quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Mal da Vaca Louca não é descartado pela Adepará

Embora não tenha descartado totalmente a possibilidade da contaminação do engenheiro florestal da Emater ter sido por ingestão de carne bovina, o diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Mário Moreira, acredita que a probabilidade da doença que o afetou ser uma variação da ‘Síndrome da Vaca Louca’ é muito pequena. “Não posso falar cabalmente que não é, mas a probabilidade é muito remota”, afirmou Moreira.
Hoje, a Adepará vai emitir nota técnica informando sobre os cuidados que a agência está tomando em relação a prevenções de doenças que envolvam o rebanho bovino paraense, o maior do País. Isso porque, caso fosse confirmado que o caso se refere à Doença da Vaca Louca, ou uma síndrome semelhante, o impacto na economia paraense seria ‘devastador’.
“Não temos exames que comprovem que o caso é de uma variação da Doença da Vaca Louca. Acredito que só um laudo cadavérico poderia dizer com certeza se houve a contaminação por carne bovina. Se isso ocorresse, o impacto no rebanho brasileiro seria seriíssimo, porque incidiria diretamente na economia paraense e seria perigosíssimo para a economia do País”, avalia o diretor.
A rápida evolução clínica do caso é um dos fatores que sugerem não ser um quadro da Creutzefeldt-Jakob, a variação em humanos da Doença da Vaca Louca. Essa é a avaliação da médica veterinária Elvira Colina, que gerencia programas de controle da raiva em herbívoros e outras doenças ligadas ao cérebro para a Adepará.
“Se fosse a Doença da Vaca Louca ou similar, a evolução não seria tão rápida assim. E entre abril e setembro, houve um quadro clínico muito agudo”, diz a especialista. Ela afirma que tanto a Doença da Vaca Louca como a variante humana, a DCJ, têm sintomas parecidos, mas a forma de contaminação sugere diferenças. “A DCJ pode ser transmitida geneticamente”, diz ela.
A preocupação surgiu com o aparecimento de uma doença rara, de difícil diagnóstico, em um funcionário da Emater. A Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) informou que o caso se referia a uma doença priônica, na qual não se sabe a origem da contaminação em pelo menos 80% dos casos. Leia mais no Diário do Pará.

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