quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

'Taradão' pede novamente para ser solto

O fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, condenado a 30 anos de reclusão pela morte da missionária Dorothy Mae Stang, em 2005, está requerendo a revogação de sua prisão preventiva decretada pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Pará (TJ-PA). A alegação é de “absoluta ausência de fundamentação” da decisão. Ele entrou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF).
O mandado de prisão de Taradão foi expedido em setembro de 2011. Ele respondia em liberdade contra a sentença condenatória do Tribunal do Júri. Segundo o Tribunal, a medida era necessária para a garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal.
AMEAÇA
A decisão levou em conta também o fato de Regivaldo ser o único réu ainda solto, e a informação de que teria ameaçado testemunhas e a sua situação financeira, que lhe permitiria sair do país.
O objetivo do habeas corpus impetrado no STF é que o réu possa apelar da condenação em liberdade. A defesa afirma que, em 2006, o Supremo já havia deferido habeas corpus em favor do réu e revogado prisão preventiva decretada após a sentença.
Daquela data até a nova decretação de prisão, os advogados sustentam que não surgiu nenhum fato novo, à exceção da confirmação da condenação pelo TJ-PA, que justificasse a medida, que teria sido influenciada “pelos nomes dos envolvidos”.
DEFESA
A defesa do fazendeiro alega ainda que Regivaldo compareceu espontaneamente a todos os atos do processo e se apresentou à autoridade policial “antes mesmo da assinatura do decreto de prisão preventiva”.
A missionária norte-americana Dorothy Stang foi morta com seis tiros na manhã do dia 12/2/2005 numa estrada rural do município de Anapu (PA), local conhecido como PDS (Projeto de Desenvolvimento Sustentável) Esperança. De acordo com a denúncia, Dorothy era a maior liderança do PDS e, por isso, atraiu a inimizade de fazendeiros da região que se diziam proprietários das terras que seriam utilizadas no projeto.
A denúncia apontou Rayfran das Neves Sales como executor do crime, com ajuda de Clodoaldo Carlos Batista. As investigações apontaram que eles agiram a mando de Amair Feijoli da Cunha, Vitalmiro Bastos de Moura e Regivaldo Pereira Galvão, mediante pagamento de R$ 50 mil. Todos foram condenados. (Diário do Pará)

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