segunda-feira, 23 de maio de 2011

Cabo da PM embriagado perde o controle do carro e colide com árvore

Fim de farra
Militar estava à paisana, armado e não foi submetido a teste do bafômetro
O terceiro-sargento Cleiton de Jesus Pinheiro, da Polícia Militar, perdeu o controle do carro ao tentar desviar de um buraco aberto para a instalação de tubulação na Avenida João Paulo II (sentido Belém- Ananindeua) e colidiu com uma árvore do canteiro central da pista. O acidente ocorreu na manhã de ontem. No veículo, placa JUI-8388 (Belém), estava a esposa do policial, que não quis se identificar, e Elber da Conceição, de 33 anos, que foi atingido no braço direito e foi levado de ambulância para o Hospital de Pronto-Socorro Municipal Mário Pinotti (PSM da 14 de Março). Cleiton e Elber estavam com sinais de embriaguez e exalavam cheiro de álcool. O policial estava armado. A mulher tentava controlar o marido que estava irritado com a presença da equipe de reportagem e até dos seus colegas de farda que atenderam a ocorrência.
Com dificuldade para falar, Cleiton contou a seus colegas que perdeu o controle do carro quando um veículo o cortou, mas não sabia dar qualquer detalhe de como o acidente ocorrera de fato. Até apontou para a pista errada ao se referir ao acidente. As provas de que estava em outra pista eram pedaços da tela de proteção da obra na via. A princípio ele se identificou como Cláudio. E só revelou a identidade veradeira depois de muita conversa com o seu colega de farda, cabo Marcos Maia, da 10ª Zona de Policiamento (Zpol). Cleiton disse ser lotado na Companhia Independente Especial de Polícia Assistencial (Ciepas). O policial embriagado não quis entregar a arma. O carro foi guinchado pouco tempo depois do acidente. O acidente foi registrado na Seccional de São Brás.
O taxista José Carlos Cabral, de 44 anos, estava na outra pista quando foi surpreendido pelo carro de Cleiton avançando sobre o canteiro central. Os dois veículos quase colidiram. "Não me machuquei, mas levei um susto. Eu desviei bem em cima, quando o carro dele estava bem próximo", disse.
Com sinais claros de embriaguez, Elber sequer conseguia construir uma frase que fizesse sentido pelo efeito. Seus olhos estavam bem vermelhos e inchados. Chorava de dor no braço e disse que não conseguia mexer. Até desacatou o cabo Sandro, da PM, que tentou conversar com ele. Dizia ter medo que os paramédicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) mexessem no braço dele. Com a fala enrolada, reconheceu que estavam voltando de um bar e que tinham bebido.
PUNIÇÃO
No artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), dirigir sob efeito de bebidas alcoólicas é uma infração gravíssima (7 pontos na carteira de habilitação) e resulta em multa de R$ 957,69, recolhimento da carteira e processo de suspensão da carteira por um ano. O crime de trânsito é cometido quando o teste do bafômetro contata 6 decigramas ou mais de álcool por litro de sangue do motorista. Nesse caso, além das multas, o condutor pode sofrer detenção de seis meses a 3 anos. Na hora do acidente, não foi feito o teste de alcoolemia no militar.

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