terça-feira, 17 de maio de 2011

Mercado de Carne recebe frigoríficos

Indefinição
Não há prazo para reabrir mercado, fechado há cinco anos para reforma
Filipe Sanches
Da Redação
Dezesseis dos 36 balcões frigoríficos encomendados pela Associação dos Comerciantes Permissionários do Mercado Municipal Francisco Bolonha a uma empresa no Ceará foram entregues ontem pela manhã. A montagem dos equipamentos, utilizados para o acondicionamento e comercialização da carne dentro das normas do Ministério da Agricultura, é a última etapa para a conclusão da reforma do Mercado Bolonha, o Mercado de Carne do Ver-o-Peso, cuja inauguração foi prometida pelo prefeito Duciomar Costa para 1º de Maio. O atraso na entrega dos equipamentos, que dilatou em pelo menos um mês o prazo da prefeitura, ocorreu em virtude da necessidade de adaptação dos equipamentos ao tamanho reduzido dos boxes do Mercado Bolonha, uma construção histórica que está fechada há 5 anos em virtude da reforma.
O diretor geral da Secretaria Municipal de Economia, Luis Carlos Silva, evita dar um novo prazo, já que a outra metade dos equipamentos ainda não foi entregue e a instalação elétrica e hidráulica do novo prédio ainda está pendente. Luis Carlos garante, porém, que o mercado não será reaberto enquanto não estiver em plena capacidade de funcionamento, com os balcões frigoríficos montados. Os outros 20 balcões frigoríficos devem ser entregues em dez dias.
Outra pendência no Mercado Bolonha é o calçamento da parte externa, que será refeito para atender às regras vigentes de acessibilidade. Serão construídas rampas de acesso ao mercado, que também será rodeado pela chamada faixa-cidadã, para que pessoas cegas ou com baixa-visão possam se locomover sozinhas.
A chegada dos primeiros equipamentos foi comemorada pelos açougueiros que esperam para retornar ao mercado depois de dois anos fora dele. No segundo ano da revitalização do mercado, a prefeitura resolveu alocar os comerciantes que estavam sem trabalhar em um prédio cedido por uma rede de supermercados. "Foram dois anos naquela condição. Metade ainda está sem trabalhar. Houve um acordo e parte dos trabalhadores, para não ficar com prejuízo, foi para outra atividade. Agora nós vamos começar a voltar à normalidade", comemora Fernando Gomes da Silva, presidente da Associação dos Comerciantes Permissionários do Mercado Municipal Francisco Bolonha e vice-presidente do Sindicato dos Açougueiros de Belém. As duas entidades fizeram uma parceria com o Banco do Brasil para oferecer crédito facilitado para a compra dos equipamentos de refrigeração exigidos pelo Ministério da Agricultura para a venda da carne. "Todos os açougueiros de mercado de Belém poderão financiar o equipamento diretamente no banco. A ideia é que todos os mercados que forem reformados passem a funcionar desta maneira", indica Fernando Gomes, que acredita que já na primeira semana de junho o Bolonha terá condições de ser reaberto. "É uma vitória para a categoria, mas que é resultado de muito trabalho", conclui.

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