terça-feira, 21 de junho de 2011

Ação dos piratas está fora de controle nos rios

Quem depende do rio para se locomover é quem mais sofre com a violência no Pará, de acordo com informações de ribeirinhos, pescadores, prefeitos, e da comunidade em geral que reside nas regiões onde o principal meio de transporte são embarcações. A reclamação sobre a insegurança nos rios paraenses gerou debate ontem na Assembleia Legislativa, em uma sessão especial proposta pelo deputado Chico da Pesca (PT), que contou com a presença de representantes da segurança pública do Estado, Capitania dos Portos, Ministério Público, dos municípios do arquipélago do Marajó e do Baixo Tocantins, além de representantes de colônias de pescadores de todo o Pará, entre outros.
Há ribeirinhos que já foram assaltados mais de dez vezes em apenas um ano. Outros desistiram de morar à beira do rio, onde a locomoção é mais fácil, porque não aguentam mais a ação de piratas, que assaltam com requintes de crueldade as famílias ribeirinhas. A grande maioria vem vender a produção de pescado e da pequena agricultura no Ver-o-Peso, em Belém, mas tem sido surpreendida com a ação dos piratas.
A situação pior é da população do Marajó, com 16 municípios e mais de 400 mil habitantes e o pior índice de desenvolvimento humano do país. O policiamento é insuficiente, 12 dos 16 municípios não possuem sequer uma agência bancária, o que força comerciantes e prefeitos a circularem nas embarcações com dinheiro vivo. Mas o que mais preocupa a população é o isolamento entre as cidades locais.
Maria Gorete da Silva, da comunidade do Tartarugueiro, em São Sebastião da Boa Vista, já foi assaltada nove vezes desde 2009 até abril deste ano, quando teve toda a carga roubada da embarcação da família, numa viagem para a capital, e foi amarrada junto com os outros passageiros. “É preciso que as autoridades olhem para o Marajó e nos ajudem, não temos mais a quem recorrer!”. Leia mais no Diário do Pará.

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