sexta-feira, 8 de julho de 2011

Bragança completa hoje 398 anos

O município de Bragança completa hoje 398 anos de fundação, mantendo a bicentenária Marujada de São Benedito como principal tradição. A cidade dispõe de prédios históricos que a tornam uma cidade singular no nordeste do Estado, além de contar com um patrimônio natural que por si só já garantiria destaque ao município como atração turística.
Para marcar os 398 de fundação da segunda cidade mais antiga do Pará, que é conhecida como uma das mais ricas em tradição e cultura, a Prefeitura Municipal de Bragança vai realizar um show da Banda Calypso, hoje, a partir das 22h, no aeroporto. A entrada é um quilo de alimento não perecível.

CIDADE
O principal cartão postal da cidade é o Largo de São Benedito, localizado às margens do rio Caeté, numa orla adornada por uma fileira com dezenas de palmeiras imperiais, área onde também estão as construções mais antigas da cidade, incluindo a igreja de São Benedito, erguida entre 1730 a 1750. Esse pedaço de Bragança, típico da colonização portuguesa, que em parte se mantém preservado é a imagem mais reproduzida por artistas plásticos e fotógrafos que moram ou passam por Bragança.

Mas, em Bragança, não é só o Largo de São Benedito que exala história. Basta um passeio pelo centro da cidade para encontrar praças e prédios monumentais que imprimem na Pérola do Caeté uma personalidade marcante. A Praça da Bandeira e a Praça da Matriz, vizinhas, compõem uma ampla área contornada pelo Instituto Santa Teresinha, a Catedral de Nossa do Rosário, o Palácio Episcopal e o Banco do Brasil, prédios de grande porte e valor estilístico que proporcionam um urbanismo diferenciado à cidade.
NATUREZA
Como se não bastassem beleza e tradição na cidade, Bragança também ostenta uma riqueza natural compatível a de lugares remotos onde a única atração são itens primitivos. A praia de Ajuruteua, ponto principal do verão baragantino, é o nome mais conhecido entre esses atrativos. Porém, há ainda a ilha do Canela, que fica na reserva área de proteção ambiental municipal, localizada no entorno da reserva extrativista Caeté Taperaçu. A ilha é habitada apenas por poucos pescadores. Além das paisagens extremamente naturais, o visitante também poderá contemplar grandiosas revoadas de guarás e colhereiras, pássaros nativos cuja ilha do Canela é um dos maiores ninhais do mundo.

Outro local de rara beleza são os campos naturais de Bragança. Localizada a apenas 20km da cidade, a região é uma pequena amostra do que se tem em larga escala na ilha do Marajó: um enorme tapete de grama entrecortado por espelhos dágua repletos de junco e flores nativas.

HISTÓRIA
Segundo os historiadores, foram os franceses liderados por Daniel de La Touche,os primeiros europeus a chegar a região do Caeté, em 08 de julho de 1613, período em que a área era habitada pelos índios tupinambás.

Em 1622, o território de Bragança pertencia à capitania do Gurupi. A área foi doada por Felipe III de Espanha a Gaspar de Souza, governador geral do Brasil. Em 1634, foi fundado um povoado às margens do Caeté, por Álvaro de Souza, e depois transferido para a outra margem do rio, devido à dificuldades de comunicação com a capital Belém. A cidade seguiu em desenvolvimento do outro lado e o povoado que foi deixado para trás, passou a ser chamado de Vila Que Era, como é até hoje. Lá ainda existe o marco da fundação, deixado pelos portugueses.
(Clemente Schwartz, da sucursal do Diário do Pará em Bragança)

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