INVERNO - Temporal começou na madrugada de sábado e só parou por volta das 8h30
A forte chuva que desabou sobre Belém na madrugada de sexta-feira para sábado, 22, fez a cidade amanhecer debaixo d’água. Em alguns bairros do centro, foi comum encontrar pessoas atravessando as ruas alagadas com a calça enrolada e o sapato nas mãos, além de moradores expulsando a água dentro de casa com baldes e latas. A tempestade, que durou cerca de oito horas, deixou centenas de pessoas ilhadas, sobretudo àquelas que residem em torno de canais. Alguns, para não perder compromissos, preferiram encarar as ruas alagadas. Outros deixaram os afazeres externos de lado e optaram por retirar a água e contabilizar os prejuízos.
Este foi o caso do motorista Jacione Neri, que mora na rua Roso Danin com a Passagem Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Canudos. A casa do motorista ficou com todos os cômodos alagados. No local, a água acumulada chegou a 50 centímetros de altura. Devido a enchente, Neri perdeu um guarda roupas, móveis de sala e a geladeira. 'A casa está totalmente revirada. Vamos precisar de muito tempo para arrumar tudo. O problema maior é recuperar os bens', comenta, enfatizando que o prejuízo deve ultrapassar R$ 2 mil.
A rua dos Pariquis, próximo ao canal da travessa 14 de Março, é famosa pelos constantes alagamentos. Mesmo assim, o empresário Paulo Santos alugou um ponto naquele trecho para montar um pequeno comércio. O resultado da insistência já era esperado: a loja ficou alagada, os clientes sumiram e o provável lucro virou prejuízo. 'Eu faço quentinha, vendo frango e outros tipos de alimentos. No entanto, quando chove, fico completamente de mãos atadas. No verão, o ponto - que é alugado - dá bons frutos. No inverno, dá vontade de mudar de cidade', afirma.
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