sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Traumatologistas param novamente

Os médicos traumato-ortopedistas vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) suspenderam novamente o atendimento aos pacientes em Belém, desde a última sexta-feira, dia 4. O protesto é contra a falta do pagamento de agosto e setembro já com o reajuste de 200% da tabela de procedimentos, conforme acordo fechado em agosto com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).
Os 15 médicos que realizam cirurgias e outros procedimentos eletivos em pacientes encaminhados pelo SUS para atendimento em hospitais privados já haviam paralisado suas atividades em julho. O acordo que encerrou o movimento previa que a Sespa repassaria 125% do aumento previsto para a Sesma, que complementaria os 75% restantes dos 200%.
Segundo o diretor do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), João Gouveia, no último dia 17 de outubro ficou acertado que os pagamentos seriam realizados no dia 25 passado, mas a Sespa não repassou os recursos para a Sesma, alegando que a planilha enviada pela prefeitura apresentava problemas. Os médicos ainda deram uma semana de prazo, que se esgotou na sexta-feira, quando eles resolveram paralisar novamente.
“Os médicos não têm mais confiança na Sesma ou na Sespa”, disse Gouveia, acrescentando que eles “não sabem quem está mentindo”.
O secretário de Estado de Saúde, Hélio Franco, confirmou que a Sespa não repassou os recursos porque “a Sesma mandou planilhas erradas”, na qual constavam nomes de “ginecologistas e valores repetidos”. O problema, segundo ele, é que “a Sesma é desorganizada”.
Franco informou que a Sespa abriu uma auditoria para avaliar os comprovantes dos procedimentos. Mas, segundo ele, os médicos “não têm motivo para ter medo porque tudo vai ser pago”.
Em nota, a Sesma afirma que “desconhece as alegações da Sespa para não realizar o pagamento dos profissionais”. Segundo a Sesma, os documentos necessários para a efetuação dos pagamentos, “inclusive com cópias em CD”, foram encaminhados na semana passada, com os “valores e comprovantes de procedimentos realizados”. A nota conclui destacando que “todos os documentos encaminhados à Sespa passaram antes por avaliação do Sindicato dos Médicos, para que assim fossem oficializados”.  (Diário do Pará)

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