou a intenção de
esvaziar a pauta de todos os julgamentos pendentes até março do próximo ano para que o Tribunal possa se dedicar inteiramente à eleição municipal de 2012. A respeito do segundo processo em que o prefeito foi condenado, o advogado informou que o caso ainda está no TSE, onde já foi julgado.
Duciomar Costa tem evitado falar sobre o julgamento. Procurado por telefone, não atendeu às ligações do DIÁRIO. Em conversa com aliados no começo da semana passada, indagado sobre o julgamento, o prefeito teria dito que estava “muito tranquilo”.

Priante diz que espera “justiça”, lamentando a demora no julgamento. “Trata-se de um mandato que está em jogo”. Se as teses do Ministério Público Eleitoral estão corretas, diz o deputado, então seria preciso “reparar o direito perdido” de quem concorreu submetendo-se às normas eleitorais. “O prêmio para quem cometeu crimes são anos de mandato?”, questionou Priante, afirmando que justiça que tarda não é justiça, “é injustiça”. (Diário do Pará)

Incêndio atinge tubulação da Imerys

A equipe de monitoramento ambiental da empresa Imerys PPC, situada na localidade Vila do Mucuripi, município de Barcarena, detectou um incêndio em uma das tubulações responsáveis pelo transporte de polpa de caulim, que passa por uma estrada privativa. Funcionários perceberam o fogo por volta das 22h da sexta-feira (25), e registraram um boletim de ocorrência informando que as chamas foram provocadas por vândalos.

De acordo com informações repassadas pelo setor de Comunicação e Projetos Sociais da Imerys, o incêndio foi contornado rapidamente pela equipe de técnicos e especialistas das áreas de processo, meio ambiente, segurança do trabalho e brigada de emergência. Por medida de segurança, o bombeamento da polpa de caulim precisou ser desligado. Para evitar vazamento ao meio hídrico, foi feito um isolamento de contenção.

O incêndio ocasionou torção e queimaduras no tubo de 12 polegadas, feito de  PEAD (Polietileno de Alta Densidade), conforme os padrões exigidos.

Os órgãos ambientais foram avisados. Contudo, os envolvidos no incêndio não foram identificados. O caso será apurado pela delegacia da Vila dos Cabanos, em Barcarena.

Sobre o Caulim - O caulim não é tóxico. Trata-se de uma argila naturalmente branca. Ele provoca mudança na coloração da área envolvida, sem, contudo, causar danos ambientais que não possam ser rapidamente revertidos. Na água, as principais mudanças provocadas pelo caulim estão na cor e sabor, sem incorrer em riscos mais sérios à saúde humana.  O caulim é utilizado na  indústria para dar brilho, lisura e uniformidade ao papel. O mineral também é utilizado na indústria de cerâmicas e porcelanas, indústrias de cosméticos, farmacêutica e em produtos de higiene pessoal.

(DOL)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Taxista é liquidado com quatro tiros

Um crime ainda sem explicações, no início da tarde desta quinta-feira (24), assustou os moradores da rua Pinto Costa, no Loteamento Pôr do Sol, bairro do Icuí, em Ananindeua. Kleber Souza Costa, 35 anos, foi executado com quatro disparos, no momento em que dirigia um veículo Fiat Pálio, cor branca, licenciado com placa de táxi. De acordo com testemunhas, a vítima se preparava para sair do Loteamento quando foi atacada por dois homens em uma moto que começaram a efetuar os disparos.
Segundo o sargento Marques, da 3ª ZPol, que esteve no local do crime, o motorista pode ter sido alvo de uma emboscada. “Tudo indica que essa situação foi armada. Ainda não sabemos se foi acerto de conta ou latrocínio, mas os homens que efetuaram os tiros cercaram o carro para que a vítima não tivesse como fugir”, relatou o sargento.
No local, moradores evitaram falar com a equipe do DIÁRIO. Uma mulher, que preferiu não ser identificada, confirmou a informação que o crime foi realizado por dois homens numa motocicleta. E que mesmo baleado, o motorista ainda tentou fugir. “Na fuga, o carro bateu na frente de uma casa e derrubou um portão de outra, onde existia uma venda de tapiocas aos domingos”, disse a mulher.
TRÁFICO
No local, populares denunciaram que na rua já ocorreram vários homicídios e que na área a venda de entorpecentes é muito grande. “Há menos de três semanas teve um homem assassinado nesta mesma rua e agora mais um. A gente se sente muito insegura aqui. Ninguém faz nada para mudar isso”, reclamava uma mulher, que preferiu o anonimato.
Policiais da Divisão de Homicídios estiveram no Loteamento para fazer averiguação, mas preferiram não adiantar qualquer informação à imprensa. De acordo com fontes da Seccional Urbana da Cidade Nova, onde o caso foi registrado, a vítima trabalhava como taxista num ponto da Praça Brasil, na avenida Senador Lemos, no bairro do Umarizal, em Belém.
Segundo o chefe de operações Rui Santos, da Seccional da Cidade Nova, a polícia vai trabalhar em cima da suspeita de latrocínio, mas a hipótese de acerto de contas não será descartada.
“Ainda é cedo para afirmar qualquer coisa. Tivemos apenas a informação que os dois homens estavam seguindo a vítima desde a entrada do Icuí, mas isso não garante nada. Precisamos agora saber é quem foi o passageiro que foi levado pelo taxista e qual o lugar específico do Loteamento que esse passageiro ficou. Só assim, vamos dar mais embasamento às investigações”. (Diário do Pará)

Polícia continua investigando chacina de Icoaraci

Nenhum fato novo, segundo informações da assessoria da Polícia Civil a respeito da investigação da chacina dos seis adolescentes no distrito de Icoaraci. A assessoria informou que ninguém foi ouvido na tarde desta quinta-feira (24), mas as investigações prosseguem, pois a polícia tem pressa em prender os assassinos.
De acordo com a assessoria mais de 15 pessoas já foram ouvidas, mas uma equipe continua nas ruas em busca de mais pessoas que tenham presenciado o fato. Por isso, os policiais estão nas ruas executando essas diligências.
O CRIME
Na noite do último sábado, o distrito de Icoaraci foi o centro de violência contra seis adolescentes. Todos foram executados de forma fria e cruel por dois homens que chegaram em uma moto e se apresentaram como policiais. Eles abordaram os rapazes se apropriando de uma postura de revista de rotina. (Diário do Pará)

Pará ocupa 3º lugar no ranking de mortes de jovens

O futuro do Pará está sendo apagado do mapa. São jovens e adolescentes impedidos de continuar existindo. Eles estão sendo eliminados. De acordo com dados do Sistema Nacional de Mortalidade do Ministério da Saúde, entre 1999 e 2009, a taxa de homicídios no território paraense cresceu 44,7% entre pessoas com 10 e 14 anos. O Estado é o terceiro com maior índice de crescimento nesse campo, só perde para Bahia e Maranhão.
Para se ter uma ideia do avanço desenfreado da violência, em 1998 o Pará ocupava a 16º posição no ranking nacional de homicídios de adolescentes. Dez anos depois, ele subiu para a 8ª posição. O mesmo se repete em Belém. Ambos numa escala de 100 mil habitantes. Em um outro panorama, só em 2008 morreram 1.086 jovens e adolescentes entre 15 e 24 anos, o que equivale a quase três mortes por dia. Apenas na capital foram 287 vidas interrompidas nesse período. Números extraídos do Mapa da Violência, um documento produzido pelo Instituto Sangari e Ministérios da Justiça, e publicado a cada três anos.
Essas questões foram apresentadas ontem pelo Centro de Defesa da Criança e Adolescente (Cedeca), do Movimento República de Emaús. Números apontados durante uma coletiva de imprensa do Cedeca ao lado da Sociedade Paraense em Defesa de Direitos Humanos. As entidades se manifestaram publicamente sobre o episódio da chacina em Icoaraci no último final de semana. O tom era de repúdio, lamento e protesto.
“Infelizmente não é a primeira vez que o movimento vem a público se manifestar sobre a violência contra os jovens no Estado. O movimento pensa que haja não só uma indignação da sociedade, mas que haja uma reflexão. O Pará está sempre marcado, sempre à frente nessa violência. Até quando nós vamos precisar existir? E fazendo sempre esse tipo de manifestação pública?”, questiona Graça Trapasso, coordenadora – executiva do Movimento República de Emaús.
O caso da chacina de Icoaraci, onde seis adolescentes foram executados a tiros, só dá vida aos números e estatísticas de levantamentos feitos por entidades e instituições do Brasil. Eles mostram o crescimento alarmante da violência entre a juventude.
ESTATÍSTICA
Segundo o Mapa da Violência, dos 73% de jovens que morreram no país, as causas foram externas. Destes, 62% por mortes violentas. Entre a parcela adulta da população, os números não ultrapassam 10% em causas externas. No cenário paraense, os números não sofrem grandes modificações. Dos 70% mortos por causas externas, 62% dos jovens morreram de forma violenta.
A pesquisa mostra ainda que a violência tem cor e classe social. São os jovens negros e pobres do Brasil os que mais morrem e estão mais propensos à morte. “Essa violência é distribuída desigualmente. Tem um alvo certo. Nossa juventude negra e pobre está exterminada”, reflete Sérgio Martins, advogado da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH).
Outro estudo a sugerir a violência cada vez maior sobre a juventude é o do Índice de Homicídios na Adolescência, o IHA. O índice é resultado Programa de Redução da Violência Letal, do Observatório das Favelas, Laboratório de Análise da Violência, Secretaria Nacional de Direitos Humanos e UNICEF. Ele aponta que a probabilidade dos assassinatos com um adolescente do sexo masculino é 12 vezes maior do que no caso do sexo feminino.
O risco aumenta quase três vezes quando eles são negros. Esse estudo analisou 267 municípios brasileiros e revela uma possibilidade assustadora: o número de adolescentes e jovens assassinados entre 2006 e 2012 no Brasil deverá ultrapassar 33 mil. O levantamento ainda prevê o futuro dos jovens com 12 anos em 2006, os quais provavelmente sequer chegarão aos 19 anos, porque deverão ser assassinados.
Dos seis garotos mortos em Icoaraci, nem todos tinham 12 anos em 2006. Ainda assim, nem um deles completará os 19. São vítimas de todo um contexto de brutalidade e ausência de políticas públicas. E não os culpados, como os representantes do Cedeca, SDDH e Comissão de Justiça e Paz da CNBB fazem questão de lembrar.
“Eles foram tratados como se estivessem envolvidos em atos infracionais, como se isso justificasse o fato. Eles não têm registro, passagem pela DATA [Divisão de Atendimento ao Adolescente]. Independentemente de eles estarem envolvidos ou não, o direito à vida é para todos. Nosso sentimento é de indignação de como foram tratados esses adolescentes. Isso jamais pode ser colocado como elemento justificador do que aconteceu com esses jovens”, disse Bruno Guimarães, advogado do Cedeca. (Diário do Pará)

Filha e mulher de prefeito são sequestradas

Após aproximadamente 16 horas na mira de sequestradores, a filha e a esposa do prefeito de Nova Esperança do Piriá foram liberadas das mãos dos bandidos, na tarde desta quarta-feira (23), por volta de 16h, no município de São Miguel do Guamá. Os bandidos estão foragidos e ainda não foram identificados.
O investigador Fábio Costa, da Delegacia de Nova Esperança do Piriá, na noite de ontem, por telefone, confirmou o episódio, mas disse que não sabia do caso com detalhes, pois todos os procedimentos estão sendo investigados pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Drco).
Fábio Costa disse que a filha e a esposa do prefeito foram sequestradas, na noite de anteontem, quando se encontravam no Distrito Novo Horizonte, um vilarejo da cidade. Elas foram abordadas quando se encontravam na caminhonete do prefeito. Ainda na manhã de ontem, os sequestradores entraram em contato com a família, mas o investigador não soube dizer como ocorreu a negociação.
“Eu não sei o valor que eles (os bandidos) pediram, também não sei se algo foi pago”, declarou o investigador. Ele só informou que, ontem à tarde, mãe e filha foram liberadas no município de São Miguel do Guamá. (Diário do Pará)

Microônibus capota na Alça Viária e deixa feridos

Um microônibus que seguia pela Alça Viária, na Grande Belém, capotou diversas vezes na noite desta quinta (24), deixando os passageiros feridos.
O veículo - fretado para uso particular - vinha da cidade de Abaetetuba em direção ao município de Maracanã quando deslizou e seguidas vezes rolou até sair da pista. Com o acidente, seis passageiros ficaram bastante feridos e receberam atendimento médico do Samu. O motorista, identificado como 'Adervan', estava inconsciente. Seu estado é considerado grave e ele foi logo encaminhado ao Hospital Metropolitano, em Ananindeua. Os demais ocupantes sofreram leves escoriações.
De acordo com os passageiros, uma falha mecânica teria levado o motorista a perder o controle do microônibus, provocando o acidente. (DOL)
Outro assunto que me preocupa os onibus em belém nao teem quase manutençao nenhuma tem que haver uma fiscalizaçao.

Sem médico, idoso morre em táxi à porta do HPSM

Mais uma vez, o descaso com a saúde municipal fez uma vítima em Belém. O ferreiro Sebastião Francisco do Nascimento, de 60 anos, morreu em frente ao Hospital Pronto-Socorro Municipal Mário Pinotti (HPSM da 14 de Março), após ter atendimento negado.
Ele chegou por volta das 7h15 ao hospital e não conseguiu resistir às fortes dores que vinha sentindo no peito, por causa do infarto que estava tendo. Segundo informações do filho da vítima, Márcio dos Anjos Nascimento, seu pai estava a caminho do trabalho quando começou a passar mal dentro de um ônibus. “Ele se sentiu mal e o motorista do ônibus parou e pediu ajuda para um taxista, que o levou direto para o Pronto-Socorro”, contou.
Em frente ao HPSM, o taxista tentou pedir ajuda e foi informado que não havia médicos para prestar atendimento à vítima e que ele deveria ser encaminhado para outro lugar. O incidente aconteceu justamente no dia em que os médicos vinculados à Cooperativa dos Profissionais de Saúde da Amazônia (Amazomcoop), que representa 70% dos profissionais que atuam no atendimento de urgência e emergência em Belém, voltaram ao trabalho por determinação da Justiça. Eles tinham paralisado o trabalho por falta de pagamento desde a segunda-feira (21).
De acordo com o presidente da Amazomcoop, Luiz Fausto Silva, assim que a assessoria jurídica da cooperativa recebeu a ordem judicial de retorno - e depois do depósito de R$ 5,9 milhões pela prefeitura de Belém, referentes a pagamentos atrasados -os médicos foram acionados e a médica plantonista já estava no PSM. “Os atendimentos só serão normalizados no final da tarde, mas a plantonista já estava lá dentro no horário em que ele chegou”, argumentou Silva, ontem.
Quanto à falta de atendimento da médica, o presidente da Amazomcoop afirmou que a informação que lhe foi passada é de que a médica não foi avisada sobre a vítima que esperava por atendimento.
O diretor-geral da Secretaria de Saúde Municipal (Sesma), Roberval Feio, disse que o HPSM da 14 está funcionando com seu quadro de funcionários normal e que os fatos serão apurados para esclarecer o que aconteceu. “Todos os setores já estão completos. Quanto à ordem que foi dada pelos funcionários, vamos verificar de onde partiu e tomar as medidas cabíveis”, explicou.
Quanto à volta dos médicos após o pagamento, Roberval afirmou que o dinheiro só pode ser liberado depois que foi realizado um estudo no orçamento da Sesma. Sobre a renovação do contrato com a Amazomcoop, o diretor disse que está em fase de licitação. >> Leia mais no Diário do Pará
 As pessoas pagam os seus impostos e morrem de graça a porta dos hospitais quando e que isso ira mudar o povo paraense tem que exigir os seus direitos,saude nao e um favor e um direito que todo o cidadao tem que ter.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Criado grupo para investigar chacina

A Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) anunciou a criação de um grupo que irá tratar de crimes que tenha a identificação ignorada como é o caso da chacina dos adolescentes de Icoaraci, ocorrida no último sábado (19). O grupo deve auxiliar nas investigações que já estão em andamento com a Divisão de Homicídios.
A decisão foi divulgada em uma reunião que aconteceu a portas fechadas na sede da Segup em Belém, na manhã de ontem. Nela estavam presentes os familiares dos seis adolescentes, o secretário Luiz Fernandes, a diretora da Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data), delegada Cristiane Lobato, a diretora de Relação com a Sociedade (DRS), da Segup, delegada Silvia Pedroso, e uma equipe de técnicas e assistentes sociais da Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social (Sedes).
Conforme o secretário, esse grupo especial deve assumir casos que tenham um tratamento diferenciado para a investigação. “O foco que será dado é diferente, pois será dada prioridade aos casos de homicídios com identificação ignorada”, explicou Luiz Fernandes.
O grupo vai contar com a ajuda de policiais civis e militares da área de inteligência e técnicos do Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves”. Representantes do Ministério Público Estadual e Policiais Federais também serão convidados para ajudar nas investigações.
RISCO
Além da divulgação da criação do grupo, o secretário aproveitou para expor aos familiares dos adolescentes quais seriam os novos procedimentos que serão tomados e disponibilizou segurança para os que se sentirem inseguros.
“No decorrer das investigações, se identificarmos que alguém corre risco de morte, vamos ajudar. Se for preciso tiramos até do Estado”, enfatizou Fernandes.
Os familiares que não quiseram se pronunciar diretamente para imprensa, relataram durante a reunião que se sentem bastante inseguros, mas que não estão sendo ameaçados. Por isso, a Segup não divulgou um prazo para finalizar o caso, mas com as pistas em mãos, promete respostas rápidas para a investigação.
Durante o inicio das investigações foi verificado que nenhum dos adolescentes tinha passagem pela polícia, conforme a delegada titular da Data, Cristiane Lobato.Ela que também auxilia nas investigações, comentou que o inquérito corre em segredo de justiça e que as informações de apoio ainda não podem ser reveladas.
“Estamos ajudando na apuração dos fatos e nada pode ser divulgado. Mas o que podemos dizer é que nenhum deles tinha passagem algum pela Data”, explicou.
Esse já é o terceiro caso de chacina no Pará, com repercussão nacional, em apenas cinco meses.
DEPOIMENTOS
Após o fim da reunião na sede da Segup, dez pessoas, entre familiares, vizinhos e policiais militares que estavam no local do crime, se encaminharam até a Divisão de Homicídios no bairro de São Braz para prestar depoimento sobre o dia do ocorrido.
Os primeiros a chegar na Divisão para serem ouvidos, foram os PMs, o cabo Cesar Ubiratan e o sargento Osvaldo Melo. Durante o depoimento, eles relataram fatos sobre o local do crime, as vítimas e o entorno. “Chegamos 20 minutos depois do ocorrido. Ainda prestamos socorro para alguns, mas não tinha mais jeito”, contou o cabo Ubiratan.
De acordo com o delegado responsável pela investigação da chacina, Lenoir Cunha, não é possível adiantar nada sobre o inquérito, pois as testemunhas começaram a ser ouvidas ontem. “Ainda vamos filtrar as informações e assim que chegarmos a uma linha de investigações vamos adiantar algo”, argumentou o delegado. (Diário do Pará)

Ex-comissário condenado por estupros é preso

O ex-comissário de bordo Januário dos Santos Palheta Neto, 53 anos, condenado a mais de 15 anos de prisão pela Justiça paraense por estupro de duas crianças de 10 e 11 anos, em Belém, teve cumprido mandado de prisão, por policiais civis do Pará e do Rio de Janeiro, na região da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. A prisão de Januário Neto foi feita por policiais do Núcleo de Inteligência Policial (NIP) designados para cumprir ordem de prisão decretada em decorrência de sentença condenatória.
Ele chegou a Belém na madrugada desta quarta-feira (23), sob escolta de policiais civis e ficará recolhido à disposição da Justiça paraense. Os crimes praticados por ele aconteceram em 2009, quando trabalhava em uma companhia aérea. Conforme as investigações, o ex-comissário de bordo identificava-se como professor de inglês e de matemática para se aproximar das vítimas.
Indiciado em 2009 pelos crimes, ele teve a prisão solicitada pela autoridade policial e decretada pela Justiça do Pará. Januário foi localizado e preso por policiais civis da Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data), em Niterói (RJ), ano passado. Ainda no mesmo ano, ele foi colocado em liberdade provisória por habeas corpus. Januário foi sentenciado a mais de 15 anos de prisão, mas fugiu para o Estado do Rio. Ele era investigado há dois meses.
Ele foi preso em uma igreja católica do bairro da Ilha do Governador, onde era instrumentista em um conjunto musical e coordenador do coral religioso da paróquia. A prisão dele foi feita em conjunto com policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do Estado do Rio de Janeiro. (Diário do Pará)

Justiça ordena que médicos voltem a atender

O juiz federal Alexandre Buck Medrado Sampaio, da 1ª Vara da Justiça Federal, atendeu ao pedido do Ministério Público Federal e ordenou aos médicos cooperados da Amazomcoop (Cooperativa dos Profissionais de Saúde da Amazônia) que voltem imediatamente a atender nos serviços de urgência e emergência da capital paraense.

O juiz obrigou a cooperativa a continuar o serviço por 30 dias, prazo que o Estado e o Município de Belém têm para regularizar os pagamentos. Tanto aos entes públicos quanto à Amazomcoop foi imposta multa de R$ 50 mil diários em caso de descumprimento.

“Se é certo que ninguém pode trabalhar de graça, também é certo que em face do inadimplemento parcial, não podem subitamente 70% dos médicos da rede pública de saúde, simplesmente, pararem de atender a população carente do Município, principalmente nos chamados Hospitais de Pronto-Socorro”, diz o juiz na decisão.

“A situação da saúde pública, se antes da paralisação se mostrava preocupante, sem os profissionais médicos da Amazoncoop tornar-se-á, ou já está, crítica com real perigo de morte por falta de adequado atendimento médico à população carente”, acrescenta. (Ascom MPF/PA)

Corpos não são liberados por falta de médicos

Com a não renovação do contrato de trabalho dos médicos da Cooperativa dos Profissionais de Saúde da Amazônia (Amazoncoop), que trabalhavam para a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), o atendimento nos Prontos Socorros Municipais, unidades de saúde e no Hospital Geral de Mosqueiro está prejudicado.
Apesar do pouco movimento do PSM da 14 de Março, na manhã desta quarta-feira (23), os corpos das pessoas que faleceram não estavam sendo liberados por falta de médico e os familiares aguardavam ansiosos. Apenas um plantonista estava atendendo os pacientes.
O Ministério Público Federal ajuizou ontem (22) uma ação cautelar para obrigar os médicos da Amazoncoop a voltar imediatamente ao trabalho, regularizando o atendimento de urgência e emergência na capital paraense.
"Tratando-se de urgência e emergência não há possibilidade de espera, de prazo para se aguardar acordos e ordens de pagamentos”, disse o MPF. O Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Alan Rogério Mansur Silva, pediu à Justiça que a ordem seja dada sem ouvir nenhuma das partes, o mais rápido possível, “para se evitar risco de mortes e de agravamento na situação de saúde da população usuária do SUS”.
Neste momento, o presidente da Amazoncoop, Luiz Fausto, está em reunião no MPF.
(DOL, com informações da Ascom MPF)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Adeus aos mortos. Incerteza aos que ficam

A indignação pela forma brutal de como a chacina aconteceu era visível em cada palavra de sofrimento que familiares e amigos pronunciavam durante o enterro de quatro dos seis jovens que foram assassinados no último sábado, no Distrito de Icoaraci.
A despedida que aconteceu ontem de manhã, no cemitério municipal de Icoaraci, iniciou por volta das 9h30 com o primeiro enterro. Carlos Viana, tio de um dos adolescentes de 16 anos, contou que há 4 meses o jovem, que antes morava no bairro do Tenoné, estava morando com a avó.
Lá, o garoto estudava e trabalhava, mas mantinha algumas amizades, que de acordo com o tio, não eram benquistas pela família. “Ele andava com um grupo que exercia algumas atividades erradas, mas vínhamos monitorando todos os passos dele. Acredito que esse possa ter sido o motivo para a morte”, comentou Carlos.
Logo em seguida, às 10h, chegou o cortejo com os corpos dos irmãos de 15 e 16 anos, juntamente com o primo de 17 anos. A multidão que acompanhava o traslado pedia por justiça para a morte dos garotos. “Onde nós moramos nunca havia acontecido nada do tipo. Por isso esperamos que a justiça seja feita. Que os culpados sejam encontrados”, argumentou uma das vizinhas, Cristiane Gomes. Ela e seu marido foram um dos primeiros a chegar no local do crime.
Muito serena, Erinelda Rodrigues, mãe dos irmãos que foram assassinados, contou que no momento do crime, ela estava em sua casa e que os filhos haviam acabado de sair para ir até a casa da avó. “Eu escutei alguns tiros. Como a casa da minha mãe fica próxima da minha, liguei para ela à procura de notícias. Foi aí que me avisaram”. Os meninos ainda tinham mais uma irmã.
O avô dos garotos, Antonino Fernandez, contou com detalhes o que viu ao chegar no local. “De longe já era possível ver o sangue. Eles deram vários tiros. Talvez mais para o fim as balas tenham acabado e para finalizar um deles que ainda estava vivo, eles deram facadas. Tentei socorrer meus netos, mas já era tarde demais”, explicou emocionado. Bastante indignado, Antonino ainda afirmou que nunca vai esquecer da cena e pede por mais segurança.
As pessoas que aguardavam pelo final do enterro afirmavam que os dois suspeitos de terem cometido o crime estavam em uma moto vermelha e o passageiro estava sem capacete. “Não consegui reconhecer, mas sei que eles não eram da redondeza”, comentou uma testemunha que preferiu não ser identificada.
SANTA ISABEL E VIGIA
Os dois últimos enterros dos adolescentes vítimas da chacina no Distrito de Icoaraci ocorreram na tarde de ontem em locais diferentes. O adolescente de 17 anos foi enterrado às 15h no Cemitério Santa Isabel, em Icoaraci. E o adolescente de 14 anos foi enterrado no município de Vigia, onde a família mora.
O cemitério de Santa Isabel estava lotado de jovens com faixas expressando dor, saudade e pedido de justiça. Após o enterro o caminho dos familiares e amigos do adolescente foi até ao local do crime, na rua Padre Júlio Maria, em frente do prédio do Ipamb, onde eles estenderam os cartazes com fotos e mensagem pedindo paz, amor e justiça.
Durante as últimas homenagens, Maria da Consolação Ferreira, tia do adolescente de 17 anos, disse que o sobrinho foi o primeiro a ser baleado. “Foi uma atitude cruel, eles mandaram os meninos ficarem ajoelhados e uma pessoa que viu tudo disse que o meu sobrinho foi o primeiro a ser morto”.
Alvo da chacina havia se ausentado há minutos
De acordo com informações colhidas pelos familiares das vítimas, várias pessoas presenciaram o crime, pois a rua estava movimentada e os criminosos não ficaram inibidos na presença das pessoas. Segundo uma moradora, que não quis se identificar, tinham pessoas andando, conversando em suas portas e carros trafegando.
“Essa rua é supermovimentada e eles não tiveram a mínima preocupação com quem estava passando por aqui, pois chegaram e foram atirando, quando eu escutei os tiros corri para minha casa. Eu não ia ficar na rua”, disse a moradora.
O ALVO
A conversa que circula no Distrito de Icoaraci é que os assassinos fizeram a abordagem nos adolescente perguntando por outro adolescente com o apelido de “Baba”.
Eles teriam perguntado pelo “Baba” e os garotos teriam respondido que ele não estava ali. Com isso, os criminosos se apresentaram como policiais e pediram que se ajoelhassem e virassem de frente para a parede, foi quando os disparos tiveram início.
O adolescente procurado pelos criminosos, minutos antes, estava na companhia das vítimas da chacina, mas deixou o local e conseguiu se livrar da morte.
INVESTIGAÇÃO
Na tarde de ontem, o DIÁRIO entrevistou o delegado responsável pelo inquérito policial, Lenoir Cunha e o diretor da Divisão de Homicídio, Gilvandro Furtado. Os dois informaram que até o momento não têm uma linha de investigação consistente e a polícia ainda está em fase de coleta de informações.
Até ontem, o delegado Lenoir tinha ouvido quatro depoimentos. À tarde, esteve em contato com uma das testemunhas. “Até o momento (ontem à tarde) ainda não chegamos à identificação dos criminosos. Todos os depoimentos que ouvi ainda são superficiais, ainda não teve ninguém que falou sobre a identidade ou pelo menos o apelido dos criminosos”, disse Lenoir Cunha.
A equipe da Divisão de Homicídio já está nas ruas para entregar 15 intimações. “Nós estamos listando as pessoas para serem ouvidas. Essa semana vamos ouvir pelo menos 15 pessoas”, completou o delegado.
HIPÓTESES
Com relação ao suposto envolvimento de policiais militares no crime, o diretor da Divisão de Homicídio, Gilvandro Furtado, disse que tudo é possível. “É natural que surjam várias hipóteses e nós acatamos da menos até a mais provável e investigamos todas. Nesse momento ainda não há uma linha de investigação definida”.
A polícia aguarda depoimentos de mais vítimas e não descarta a elaboração de retrato falado dos criminosos. Gilvandro Cunha falou à imprensa que há suspeita que quatro pessoas participaram da chacina e não duas como foi divulgado. Ele afirmou que a conclusão foi feita com base nas investigações e análises da cena do crime. (Diário do Pará)

Ajudante de pedreiro é assassinado com 5 tiros

O ajudante de pedreiro Rosinei da Silva Melo, 39, foi assassinado com cinco tiros, na madrugada deste domingo (20), na rua Presidente Vargas, no centro de Santa Bárbara, município da Região Metropolitana de Belém.
Ele ainda chegou a ser socorrido com vida e foi levado para a Unidade Especial de Saúde de Santa Bárbara, mas morreu. O corpo ficou no necrotério da unidade da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) até ser removido pelo IML, já no meio da manhã.
Segundo uma prima, que não quis se identificar, Rosinei saiu de casa de bicicleta quando foi abordado na rua por um desconhecido que estava acompanhado por duas mulheres.
Depois de efetuar os disparos, o assassino ainda teria tentado levar a bicicleta da vítima, mas um vizinho o assustou e ele saiu correndo com o revólver na mão.
O investigador Emerson, da equipe da delegada Silvia informou que algumas pessoas que estavam com a vítima antes do crime foram ouvidas pela polícia, mas ainda não havia um suspeito do crime. Ele disse que não poderia confirmar a hipótese de latrocínio porque nada chegou a ser levado da vítima.
O ajudante de pedreiro deixou dois filhos. Ele era viciado em drogas, segundo familiares, mas não estava sendo ameaçado e nem tinha passagem pela polícia. “Ele era um rapaz trabalhador”. Ele vivia de bicos”, segundo a prima. (Diário do Pará)

Famílias velam os seis adolescentes assassinados

Os corpos dos seis adolescentes assassinados na noite de ontem (19) foram velados por familiares na tarde deste domingo (20). Eles tinham idades entre 14 e 17 anos e foram executados sem chance de defesa.
O crime deixou os moradores do distrito de Icoaraci assustados e a família dos jovens revoltada. Eles acreditam que os garotos tenham sido assassinados no lugar de outras pessoas. Outras testemunhas alegaram que algumas das vítimas usavam drogas e estavam em débito com traficantes.
Três adolescentes pertenciam à mesma família. Os pais dos garotos disseram à equipe de reportagem da RBA TV que eles eram bons meninos e estudiosos.
A Divisão de Homicídios, responsável pelas investigações do crime, informou que existem três equipes de policiais realizando buscas aos criminosos, mas que até o início da noite de hoje (20) nenhum suspeito foi localizado. As buscam ainda devem seguir por toda a noite.
CHACINA
Segundo testemunhas, dois homens abordaram as vítimas, mandando que elas se ajoelhassem e efetuando vários disparos em seguida. A maioria dos tiros acertou a cabeça das seis pessoas. Cada criminoso estava armado com dois revólveres. Uma das vítimas chegou a ser socorrida e levada ao hospital, mas não resistiu e morreu no caminho.
(DOL, com informações da repórter Flávia Araújo)

Icoaraci: chacina é a 3ª com repercussão nacional

O assassinato de seis adolescentes, no distrito de Icoaraci, Região Metropolitana de Belém, na noite do último sábado (19), entrou para o rol das chacinas ocorridas no Pará e que chocaram a opinião pública nacional nos últimos cinco meses.
Ao todo, 18 pessoas, entre elas vários adolescentes, foram mortas a tiros. Os jovens de
Icoaraci foram sepultados ontem (leia mais no Polícia 06, 07 e 08), em meio a muita comoção. A polícia, por sua vez, não divulgou detalhes das investigações para, segundo o delegado Gilvandro Furtado, não atrapalhar os trabalhos.
“Entretanto, pedimos o apoio da população, que denuncie o que souber que preservaremos a identidade de quem conosco colaborar. Para a polícia um crime como esse é uma afronta e pode a sociedade ter certeza que não ficará impune. Estamos trabalhando para solucioná-lo o quanto antes”, disse o delegado Gilvandro Furtado, diretor da Divisão de Homicídios da Polícia Civil.
ABAETETUBA
Na primeira das chacinas de grande repercussão, entre a tarde de sexta-feira e a madrugada de sábado (3 e 4/06/2011), a população do município de Abaetetuba entrou em pânico com uma sequência de assassinatos que, na contagem geral da polícia, chegou a cinco mortes.
O “banho de sangue” começou com o a morte do cabo PM Idasildo Corrêa dos Prazeres, em um posto de gasolina em Abaetetuba. Ele levou três tiros na cabeça e morreu na hora. Um homem, identificado como Adonai Farias de Souza, o “Ado”, seria, segundo o delegado Jorge, da Delegacia de Abaetetuba, o autor do crime.
Poucos minutos depois, Danilo Ferreira, de 53 anos, e sua esposa, Maria da Conceição dos Santos Corrêa, foram encontrados mortos em casa, na comunidade Jarumá, na estrada que leva à Vila da Beja, em Abaetetuba.
Maria seria mãe de “Boni”, que por sua vez seria comparsa de “Ado”, ainda segundo o delegado. Os autores do duplo homicídio, a tiros, seriam policiais militares à paisana, de acordo com parentes e vizinhos do casal.
Já na madrugada de sábado, dois outros homicídios deixaram os moradores do município ainda mais atordoados: um rapaz levou tiros dentro de um clube e morreu na hora. Na ocasião, um militar acabou ferido. Passados mais alguns minutos, “Nicola”, irmão de um traficante conhecido como “Tuxina”, foi morto a tiros em frente da casa onde morava, na Ruazinha. 
3 meses após matança em Abaeté vem a se Santa Isabel
Menos de três meses depois da chacina em Abaetetuba, outras sete pessoas, todas da mesma família, foram mortas, dessa vez no município de Santa Isabel. Na madrugada de sábado (27/08/2011), cinco homens armados invadiram uma casa no bairro Novo Horizonte e lá deixaram um rastro de pavor e sangue. As vítimas, dentre elas três adolescentes, foram mortas com tiros de escopeta calibre 12.
Os assassinos pouparam um casal de idosos e três crianças, que foram colocados em outro cômodo, enquanto as vítimas eram assassinadas. Dois policiais militares, suspeitos de terem efetuado os disparos, estão presos. Outros cinco PMs apontados como participantes da chacina, ainda podem ter a prisão preventiva solicitada.
REPERCUSSÃO
Na imprensa nacional, logo no domingo à noite, cerca de 24 horas após a matança em Icoaraci, o programa televisivo Fantástico deu uma chamada e mostrou imagens de um cinegrafista amador feitas logo após o crime.
Por todo o dia de ontem, a mídia impressa e digital também repercutiu o fato. Nos sites da Folha de S. Paulo, Estadão, O Dia, e O Globo, dentre muitos outros veículos de comunicação nacionais, as matérias deram as primeiras informações sobre o caso, usando repetidamente o termo “chacina” para classificar o crime, destacando nas matérias que os adolescentes foram assassinados de joelhos, com o rosto virado para a parede e atingidos com tiros na cabeça.
MANCHETES
* “Chacina no Pará mata seis adolescentes” (O Dia On-line);
* “Seis adolescentes são mortos em chacina no Pará” (O Globo On-line);
* “Chacina deixa seis adolescentes mortos no Pará” (Folha de S. Paulo On-line);
* “Seis jovens são mortos em chacina no Pará” (Estadão On-line).
(Diário do Pará)

Médicos não voltarão se dívida não for quitada

Os médicos associados à Cooperativa dos Profissionais de Saúde da Amazônia (Amazoncoop) paralisaram hoje (22) o atendimento nas unidades administradas pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).
“Eles não tem obrigação de voltar. Trabalham por meio de contrato com a Prefeitura de Belém e o prazo encerrou hoje. Como os salários estão atrasados, não vão renovar”, disse ao DOL a assessora da Amozoncoop, Isis Margalho.
Os 350 profissionais estão com os salários atrasados há quatro meses. O contrato era renovado de seis em seis meses e a dívida soma R$ 5,9 milhões, que inclui de junho a outubro.
“Se os médicos receberem pelo menos até setembro, o contrato será renovado e tudo voltará ao normal”, comentou a assessora. 
Com o não-pagamento, o Samu, os prontos-socorros do Guamá, 14 de Março, Bengui, as unidades municipais de saúde do Jurunas, Cotijuba, Carananduba, Icoaraci e Hospital Geral do Mosqueiro vão ficar sem 70% dos médicos de urgência e emergência.
“A Região Metropolitana de Belém ficará apenas com 30% dos médicos, que são da Sesma, na urgência e emergência”, explicou Isis Margalho.
O presidente da Amazoncoop, Luiz Fausto Silva, informou que a Secretaria de Saúde já fez o rapasse da verba para o Banco do Brasil, um valor equivalente a R$ 2.439.990,00, referente aos meses de junho, julho e agosto. 
“Porém, o retorno dos médicos só será feito se a dívida for paga até setembro. A Amazoncoop se responsabiliza em pagar o mês de outubro, para que seja aberto um novo contrato”, disse o presidente.
Luiz Fausto acredita na boa vontade dos médicos. “Tenho certeza que eles aceitarão renovar o contrato para trabalhar para a Sesma. Basta que o pagamento seja feito em dia”, comentou.

Secretária não aparece em audiência

Passado poucos minutos das 15h, hora marcada para a reunião de ontem na Câmara Municipal de Belém (CMB), chega o recado por meio de nota oficial enviado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma): a secretária Sylvia Santos não compareceria a plenário para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de irregularidades na área da saúde. “Isso é um descaso com a população de Belém. Ela foi informada desde o dia 9 (de novembro) sobre a reunião”, afirmou o vereador Marquinho (PT), presidente da Comissão de Saúde da CMB.
De acordo com o vereador, a convocatória seria para explicar a destinação do orçamento da secretaria, que no último levantamento trimestral - referentes aos meses entre abril e junho - foi equivalente a R$ 22 milhões. “Desde 2008, o fechamento de contas da Sesma vem dando positivo, em valores que oscilam entre R$ 16 milhões chegando até R$ 46 milhões por trimestre. E o que se observa é o caos no sistema de saúde com comida estragada sendo servida aos pacientes no PSM (Pronto-Socorro Municipal) da 14 de Março, a morte de uma grávida por falta de atendimento no Guamá, a suspensão de pagamento do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência). Qual o destino desse dinheiro?”, questiona.
Priscila Lopes, presidente da Associação dos Usuários do Sistema Único de Saúde (Ausus), compareceu na CMB para entregar um relatório de vítimas de negligência dos hospitais públicos. Como é o caso de sua avó, Maria da Conceição dos Santos Lopes, morta no último dia 8 de novembro, em decorrência de complicações causada pela diabetes. “Ela foi diagnosticada como paciente renal crônica em outubro enquanto estava internada no Hospital da Ordem Terceira. Por 10 dias ficamos em busca de leitos para hemodiálise, tiraram o nome dela do cadastro por duas vezes seguidas, sem explicação nenhuma”, conta. (Diário do Pará)

Saúde no Pará recebeu R$ 90,3 milhões este mês

Somente na primeira quinzena de novembro, o Ministério da Saúde repassou R$ 90,3 milhões para ações de saúde em 143 municípios paraenses. Do total transferido pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) para os fundos estaduais e municipais de saúde, mais de R$ 57 milhões (63,2%) foram destinados para o bloco da Média e Alta Complexidade Hospitalar (MAC), que incluem o custeio de procedimentos como transplantes e quimioterapia. Além disso, os recursos deste bloco financiam hospitais de pequeno porte, centros de especialidades odontológicas, laboratórios de prótese dentária e do programa Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), entre outras ações.
O segundo bloco com maior volume de recursos transferido foi o da Vigilância em Saúde, com mais de R$ 19,3 milhões nos primeiros quinze dias do novembro. Este bloco financia ações de prevenção a doenças, no âmbito da vigilância epidemiológica e ambiental em saúde. Para o bloco de Atenção Básica, foram repassados R$ 13,2 milhões. O recurso financia ações básicas de saúde e de programas como Saúde da Família, Agentes Comunitários de Saúde, Saúde Bucal, entre outros.
MEDICAMENTOS
O montante transferido para o financiamento e manutenção da Assistência Farmacêutica totalizou R$ 500 mil, destinados a três componentes: Assistência Farmacêutica Básica, Assistência Farmacêutica Estratégica e o componente Especializado da Assistência Farmacêutica.
Para a Assistência Farmacêutica Básica, são repassados recursos para a aquisição de medicamentos e insumos. Já o recurso da Assistência Farmacêutica Estratégia custeia ações como controle de endemias, antirretrovirais do Programa DST e Aids, sangue e Hemoderivados e imunobiológicos, entre outras. O componente Especializado se refere aos casos mais complexos e de alto custo - medicamentos para tratamento de Alzheimer, osteoporose, cardíacos crônicos, entre outros. Pelo bloco Investimento, houve repasse de R$ 124,3 mil, para três municípios. As cidades de Castanhal e Santa Izabel do Pará receberam, cada uma, R$ 20 mil, valor que corresponde à primeira parcela para a construção de unidades básicas de saúde (UBS) nesses municípios. A cidade de Tucumã recebeu R$ 84,3 mil para o componente de aquisição de equipamentos e material permanente. O objetivo é a estruturação da rede de serviços de atenção básica de saúde local.
NOVAS UNIDADES
Além da implantação da UBS e a aquisição de materiais, o recurso do bloco Investimento pode financiar ações como a construção de Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Salas de Estabilização (UPASE), entre outras. Capital – Do total transferido para municípios do Pará, R$ 37,9 milhões foram repassados para a gestão dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) em Belém. Deste total, R$ 28,9 milhões são para o bloco da Média e Alta Complexidade, sendo que R$ 18,6 milhões foram repassados ao Fundo Estadual de Saúde. O valor repassado para Belém (R$ 37,9 milhões) corresponde a 42% do total transferido para os 143 municípios do Pará. Ananindeua, município da Região metropolitana da capital, recebeu R$ 4,6 milhões, sendo R$ 2,7 milhões para ações do bloco MAC e R$ 1,07 milhão para Vigilância em Saúde. Para Santarém, o repasse foi de R$ 3,1 milhões, sendo R$ 2,1 milhões destinados ao MAC. A transferência consiste no repasse de valores, regular e automático, diretamente do Fundo Nacional de Saúde (FNS) para os estados e municípios. Acompanhe aqui o repasse Fundo a Fundo para o seu município. (Agência Saúde)

90% deste dinheiro e desviado ja que nos hospitais do pará falta de tudo ate algodao.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Caminhão pega fogo e explode na PA-391

Um caminhão que transportava frangos pegou fogo e explodiu no início da madrugada desta sexta-feira (18), na PA-391, que liga Benevides à Ilha de Mosqueiro.
Segundo Raimundo Barbosa, testemunha do incidente, o motorista percebeu o fogo e saiu do caminhão, que explodiu logo depois. Cerca de 600 frangos estavam sendo transportados pelo veículo.
Após a explosão, várias partes do caminhão foram arremessadas pela rodovia. Todos os animais que vinham na carga morreram.
"Os Bombeiros chegaram após 40 minutos do incêndio. Quando chegaram, não deu tempo de salvar mais nada", disse Raimundo.
(DOL)

Jornalista pagará indenização por ofender o Brasil

Com o voto favorável de dois dos três desembargadores da 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná, o jornalista norte-americano Joe Sharkey deve ser condenado a uma retratação pública de supostas ofensas que teria proferido contra o Brasil em um blog que mantém na internet.
Eles também votaram pelo pagamento de indenização de R$ 50 mil, com valores corrigidos a partir de 2008, quando foi postada a primeira publicação considerada ofensiva. Sharkey estava no jato Legacy que se chocou contra um Boeing da Gol em 2006, que levou à morte 154 pessoas.
A sentença ainda não foi homologada pelo TJ, em razão de o terceiro julgador, desembargador José Augusto Aniceto, ter pedido vistas ao processo. "Apesar da interrupção do julgamento, a decisão já está dada porque temos dois votos favoráveis", disse o advogado da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907, Dante D'Aquino.
Após a publicação, há possibilidade de recurso. O processo foi movido por Rosane Gutjahr, que perdeu o marido na tragédia. "Nós não tínhamos nem recuperado os corpos das pessoas e ele (Sharkey) já estava dizendo que no Brasil só tem tupiniquim, que o Brasil é o mais idiota dos idiotas, que aqui só tem samba, carnaval e prostitutas", afirmou.
Considerando-se ofendida, ela recorreu à Justiça pedindo uma reparação. Em primeiro grau, a Justiça negou-lhe o pedido, alegando que não era parte legítima. Nos dois votos já declarados no julgamento que começou hoje, o relator Sérgio Luiz Patitucci declarou que Gutjahr "não só tem legitimidade, mas também tem interesse processual". (Agência Estado)

Pará espera 150 mil novas vagas em 2012

Discutir a importância do desenvolvimento do trabalho decente, tanto pelo poder público quanto pelas empresas privadas é o tema da I Conferência Estadual de Emprego e Trabalho Decente. O evento teve início ontem, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. A conferência é uma realização da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Renda (Seter).
Mônica Dantas Coutinho, secretaria adjunta da Seter e presidenta da conferência, informa que o evento reúne os cerca de 350 delegados eleitos que representam os 144 municípios do Estado. O objetivo é apresentar propostas e soluções para a Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente, que acontecerá em maio de 2012, em Brasília. “A Organização Internacional do Trabalho (OIT) já discute soluções desde 2003. O Brasil, desde 2010, vem discutindo formas de erradicar o trabalho escravo, os trabalhos com jovens, perigosos e insalubres”.
A defesa dos participantes do evento é que o trabalho decente é condição fundamental para a superação da pobreza, a redução das desigualdades sociais, a garantia da governabilidade democrática e o desenvolvimento sustentável. É definido como o trabalho produtivo adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna ao cidadão.
Sobre essa questão, Mônica destacou que o Pará tem se tornado um dos estados que mais vêm gerando empregos no País e a busca por qualificação é uma das formas de se atingir o trabalho decente. “Estão sendo previstas para o próximo ano cerca de 150 mil novas vagas de trabalho, principalmente no pólo de Marabá. Já formamos parceria com a Vale para qualificar trabalhadores para o mercado e que atuem nesses novos projetos”, assegura Mônica Coutinho.
A secretaria adjunta da Seter destaca que a realização da Conferência Estadual é uma forma de mostrar soluções e objetivos, como os planos de ação do Pará para qualificar e colocar no mercado de trabalho seus cidadãos. “A Região Norte é muito discriminada. E vamos levar propostas novas para que o Pará seja visto com outros olhos”, afirma.
Participaram da abertura da conferência o governador Simão Jatene, o titular da Seter, Junior Hage, além da diretora da OIT no Brasil, Laís Abramo, representantes das seis centrais sindicais do Brasil e um representante do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). o que é trabalho decente?
PARA A OIT
Para a Organização Internacional do Trabalho, o trabalho decente se apóia em quatro pilares: respeito às normas internacionais do trabalho; eliminação de todas as formas de discriminação em matéria de emprego e ocupação; promoção do emprego de qualidade; e extensão da proteção social e diálogo social. (Diário do Pará)

Pará Rural destina R$ 8 mi para a agricutura

Dez de 14 projetos de agricultura familiar foram aprovados nesta quinta-feira (17) na primeira reunião do comitê gestor dos Projetos de Investimento Produtivo do programa Pará Rural. Cerca de R$ 8 milhões serão investidos em forma de produtos que beneficiarão a produção de inicialmente mil famílias de produtores no Pará.

Os investimentos dividem-se em dois tipos de parcelas: uma reembolsável, com prazo de carência e juros zero, e outra não reembolsável, que está principalmente vinculada à questão da mitigação dos impactos ambientais. Na reunião foi feita uma análise desses projetos aplicados às suas regiões de integração, cada um com diferentes atividades produtivas voltadas principalmente para o setor agrícola.

“Temos a compreensão de estar beneficiando pessoas que estavam excluídas no processo produtivo do Estado. Com a produção de alimentos, elas terão renda e poderão participar de todo o processo econômico. Isso deve irrigar as economias municipais e contribuir para o aumento da produção rural do Pará", disse secretário de Estado de Agricultura, Hildegardo Nunes.

Para o secretário especial de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção, Sidney Rosa, o objetivo é levar a essas comunidades e famílias do interior do Estado o que de melhor pode haver na área produtiva. “Queremos avançar muito com o Pará Rural, especialmente no Marajó e no Baixo Amazonas, onde há a maior concentração de pobreza, no sentido de fazer o investimento por família, mas de forma comunitária, para que possamos ter um incremento de renda de pelo menos 30%. Este é apenas o começo do que deve acontecer em larga escala nos próximos três anos”, disse.

As famílias que receberão o apoio financeiro do Pará Rural vão ter assistência técnica e o acompanhamento para qualquer investimento, na produção de farinha, piscicultura ou de açaí, entre outros tipos de atividades, de forma que aquela comunidade possa proceder de forma sustentável, e assim, receber um incremento especialmente na agricultura familiar onde exista risco inclusive da sua subsistência.

“Queremos fazer com que este experimento do Pará Rural possa ser precursor, para que no futuro ele se torne política pública. No Pará temos 1/3 da população abaixo da linha de pobreza, e na zona rural este indicador é praticamente o dobro. Por este motivo é preciso a intervenção e investimento do Estado nessas áreas”, ressaltou Sidney Rosa.

Para gerente executivo do comitê gestor do Núcleo de Gerenciamento do Pará Rural (NGPR), Antônio Carlos Neves da Rocha, este é o primeiro passo de um grande projeto. Está previsto para o ano que vem acelerar o processo de avaliação de planos do Pará Rural para contemplar o maior número de famílias produtoras. “Agora os produtores poderão fazer o que sabem, produzindo e agregando valor. Será uma série de atividades que possibilitará ao nosso homem do campo ter uma condição melhor de vida”, afirmou.

Os projetos contemplados são os das seguintes associações: de Apicultores de Aurora do Pará, Flor do Marajó (Muaná), do Alto Rio Anajás (Anajás), Boa Vista (Barcarena), de Produtores de Belterra (Belterra), Hortifrutigranjeiros (Dom Eliseu), Mojuense de Apicultores (Moju), da Casa Familiar Rural (Santa Maria das Barreiras), da Comunidade de Santa Clara (Porto de Moz) e do Instituto de Educação Ambiental de Paquetá (Limoeiro do Ajuru).

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Homem ateia fogo na esposa após briga

A comemoração de um casal que completava um ano de relacionamento terminou na Delegacia da Mulher, nesta segunda-feira (14). A esposa de Alan Sérgio Silva Oliveira, 25 anos, registrou queixa após ter sofrido graves queimaduras provocadas pelo próprio companheiro, que a agrediu e depois ateou fogo na perna dela.
A vítima, que não quis ser identificada, trabalha como diarista. Ela contou que estava em um bar com o marido e,  ao chegarem em casa, no bairro do Tapanã, em Belém, a briga começou. A discussão teria sido provocada porque ela queria ir até a casa de uma amiga.
A mulher foi agredida com um soco e desmaiou. Foi então que Alan Sérgio jogou álcool sobre a perna da esposa e ateou fogo. Ela acordou com o corpo em chamas e procurou atendimento de emergência no Hospital Abelardo Santos, em Icoaraci.
Depois de ser liberada do hospital, a vítima foi até a base da Polícia Militar localizada dentro do Conjunto Tapajós e denunciou a violência. Policias da 23ª ZPol foram até a residência do casal e prenderam Alan Sérgio. O caso foi encaminhado para a Delegacia da Mulher e está sendo averiguado pela delegada Maria Cristina. (DOL)

Acusado de mandar matar comunitário vai a júri

A Vila Santos, no bairro do Jurunas, em Belém, ainda chora a morte do seu líder comunitário João Nazaré Neto, de 67 anos, assassinado com vários tiros pelo réu confesso e já condenado a 27 anos de prisão, Carlos Alberto dos Santos, conhecido como “Chiquinho”, e agora vê Anderson Pereira Pantoja sentar no banco dos réus, acusado de ser o mandante do crime.
“Seu João”, como era conhecido, foi morto na noite do dia 17 de dezembro de 2009. Imediatamente as polícias Civil e Militar entraram em campo e o primeiro a cair preso foi Carlos Alberto dos Santos, o “Chiquinho”, que interrogado confessou o crime e identificou o mandante.
“Cocada” foi preso após um mês de investigações do investigador Rafa e do delegado Nilton Nogueira, que concluiu o inquérito. Anderson Pereira Pantoja vai sentar no banco dos réus depois de amanhã, em sessão presidida pelo juiz Edmar Silva.
O DIÁRIO esteve com a família do líder comunitário, que juntou documentos e os encaminhou à promotoria da Justiça. “Nós esperamos que seja feita justiça e este rapaz pague pelo crime que mandou cometer contra uma pessoa que tinha como lema de vida lutar por todos nós da Vila Santos. Balas assassinas calaram a nossa voz”, disse um morador.
Carlos Alberto dos Santos, o “Chiquinho”, cumpre pena de 27 anos de cadeia depois que foi julgado em júri popular na qualidade de assassino e agora será a vez de Anderson Pereira Pantoja, o “Cocada”, ser julgado.  (Diário do Pará)

Taxista é executado com três tiros

Um taxista foi morto com três tiros, na esquina da travessa Vileta com Passagem Acatauassu Nunes, no bairro do Marco, em Belém. As diversas versões relatadas e a descaracterização da cena do crime tornaram difíceis descobrir os motivos da morte pela Polícia Civil.
Segundo informou o cabo PM J. Ferreira, da viatura 9100, da 10ª Zpol que atendeu o chamado, André Luis Monteiro Moraes, 30 anos, “foi morto enquanto tomava uma cerveja no bar de um amigo, mas a ‘Lei do silêncio’ impediu que maiores informações fossem repassadas”.
Policiais da Divisão de Homicídios foram ao local do crime para levantar indícios da morte do taxista, mas de acordo com delegado João Paiva, a escassez de informações dificulta a apuração dos fatos.
O corpo foi removido pelo CPC Renato Chaves e conduzido para o Instituto Médico Legal para exame necroscópico. (Diário do Pará)

Outra baixa no mundo do pó

Uma jovem foi flagrada com drogas, no final da noite de sexta (11), quando tentava se deslocar com um mototaxista para o distrito de Outeiro, em Belém. A prisão ocorreu depois que policiais militares da 21ª Zpol abordaram a motocicleta numa barreira montada num PM Box localizado na “Estrada Velha do Outeiro”, em Icoaraci.
Sthefane Louhrana da Silva Madureira, de 18 anos, portava uma sacola que continha 40 “petecas” de pasta base de cocaína, 15 “petecas” de cocaína e 100g da mesma substância. “Ela não queria ser revistada. Foi o que logo levantou suspeita”, comentou o cabo Mendes, da viatura 9336, em referência ao momento em que foi determinado que a motocicleta parasse.
Ao constatarem a existência de drogas dentro da sacola, os cabos Mendes e Eduardo conduziram o mototaxista Adriano Pereira do Nascimento, de 24 anos, e Sthefane Louhrana para a Delegacia do Patrimônio, que fica no centro de Icoaraci. Na unidade policial, Sthefane isentou Adriano de envolvimento com as drogas. “A droga é minha”, declarou a jovem.
O mototaxista, por sua vez, alegou que não sabia que a garota transportava drogas. Sthefane Louhrana foi atuada em flagrante por tráfico de drogas, conforme a Lei de Entorpecentes. Ela diz ter sido a primeira vez que foi presa.
(Diário do Pará)

Operação da Polícia combate criminalidade no Pará

Avaliada de forma positiva pelo Governo do Estado, a Operação “Sentinela do Norte”, desenvolvida na capital e em todas as regiões do Pará,  desde a sexta-feira (11), pela Secretaria de Segurança Pública do Estado em parceria com órgãos de segurança da Prefeitura de Belém, como a Guarda Municipal e a Companhia de Transportes de Belém, além da Polícia Rodoviária Federal, encerrou na manhã deste sábado (12) com a certeza que, além dos números de materiais apreendidos e o enfrentamento efetivo da criminalidade, conseguiu preservar dezenas de vidas; evitando ações criminosas e impedindo que o comércio ilegal, o tráfico de drogas e tantos crimes de trânsito fossem cometidos nas últimas 24 horas. 

Num total de 77 ações de repressão resultou, por exemplo, em 277 bares abordados, sendo 100 vistoriados, 29 revistados e 59 fechados. Além dos bares, 11 casas de show foram abordadas e 6 danceterias tiveram de encerrar suas atividades em virtude de irregularidades flagradas pelos agentes.

No trânsito, 611 bicicletas foram abordadas, dentre as quais, 54 apreendidas; 6883 motos abordadas; das quais, 369 autuadas, 177 removidas e 299 apreendidas. Ainda neste campo, as barreiras abordaram 6086 carros, autuaram 58 e apreenderam 33, enquanto 222 veículos de aluguel (táxis) foram fiscalizados e 742, entre ônibus e vans, foram parados na fiscalização, resultando em 41 documentos apreendidos e 9 veículos removidos, somando aos 400 caminhões vistoriados nas barreiras realizadas.

Nas buscas pessoais, 5735 pessoas, entre adultos, crianças e adolescentes foram abordadas pelos agentes, sendo apreendidas nas abordagens, que também foram originadas por informações de populares, via disque denúncia (181) e pelos levantamentos dos setores de inteligência: drogas como: cocaína, crack, haxixe e maconha, além de 69 armas de fogo, 27 armas brancas, 1200 mídias piratas, máquinas caça-níqueis em estabelecimentos comerciais e 12 produtos de roubo.

A Operação “Sentinela do Norte”, em seu segundo desdobramento em menos de uma semana, após o expressivo quantitativo de drogas e objetos apreendidos, entre estoques e celulares, nas casas penais no Pará, afirma sua ação de presença e enfrentamento capaz de produzir baixas significativas na criminalidade. (assessoria da Polícia Militar)

Policiais prendem autor de duplo de homicídio

Equipe de policiais civis da Delegacia de Polícia Civil em Santa Bárbara do Pará, região metropolitana da capital, cumpriu ontem mandado de prisão preventiva decretado contra Josué de Oliveira Duarte, 26 anos, acusado de coautoria de um duplo homicídio no município. O crime cometido pelo preso e por seu irmão, Cleber de Oliveira Duarte, registrou-se no balneário conhecido por Samambaia, em Santa Bárbara, no dia 12 de junho deste ano. As vítimas foram Leonardo Ferreira Cardoso Neto e Josenildo da Silva e Silva. As investigações mostraram que os acusados, que moram em Belém, vieram para Santa Bárbara para matar um desafeto que seria suspeito de envolvimento em outro homicídio cuja vítima foi outro irmão dos acusados. O crime se registrou no ano de 2009. Os suspeitos foram até o balneário, pois tinham informação de que o desafeto estaria no local.

Ali, Josenildo da Silva e Silva, de apelido "Fura-Bucho", que seria parceiro do suspeito da morte do irmão dos indiciados, fazia uma ligação em um telefone celular. Os assassinos desconfiaram que estava avisando a alguém da presença deles no local. Por isso, os acusados saíram do local e foram até a estrada onde ficaram no aguardo da passagem das vítimas pela estrada. Alguns minutos passados chegou ao local a outra vítima Leonardo Ferreira Cardoso Neto, conhecido por "Gordo", que estava em uma motocicleta. Ele apanhou no local "Fura-Bucho" e os dois saíram do local. No momento da passagem das vítimas na estrada foram alvejadas a tiros e morreram na hora. As investigações foram realizadas a partir de informações coletadas pela equipe comandada pelo delegado Benedito Magno Costa.

Os policiais civis Anderson Lima, Jorge Leite (chefe-de-operações), Emerson Augusto e Elson Santos passaram a apurar para desvendar as motivações do crime. Depois, identificaram e qualificaram os acusados. A partir de então, as custódias preventivas da dupla foram solicitada à Comarca Judiciária de Benevides que expediu os mandados de prisão assinados pela juíza Viviane Monteiro da Luz. Após a expedição dos mandados de prisão, foi montada operação policial para a prisão de Josué de Oliveira Duarte. Um prévio levantamento foi feito para localização do acusado. Já Cléber de Oliveira Duarte foi preso em flagrante pela equipe da Seccional da Cremação, Belém, e transferido para o PEM 2 (Presídio Estadual Metropolitano). (Ascom Polícia Civil)

Seminário marca dia contra a corrupção em Belém

Discutir os desafios para a aplicação da lei de improbidade administrativa e apresentar balanços sobre o que instituições públicas e organizações não-governamentais estão realizando no Pará para combater o desvio de recursos públicos são objetivos do seminário que será realizado em Belém no próximo dia 9 de dezembro, Dia Internacional Contra a Corrupção.

O evento, que será realizado no será realizado no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, ainda prevê o debate sobre a importância da 1ª Conferência sobre Transparência e Controle Social (Consocial), fórum para promoção do diálogo sobre a transparência pública e estímulo à participação da sociedade no acompanhamento e controle da gestão pública.

O seminário do Dia Internacional Contra a Corrupção é realizado no Pará pela Rede de Controle da Gestão Pública no Estado, composta pela Controladoria-Geral da União, Tribunal de Contas da União, Auditoria Geral do Estado, Tribunal de Contas dos Municípios, Governo do Estado, Ministério Público Federal e Observatório Social de Belém.

As inscrições, que são gratuitas e dão direito a certificado de participação. (Ascom MPF)

Serviço:
Seminário do Dia Internacional Contra a Corrupção
Data: 09 de dezembro
Local: Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia (av. Dr. Freitas, s/nº - Marco - Belém)
Horário: A partir das 14 horas
Inscrições: aqui
Mais informações: ascom@prpa.mpf.gov.br ou (91) 3299-0177

Pesquisa sobre Doença de Chagas prossegue no Combu

A Coordenação Estadual de Controle da Doença de Chagas, da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), permanece até o dia 18 de novembro na ilha do Combu, Região das ilhas de Belém, para a realização da segunda fase da pesquisa de "Protocolo de definição das áreas de risco de transmissão de Tripanossoma Cruzi na região Amazônica".

O estudo envolve 150 profissionais, entre trabalhadores da saúde e pesquisadores, e compõe o Plano Estadual de Intensificação das Ações de Controle da Doença de Chagas no Pará. Segundo a coordenadora geral da pesquisa, Elenild Góes, a escolha da Ilha do Combu para a expedição de 2011 se deve ao fato de boa parte do açaí consumido em Belém ser proveniente desse lugar, localizado à margem esquerda do rio Guamá, em frente ao campus da Universidade Federal do Pará.

Agendada para acontecer bem antes de Belém apresentar o atual surto da Doença de Chagas, a pesquisa tem sido desenvolvida com as seguintes atividades: aplicação de questionários e inquérito em toda população da Ilhas do Combu e do Papagaio, abrangendo aproximadamente 1.500 pessoas; georreferenciamento das casas da comunidade; levantamento do substrato vegetal feito por técnicos do Museu Emílio Goeldi; capacitação de agentes comunitários de saúde e distribuição de hipoclorito.

O inquérito consiste na coleta de sangue para a realização de teste para Doença de Chagas, que é feito de forma semelhante ao teste do pezinho, feito em recém-nascidos. "Além disso fazemos uma entrevista sobre as condições de saúde do morador, se ele apresentou quadro de febre no último mês e se a pessoa já teve contato com o vetor da doença, o inseto barbeiro", explica Elenild.

A partir do domingo, 13, foram acrescidas outras ações, como palestras sobre boas práticas de manipulação de alimentos, incluindo o açaí, feitas por técnicos da Vigilância Sanitária da Sespa; inquérito de barbeiros e inquérito ambiental, por meio de pesquisa de reservatórios animais, sejam silvestres ou domésticos.

Durante as palestras foi apresentada uma técnica eficaz de higienização do fruto conhecida como branqueamento. Depois de apresentado o procedimento, os batedores participaram de um tipo de "teste cego", quando puderam degustar o produto e comprovar que a técnica não altera a forma e o sabor do fruto.

Além de profissionais paraenses, pesquisadores de outros Estados e do exterior compõem a equipe do protocolo. Uma delas, a diretora geral da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Tânia Araújo, acha fundamental que o Pará, por ser líder em número de casos da doença no Brasil, desenvolva esse tipo de trabalho para manter equipes preparadas e também capazes de identificar transmissores e situações onde eles ocorrem, como plantas, roedores e outros animais hospedeiros que transmitem a doença. Segundo Tânia, essa ação vai colaborar nas pesquisas que a Fiocruz desenvolve na busca de um modelo que pode servir para aplicação em surtos que estão ocorrendo em outros Estados, como o Tocantins.

E é de lá que vieram Twiggy Batista e Crislene Pinheiro, técnicas da Secretaria Estadual de Saúde daquele estado, destacadas para conhecerem o trabalho da Sespa, em função de Ananás, município da região norte do Tocantins, apresentar surto da Doença de Chagas por meio de contaminação pelo barbeiro no suco da Juçara, fruta típica local que se assemelha ao açaí. Sete casos foram diagnosticados pelo Hospital de Doenças Tropicais de Araguaína oriundos da cidade de Ananás, no Bico do Papagaio", explica Twiggy.

O professor do Centro Multidisciplinar para Investigação Biológica (Cemib) da Unicamp, Luiz Passos, autor da pesquisa que comprovou que o açaí mal lavado, mesmo congelado, pode transmitir a Doença de Chagas, diz que "higienizar corretamente os frutos ainda é o método mais importante de prevenção contra o barbeiro. Para isso, basta que os catadores, produtores e consumidores tenham mais cuidado e higiene", diz.

"Além disso, o protozoário causador da Doença de Chagas sobrevive na polpa do açaí mal higienizado, mesmo que o produto seja congelado a -20°C. Somente a correta pasteurização - tratamento térmico que envolve aquecimento e rápido resfriamento -, que ainda não é obrigatória no Brasil, consegue eliminar o microrganismo", acrescenta o pesquisador.

Segundo Elenild Góes, os cuidados com a manipulação do fruto desde a coleta, que é a fase mais suscetível da contaminação, vêm sendo aprimorados de acordo com a disseminação das informações compartilhadas com quem vende e distribui o produto. “Como o processo de pasteurização, que é o mais indicado, não é possível para o produtor artesanal, sugerimos o branqueamento, que consiste na peneiragem, lavagem e escaldamento, reduzindo em cerca de 90% a possibilidade de contágio, inclusive de clorofórmios fecais e salmonelas”, destaca.

Até o último sábado, 12, quando profissionais de imprensa foram convidados a acompanhar a expedição de perto, a equipe do Protocolo já havia realizado o cadastramento de 2.070 pessoas nas ilhas do Combu e do Papagaio, em 369 palafitas por georreferenciamento, correspondendo a mais de 70% da meta da pesquisa.(Ag. Pará)

Itupiranga e Marabá alcançam o topo da violência

Itupiranga e Marabá lideram a lista das cidades mais inseguras do Brasil. É o que aponta o ranking do Mapa da Violência 2011, do governo federal, conforme dados de 2008. Em Itupiranga, localizada a 55 km de Marabá, são 160,6 homicídios por 100 mil habitantes. As informações são do site G1.
As duas cidades paraenses, em destaque no Brasil pela violência, estão localizadas na região em que pode ser definida a criação do estado de Carajás, caso o Pará seja dividido. A maior parte das mortes na região é motivada por rixas, vinganças ou desentendimentos banais. As polícias Civil e Militar alegam que a grande distância dos vilarejos e o efetivo reduzido dificultam o combate à criminalidade no local.
“Temos povoados, como Cruzeiro do Sul, que ficam a 200 quilômetros da área", disse o capitão Kojak Antônio da Silva Santos à reportagem do G1. Ele ficou responsável pelo policiamento da cidade em julho deste ano. São 33 homens da PM para toda a cidade, sendo que dois grupos de 4 ficam lotados especificamente em duas comunidades. Na delegacia, um delegado, dois investigadores e um escrivão se revezam no atendimento.
Em Marabá, a situação é semelhante. Segundo o Mapa da Violência, ocorrem aproximadamente 125 homicídios para cada 100 mil habitantes no município. Pelos cálculos do tenente-coronel José Sebastião Valente Monteiro Junior, que comanda o batalhão responsável por nove cidades da área, há em média um policial para cada 1.500 habitantes na região. Segundo ele, há 586 PMs à disposição, mas sua unidade deveria ter 1.022. Em alguns bairros, como o Cidade Nova, o número chega a um PM por 1.875 moradores, afirmou à reportagem do G1. O recomendado pela ONU é um policial para cada 250 habitantes.
INSEGURANÇA
A população vive com medo. “Dias depois de meu filho morrer mataram outro homem, de família rica, e acham que temos ligação com isso. O medo para nós é tanto que nem fui atrás ver quem tinha matado meu filho", disse um pescador ao G1. Ele fez um empréstimo no banco para deixar a cidade. "Além da violência, não tem emprego, não tem saúde", disse ao G1 o pescador José Francisco da Silva, de 41 anos.
O delegado Vinicius Cardoso das Neves explica que a maioria dos assassinatos não está mais ligada a brigas latifundiárias, como nas décadas de 80 e 90. Hoje, o tráfico de drogas é o principal causador de assassinatos na cidade, principalmente no bairro Caveirinha, próximo ao cemitério local. Dívidas ou motivos fúteis, como traição, também geram crimes violentos.
SUPERLOTAÇÃO CARCERÁRIA
Com o alto índice de denúncias e prisões na região, a carceragem não suporta mais a demanda. Um quarto de cerca de 2 metros de largura por 2 de comprimento abriga 8 presos. Alguns já estão presos há quase cinco meses, aguardando transferência ou outras providências pelos crimes de estupro, tentativa de homicídio, tráfico e roubo. À reportagem do G1, todos alegaram inocência. Um dos suspeitos, denunciado pela esposa, é acusado de estuprar a enteada de 12 anos.
“Muitas pessoas migram para cá para buscar emprego, dinheiro, e não têm vínculo com a terra. Quando se envolvem em algo, eles somem. O povo os conhece apenas por apelidos, é o Zé Branco, o João do Pulo. Fica difícil a identificação e, quando o juiz expede o mandado de prisão, não conseguimos localizar. Já foram embora”, explicou o delegado ao G1. (DOL)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Suspeitos de matar PM morrem em troca de tiro

Um cabo da Polícia Militar morreu no início da madrugada de ontem, depois de ter sido atingido por um disparo de arma de fogo no pescoço. Ele foi ferido dentro de um posto de combustível que fica na estrada do Maguari, entre as ruas Bom Sossego e Júlia Medeiros. O fato ocorreu por volta das 21h de anteontem.
O cabo Cardoso ainda foi socorrido e levado para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência. Na madrugada de ontem, ele não resistiu ao ferimento e morreu. Segundo relatos de testemunhas, o autor do disparo estava dentro de um veículo Palio, cor cinza.
Segundo o sargento César, o veículo entrou no posto de combustível com ocupantes homens. “Um deles chamou pelo Cardoso e, quando o cabo se aproximou, um tiro foi disparado”, descreveu o sargento. Populares afirmaram ter ouvido mais um disparo.
VARREDURA
O assassinato do cabo Edson Souza Cardoso, que integrava o 6º Batalhão da Polícia Militar, trouxe à tona a fragilidade da segurança nas ruas.
Para fazer justiça à morte do militar, várias viaturas realizaram varreduras durante toda a manhã de ontem, no município de Ananindeua, em busca dos acusados de ter cometido o homicídio. Os cabos Fonseca e M. Silva e os soldados Aércio, Estevão e Muniz realizaram as prisões dos homens suspeitos.
Jairo Paes de Souza, de 26 anos, foi o primeiro a ser preso. Ele estava na casa onde mora, no bairro do Guajará, quando a equipe policial chegou. Jairo não resistiu à prisão e ainda colaborou para as investigações. Ele era o responsável por conseguir as motos usadas nos assaltos.
Foi com a ajuda de Jairo que a PM conseguiu achar Everson Barbosa Oliveira, de 19 anos, o “Boca Macia”, que é apontado pela polícia como o autor do disparo contra o cabo.
TIROS E 2 MORTOS
A polícia foi até a residência de Everson, na rua São Jorge, bairro do Curuçambá. No momento da abordagem, ele foi atingido com um tiro no peito.
Segundo informações da polícia, Everson foi morto, pois reagiu à prisão e tentou atirar em um dos PMs que estavam no local. O acusado ainda foi encaminhado para o Hospital Metropolitano, mas não resistiu ao
ferimento.
Um outro comparsa também foi morto após reagir à prisão. O nome dele não havia sido divulgado pela polícia até a noite de ontem.
(Diário do Pará)

Corpo é encontrado em lagoa do Entroncamento

Um homem sem identificação foi encontrado morto, na tarde de ontem, por volta das 16h, em um lago do Memorial da Cabanagem, no Entroncamento.
Pessoas que passaram pelo local viram o corpo do homem boiando no lago e acionaram a polícia. De acordo com informações do taxista Eldenor Proença, o homem estava usando uma bermuda e, sobre a causa da morte, há algumas versões. “Umas pessoas disseram que ele tinha passado mal e caído no lago e morreu, mas eu não sei o que de fato aconteceu”, disse o taxista.
O Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves” fez a remoção do corpo e até o fechamento desta edição o homem ainda não havia sido identificado.
(Diário do Prá)