terça-feira, 14 de junho de 2011

Venda de gás inflama protesto


CONCORRÊNCIA
Revendas acusam distribuidoras de alimentar comércio irregular do produto
Em Belém, existem mais de 600 postos legalizados de venda de gás de cozinha, contra dois mil postos irregulares, segundo afirma o Sindicato das Revendedoras de Gás Liquefeito e Petróleo do Pará (Sergap). Inconformados com a concorrência ilegal e perigosa, os revendedores de gás fizeram um protesto, na manhã de ontem, na rodovia Arthur Bernardes, em frente ao terminal onde funcionam três das quatro distribuidoras do produto na capital paraense. Essas distribuidoras, ainda de acordo com o sindicato, não apenas têm conhecimento como permitem a comercialização ilegal do botijão de gás. A entidade alega que, além de não pagarem impostos, os postos irregulares oferecem riscos aos seus funcionários e clientes, com práticas inadequadas como condições precárias de armazenamento e contratações de menores de idade para trabalharem na venda dos botijões.
Os manifestantes deixaram seus caminhões estacionados ao longo da rodovia, estreitando a pista e provocando engarrafamento. Eles levaram para o protesto faixas com fotos de flagrantes feitos em postos ilegais. 'Ninguém quer prejudicar o consumidor, e sim mostrar as irregularidades', afirmou Paulo Soler, presidente do Sergap. Ele explicou que existem mais de 100 revendedoras regularizadas em Belém e que recebem os produtos das distribuidoras. Porém, algumas dessas revendedoras estariam repassando os botijões para os pontos clandestinos. Soler disse ainda que parte dessas revendedoras possui documentos que permitem o seu funcionamento mas não estão aptas a trabalhar.
Ele queixou-se que o Ministério do Trabalho não fiscaliza o setor. 'Muitos trabalhadores desses postos atuam na ilegalidade, andam de moto sem capacete. Tem postos com menores trabalhando. Os revendedores que estão aqui hoje (ontem) são os que trabalham de forma séria', declarou.

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