terça-feira, 14 de junho de 2011

Família quer trazer corpo de brasileira de Portugal


Indenização
Ela morreu em acidente de trânsito no mês passado e é objeto de disputa
EDIVALDO MENDES
Correspondente em Castanhal
Familiares da castanhalense Maria Matilde Monteiro de Araújo, 49 anos, não conseguem trazer de volta da cidade portuguesa de Algarve o corpo da parenta, que faleceu no último dia 20 de maio, vitima de acidente entre um carro e uma charrete de passeio turístico, naquela cidade do sul de Portugal. Segundo Maria Iolanda Matni, irmã de Matilde, um advogado português se prontificou a cuidar do traslado do corpo para o Brasil, mas, em vez de tomar essa providência, estaria mais preocupado em receber uma indenização pela morte da brasileira, similar ao nosso Dpvat (Seguro de Danos Pessoais de Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre). O corpo de Matilde permanece guardado em uma das geladeiras do necrotério do hospital da cidade de Faro.
Na ultima sexta-feira, o advogado Tiago Nene telefonou para Iolanda informando que a situação "estava ficando cada vez mais difícil", impossibilitando que se realizasse o traslado do corpo da castanhalense. Diante dessa situação de sofrimento, ainda desorientados sobre o que fazer e desconfiados das intenções do referido advogado, Iolanda, a madrasta dela e de Matilde, Angélica Pereira, e a sobrinha Simone Cabral decidiram procurar, na manhã de ontem, a reportagem de O Liberal para pedir ajuda. Ela também está em contato com o deputado estadual Márcio Miranda, que prometeu entrar em contato com o consulado brasileira na cidade do Porto, o mais próximo de Algarve, assim como procurar o secretario Zenaldo Coutinho, titular da Casa Civil do governo do Estado.
Há quatro anos, Matilde, que trabalhava como pedagoga em Castanhal, foi morar em Portugal. Lá, ela passou a trabalhar num supermercado na cidade de Algarve. No dia o acidente, uma sexta-feira, depois do expediente, ela se encontrou com seu namorado, o português Antonio Gonçalves, e ambos resolveram ir a um café. Durante o caminho, quando eles estavam caminhando pela marginal Monte Gordo, surgiu um carro em alta velocidade, com os faróis apagados, dirigido por um jovem de pouco mais de 20 anos. O veículo teria atingido uma charrete de passeio turístico, na qual vinham duas pessoas. Segundo informações da Guarda Nacional Republicana (GNR), nesse momento, o carro teria se desgovernado, subido a calçada e atingido Matilde e Antonio.

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