Parte de uma quadrilha de milicianos liderada por um delegado aposentado da Polícia Federal, um comissário da Polícia Civil e um policial militar foi presa ontem em uma operação da Delegacia de Repressão às Atividades Criminosas (Draco) para desbaratar o grupo de paramilitares que cobrava R$ 35 por supostos serviços de segurança, distribuía sinal pirata de TV a cabo, explorava o transporte clandestino de passageiros, tinha o monopólio na distribuição de gás e invadia propriedades no bairro da Taquara, na zona oeste do Rio de Janeiro. Os criminosos, que atuavam desde 1998, ainda são suspeitos de homicídios, ocultação de cadáveres, tortura, estupros e lesões corporais.
Dos 16 mandados de prisão, 14 foram cumpridos. O grupo contava com cúmplices em delegacias e batalhões. Entre os subordinados da quadrilha havia dois militares da Aeronáutica. Os advogados Kleber Gomes Lima e Mauro Arthur Ribas eram responsáveis por falsificar documentos para legalizar os terrenos invadidos. O delegado federal aposentado Luiz Carlos da Silva e seus dois comparsas foram presos por crime de formação de quadrilha armada para a prática de crime hediondo.
Lotado na 28ª Delegacia de Campinho, o comissário Eduardo Lopes Moreira foi apontado como o matador dentro da quadrilha. O PM Thiago Rodrigues Pacheco era quem controlava as demais atividades lucrativas do bando. A Secretaria de Segurança de Segurança Pública (SSP) do Rio estima que o faturamento mensal da quadrilha era R$ 200 mil. Este ano, 70 milicianos já foram presos.
(Agência Estado)
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