terça-feira, 22 de novembro de 2011

Médicos não voltarão se dívida não for quitada

Os médicos associados à Cooperativa dos Profissionais de Saúde da Amazônia (Amazoncoop) paralisaram hoje (22) o atendimento nas unidades administradas pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).
“Eles não tem obrigação de voltar. Trabalham por meio de contrato com a Prefeitura de Belém e o prazo encerrou hoje. Como os salários estão atrasados, não vão renovar”, disse ao DOL a assessora da Amozoncoop, Isis Margalho.
Os 350 profissionais estão com os salários atrasados há quatro meses. O contrato era renovado de seis em seis meses e a dívida soma R$ 5,9 milhões, que inclui de junho a outubro.
“Se os médicos receberem pelo menos até setembro, o contrato será renovado e tudo voltará ao normal”, comentou a assessora. 
Com o não-pagamento, o Samu, os prontos-socorros do Guamá, 14 de Março, Bengui, as unidades municipais de saúde do Jurunas, Cotijuba, Carananduba, Icoaraci e Hospital Geral do Mosqueiro vão ficar sem 70% dos médicos de urgência e emergência.
“A Região Metropolitana de Belém ficará apenas com 30% dos médicos, que são da Sesma, na urgência e emergência”, explicou Isis Margalho.
O presidente da Amazoncoop, Luiz Fausto Silva, informou que a Secretaria de Saúde já fez o rapasse da verba para o Banco do Brasil, um valor equivalente a R$ 2.439.990,00, referente aos meses de junho, julho e agosto. 
“Porém, o retorno dos médicos só será feito se a dívida for paga até setembro. A Amazoncoop se responsabiliza em pagar o mês de outubro, para que seja aberto um novo contrato”, disse o presidente.
Luiz Fausto acredita na boa vontade dos médicos. “Tenho certeza que eles aceitarão renovar o contrato para trabalhar para a Sesma. Basta que o pagamento seja feito em dia”, comentou.

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