quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Seis são presos por tentativa de fraude

Golpe - Acusados tentaram usar a Justiça para obter dois bilhões do Banco do Brasil
Seis pessoas foram presas por envolvimento em uma tentativa de fraude contra o Banco do Brasil. As prisões aconteceram ontem de manhã em Belém, São Paulo e Brasília. Os presos são acusados de tentar sacar mais de R$ 2 bilhões de diversas agências do Banco do Brasil. Eles falsificavam documentos e boletos bancários e ingressavam com ações na Justiça pedindo o ressarcimento dos valores ao banco. O grupo agia nos estados do Pará, São Paulo, Distrito Federal e Santa Catarina. As investigações foram comandadas pela Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), com o apoio do Grupo Especial de Prevenção e Repressão às Organizações Criminosas (Geproc) do Ministério Público Estadual.
Em Belém, foram presos Antonio Valinoto Neto, Joarez Correa dos Anjos - que se apresentaram como empresários - e Antonio Carvalho Lobo, que informou ser advogado. Todos foram encaminhados à Dioe. Francisco Nunes Pereira, apontado como o líder do esquema fraudulento, foi preso na cidade paulista de Tatuí. Além dele, também foi preso em São Paulo Luís Roberto de Bastos, que teria sido o segundo homem que ingressou com o pedido de ressarcimento junto ao banco, após a desistência de Antonio Carvalho. Em Brasília a polícia prendeu o empresário Flamarion Alves Souza, que também estaria envolvido no esquema. De acordo com a Polícia Civil do Pará, responsável pelas investigações, o grupo alterava os extratos bancários para efetuar a fraude e depois tentava receber esse valor através de ações judiciais. Francisco teria apresentado documentos falsos alegando que tinha direito aos recursos por usucapião. Ele sustentou que a quantia bilionária fora depositada em sua conta por um desconhecido e que lá teria permanecido por mais de cinco anos. Mas na verdade esses recursos nunca existiram. Joarez Correa tinha uma procuração de Francisco para retirar o dinheiro.
indução
A juíza da 5ª Vara Cível de Belém, Vera Araújo de Souza, determinou o bloqueio de R$ 2,3 bilhões no Banco do Brasil. A desembargadora Marneide Merabet manteve o bloqueio. Antes de recorrer ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Banco do Brasil recorreu ao Tribunal de Justiça (TJ) do Pará, que manteve o bloqueio. O Banco conseguiu no CNJ a suspensão da decisão da 5ª Vara Cível. A suspeita de irregularidade se deu porque o mesmo pedido já havia sido feito há cerca de dois anos à Justiça do Distrito Federal, que arquivou o processo.

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