terça-feira, 22 de novembro de 2011

Icoaraci: chacina é a 3ª com repercussão nacional

O assassinato de seis adolescentes, no distrito de Icoaraci, Região Metropolitana de Belém, na noite do último sábado (19), entrou para o rol das chacinas ocorridas no Pará e que chocaram a opinião pública nacional nos últimos cinco meses.
Ao todo, 18 pessoas, entre elas vários adolescentes, foram mortas a tiros. Os jovens de
Icoaraci foram sepultados ontem (leia mais no Polícia 06, 07 e 08), em meio a muita comoção. A polícia, por sua vez, não divulgou detalhes das investigações para, segundo o delegado Gilvandro Furtado, não atrapalhar os trabalhos.
“Entretanto, pedimos o apoio da população, que denuncie o que souber que preservaremos a identidade de quem conosco colaborar. Para a polícia um crime como esse é uma afronta e pode a sociedade ter certeza que não ficará impune. Estamos trabalhando para solucioná-lo o quanto antes”, disse o delegado Gilvandro Furtado, diretor da Divisão de Homicídios da Polícia Civil.
ABAETETUBA
Na primeira das chacinas de grande repercussão, entre a tarde de sexta-feira e a madrugada de sábado (3 e 4/06/2011), a população do município de Abaetetuba entrou em pânico com uma sequência de assassinatos que, na contagem geral da polícia, chegou a cinco mortes.
O “banho de sangue” começou com o a morte do cabo PM Idasildo Corrêa dos Prazeres, em um posto de gasolina em Abaetetuba. Ele levou três tiros na cabeça e morreu na hora. Um homem, identificado como Adonai Farias de Souza, o “Ado”, seria, segundo o delegado Jorge, da Delegacia de Abaetetuba, o autor do crime.
Poucos minutos depois, Danilo Ferreira, de 53 anos, e sua esposa, Maria da Conceição dos Santos Corrêa, foram encontrados mortos em casa, na comunidade Jarumá, na estrada que leva à Vila da Beja, em Abaetetuba.
Maria seria mãe de “Boni”, que por sua vez seria comparsa de “Ado”, ainda segundo o delegado. Os autores do duplo homicídio, a tiros, seriam policiais militares à paisana, de acordo com parentes e vizinhos do casal.
Já na madrugada de sábado, dois outros homicídios deixaram os moradores do município ainda mais atordoados: um rapaz levou tiros dentro de um clube e morreu na hora. Na ocasião, um militar acabou ferido. Passados mais alguns minutos, “Nicola”, irmão de um traficante conhecido como “Tuxina”, foi morto a tiros em frente da casa onde morava, na Ruazinha. 
3 meses após matança em Abaeté vem a se Santa Isabel
Menos de três meses depois da chacina em Abaetetuba, outras sete pessoas, todas da mesma família, foram mortas, dessa vez no município de Santa Isabel. Na madrugada de sábado (27/08/2011), cinco homens armados invadiram uma casa no bairro Novo Horizonte e lá deixaram um rastro de pavor e sangue. As vítimas, dentre elas três adolescentes, foram mortas com tiros de escopeta calibre 12.
Os assassinos pouparam um casal de idosos e três crianças, que foram colocados em outro cômodo, enquanto as vítimas eram assassinadas. Dois policiais militares, suspeitos de terem efetuado os disparos, estão presos. Outros cinco PMs apontados como participantes da chacina, ainda podem ter a prisão preventiva solicitada.
REPERCUSSÃO
Na imprensa nacional, logo no domingo à noite, cerca de 24 horas após a matança em Icoaraci, o programa televisivo Fantástico deu uma chamada e mostrou imagens de um cinegrafista amador feitas logo após o crime.
Por todo o dia de ontem, a mídia impressa e digital também repercutiu o fato. Nos sites da Folha de S. Paulo, Estadão, O Dia, e O Globo, dentre muitos outros veículos de comunicação nacionais, as matérias deram as primeiras informações sobre o caso, usando repetidamente o termo “chacina” para classificar o crime, destacando nas matérias que os adolescentes foram assassinados de joelhos, com o rosto virado para a parede e atingidos com tiros na cabeça.
MANCHETES
* “Chacina no Pará mata seis adolescentes” (O Dia On-line);
* “Seis adolescentes são mortos em chacina no Pará” (O Globo On-line);
* “Chacina deixa seis adolescentes mortos no Pará” (Folha de S. Paulo On-line);
* “Seis jovens são mortos em chacina no Pará” (Estadão On-line).
(Diário do Pará)

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