Portugal perdeu pela diferença mínima frente a uma Argentina com Messi a tempo inteiro. Ronaldo marcou o golo luso e saiu com uma hora de jogo. A celeste apoiou-se no seu astro durante os noventa minutos, acabando por recuperar a vantagem garantida inicialmente por Di María. Coentrão cometeu um pecado em cima do minuto 90, permitindo o triunfo argentino (1-2).
Ainda assim, um resultado moralizador para as cores nacionais. Os adeptos não ficaram certamente defraudados. Houve bom e mau futebol, oportunidades em catadupa que redundaram em poucos golos e um erro final que não estraga os indicadores positivos. Fábio Coentrão derrubou Martínez, Messi aproveitou e bateu Rui Patrício.
Com alterações significativas no último reduto, Portugal entrou em campo sem a desejada pressão sobre o transportador da bola. Fábio Coentrão entrou para o lado esquerdo, Rolando e Bruno Alves reeditaram a dupla ao centro e João Pereira manteve à direita, acabando por ser surpreendido pela velocidade de Angel Di María.
Messi assiste, Ronaldo marca
Lionel Messi foi o primeiro a justificar as expectativas, numa celeste sem um homem fixo na área contrária. O avançado do Barcelona arrancou na meia direita, ganhou espaço a Bruno Alves e aguentou a carga de Raul Meireles.
Vindo do nada, um passe a rasgar, nas costas de João Pereira, onde surgiu Di María para desviar para o fundo mais distante. Eduardo, surpreendido, não conseguiu cobrir toda a baliza. 14 minutos de jogo, desvantagem para Portugal.
Em circunstâncias normais, no desastroso passado recente da selecção nacional, este seria o anúncio de mais um desastre. Mas não. Desta vez, Portugal levantou-se e respondeu. Sem deslumbrar com magia individual, apoiou-se no colectivo para empatar.
Nani, a atravessar belo momento de forma, ganhou espaço na direita e tocou de calcanhar para João Pereira. Hugo Almeida tirou proveito da sua envergadura física e ganhou a bola de cabeça a Burdisso, após o cruzamento. Ronaldo, partindo no limite do fora-de-jogo, devolveu as esperanças lusas.
Assim, ainda antes da meia-hora, os entusiastas do duelo particular entre Messi e Ronaldo sorriam. Uma assistência e várias arrancadas para um, um golo e suor para o outro. Equilíbrio, portanto.
Portugal recupera a pose altiva
A Argentina recuou, perante o golo consentido. Continuou a criar situações de golo, mas encolheu-se perante a crença lusitana. O cenário repetiu-se após o intervalo, surgindo Hugo Almeida como o rosto do desperdício ofensivo.
O avançado do Besiktas, com papel importante no golo de Cristiano Ronaldo, acumulou lances de finalização desajustada. Em dois momentos (50m e 58m), Portugal esteve a centímetros da vantagem no marcador. Almeida falhou o primeiro, cabeceou à trave no segundo e CR7 rematou para as nuvens, com a baliza aberta!
E o jogo acabou por ali, com uma hora de jogo, com muitos assobios pelo meio.
Pecados lusos para o desaire
Ao minuto 60, Paulo Bento tirou os três homens da frente, para desalento dos 30 mil adeptos que rumaram ao Estádio de Genebra. A pressão dos clubes condicionou a liberdade de movimentos do seleccionados luso. Sergio Batista manteve Messi em campo.
Portugal baixou naturalmente de produção, embora continuasse a ocupar o meio-campo adversário, esperando por um momento de inspiração de Quaresma. A Argentina atacava pouco mas com critério, ficando muito perto do segundo golo em três ocasiões.
E então, quando poucos acreditavam, Coentrão perdeu o norte e cometeu castigo máximo sobre Martinez. Messi, que aguentara até final, agradeceu e marcou, reagindo aos assobios que ouviu durante o encontro. Não lhe fica bem. A derrota lusa também não.
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