segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Aids já provocou morte de três mil paraenses

De acordo com um Levantamento do Boletim Epidemiológico - Aids e Transmissão Vertical, da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), nos últimos 15 anos foram notificados 9.428 casos de Aids em maiores de 13 anos na capital e em municípios do interior do Estado. Adultos entre 20 e 49 anos ainda são os mais vulneráveis à doença. Deste total, 6.030 são homens e 3.398 mulheres, sendo que 1.261 foram gestantes diagnosticadas com o HIV. Já entre os anos 2000 e 2009, 198 casos foram notificados em crianças menores que cinco anos.

Em 25 anos, ocorreram 3.702 mortes, dos quais 2.605 só do sexo masculino. Em relação a orientação sexual de pessoas notificadas com o vírus, o boletim revela que a categoria de exposição ao HIV abrange uma maioria ignorada (39,08%), seguida por heterossexuais (27%), homossexuais (16,2%) e bissexuais (10,5%). Na região sul e sudeste do Pará, 15 municípios registraram um grande número de infectados entre os anos de 2007 e 2009: Marabá, Tucuruí, Parauapebas, Redenção, Paragominas, Tailândia, Novo Repartimento, Breu Branco, Jacundá, Rondon do Pará, Pacajá, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu, Altamira e Eldorado do Carajás.

Segundo dados do Centro de Testagem e Aconselhamento, CTA, só no mês de outubro do ano passado, 14 pessoas morreram em Marabá e municípios vizinhos, vítimas de Aids. De acordo com a enfermeira Luzia Oliveira Silva Rêgo, coordenadora do CTA, dos 794 casos de soropositivos registrados naquele centro, cerca de 130 são oriundos dos municípios de Itupiranga, Rondon do Pará, São Domingos do Araguaia, Parauapebas, Jacundá, Eldorado do Carajás, Curionópolis e Canaã dos Carajás.

Desse total, 129 são casos novos, identificados em 2010. Segundo a enfermeira, os números de casos da doença entre homens e mulheres são praticamente iguais.
Fonte:O Liberal 
Introdução : sabendo mais sobre Aids e HIVA sigla Aids significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. O vírus  da Aids é conhecido como HIV e encontra-se no sangue, no esperma, na secreção vaginal e no leite materno das pessoas infectadas pelo vírus. Objetos contaminados pelas substâncias citadas, também podem transmitir o HIV, caso haja contato direto com o sangue de uma pessoa.Após o contágio, a doença pode demorar até 10 anos para se manifestar. Por isso, a pessoa pode ter o vírus HIV em seu corpo, mas ainda não ter Aids. Ao desenvolver a Aids, o HIV começa um processo de destruição dos glóbulos brancos do organismo da pessoa doente. Como esses glóbulos brancos fazem parte do sistema imunológico ( de defesa ) dos seres humanos, sem eles, o doente fica desprotegido e várias doenças oportunistas podem aparecer e complicar a saúde da pessoa. A pessoa portadora do vírus HIV, mesmo não tendo desenvolvido a doença, pode transmiti-la.  
Formas de ContágioA Aids é transmitida de diversas formas. Como o vírus está presente no esperma, secreções vaginais, leite materno e no sangue, todas as formas de contato com estas substâncias podem gerar um contágio. As principais formas detectadas até hoje são : transfusão de sangue, relações sexuais sem preservativo, compartilhamento de seringas ou objetos cortantes que possuam resíduos de sangue. A Aids também pode ser transmitida da mão para o filho durante a gestação ou amamentação. 
Principais Sintomas da AidsComo já dissemos, um portador do vírus da Aids pode ficar até 10 anos sem desenvolver a doença e apresentar seus principais sintomas. Isso acontece, pois o HIV fica "adormecido" e controlado pelo sistema imunológico do indivíduo. Quando o sistema imunológico começa ser atacado pelo vírus de forma mais intensa, começam a surgir os primeiros sintomas. Os principais são: febre alta, diarréia constante, crescimento dos gânglios linfáticos, perda de peso e erupções na pele. Quando a resistência começa a cair ainda mais, várias doenças oportunistas começam a aparecer: pneumonia, alguns tipos de câncer, problemas neurológicos, perda de memória, dificuldades de coordenação motora, sarcoma de Kaposi (tipo de câncer que causa lesões na pele, intestino e estômago). Caso não tratadas de forma rápida e correta, estas doenças podem levar o soropositivo a morte rapidamente. 
Formas de PrevençãoA prevenção é feita evitando-se todas as formas de contágio citadas acima. Com relação a transmissão via contato sexual, a maneira mais indicada é a utilização correta de preservativos durante as relações sexuais. Atualmente, existem dois tipos de preservativos, também conhecidos como camisinhas : a masculina e a feminina. Outra maneira é a utilização de agulhas e seringas descartáveis em todos os procedimentos médicos. Instrumentos cortantes, que entram em contato com o sangue, devem ser esterilizados de forma correta antes do seu uso. Nas transfusões de sangue, deve haver um rigoroso sistema de testes para detectar a presença do HIV, para que este não passe de uma pessoa contaminada para uma saudável. 
TratamentoInfelizmente a medicina ainda não encontrou a cura para a Aids. O que temos hoje são medicamentos que fazem o controle do vírus na pessoa com a doença. Estes medicamentos melhoram a qualidade de vida do paciente, aumentando a sobrevida. O medicamento mais utilizado atualmente é o AZT ( zidovudina ) que é um bloqueador de transcriptase reversa. A principal função do AZT é impedir a reprodução do vírus da Aids ainda em sua fase inicial. Outros medicamentos usados no tratamento da Aids são : DDI ( didanosina ), DDC ( zalcitabina ), 3TC ( lamividina ) e D4T ( estavudina ). Embora eficientes no controle do vírus, estes medicamentos provocam efeitos colaterais significativos nos rins, fígado e sistema imunológico dos pacientes.Cientistas do mundo todo estão trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra a Aids. Porém, existe uma grande dificuldade, pois o HIV possui uma capacidade de mutação muito grande, dificultando o trabalho dos cientistas no desenvolvimento de vacinas.

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