segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Vizinhos dizem que farra 'corre solta' em presídio

Assim como fugiu da casa da mãe, no mês de junho, também resolveu fugir dos abusadores. Era início da manhã do último sábado, quando foi até o presídio e informou o que tinha acontecido aos policiais que estavam na guarda. “Eu tava me sentindo forçada, aí quando foi de ontem pra hoje, (sábado), 5h da manhã, eles estavam distraídos, porque estavam muito drogados, aí eu fugi de lá e saí correndo pelo mato e fui correndo até o presídio, chegando lá falei o que tinha acontecido e os policiais chamaram o pessoal da colônia, mas eles não foram lá (na colônia), não fizeram nada por mim, aí me apresentaram no Conselho Tutelar (em Santa Izabel)”, acrescentou a vítima.
A delegada Ione Coelho disse que teve contato com a vítima, e que conversou bastante com a menina. “Ela me disse que foi abusada pelo bisavô, quando tinha cinco anos, ela ainda morava no município de Cametá. Ela me falou muita coisa, inclusive, que pretende estudar e se tornar uma policial igual a mim”, completou a delegada.
Com direito a banho de igarapé, droga, bebida alcoólica e mulher, assim os presos cumprem pena dos crimes que cometeram, no sistema semiaberto, na Colônia Agrícola “Heleno Fragoso”, localizada em Americano. As pessoas que circulam pelo local diariamente comentaram a respeito das regalias, na manhã de ontem.
No Km-50 da BR-316 existem duas trilhas, a distância de uma para a outra é de 2 quilômetros aproximadamente. Essas trilhas dão livre acesso à entrada e saída dos presos ou de qualquer pessoa que queira ir até a colônia. De acordo com um vendedor de estrada, é comum ver a circulação dos presos. “Eles vivem entrando e saindo daí de dentro, eles vêm pra pista para comprar cerveja, cigarro. Eles fazem a maior farra em um açude que tem aí pra dentro, ficam tomando banho, usam droga, levam mulher, é normal isso, hoje (ontem) ainda não apareceu nenhum”, falou o vendedor, que preferiu não se identificar.
VARREDURA
Uma varredura feita na Colônia Agrícola Heleno Fragoso não detectou a presença de outras adolescentes no local como foi informado pela adolescente que denunciou ter sido abusada durante quatro dias na colônia. Essa foi uma das informações repassadas ontem, pelo superintendente do Sistema Penitenciário do Pará, Francisco Mota Bernardes. Bernardes afirmou ainda que a Susipe não teve acesso à vítima e nem ao depoimento que ela prestou. Ele nada comentou sobre as supostas regalias dos presos na cadeia.
EM NÚMEROS
120 Com uma área de cerca de 120 hectares, a Colônia Heleno Fragoso é destinado ao regime semiaberto, possui 341 internos e ainda não é totalmente cercada, mas essa é uma das medidas que já estava sendo providenciada, segundo o superintendente. As guaritas não funcionam 24 horas, mas a Polícia Militar fará rondas para fazer a segurança em tempo integral. (Diário do Pará)
Prisao no Brasil e um campo de ferias para bandido.

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