sábado, 18 de junho de 2011

Sociedade aumenta a pressão


MOVIMENTO
MPE recebe da OAB documento com 25 mil assinaturas, que cobra prisões
A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará (OAB-PA) entregou ao Ministério Público do Estado (MPE-PA) um abaixo-assinado com 25 mil assinaturas pedindo a prisão preventiva e sequestro dos bens dos envolvidos nas fraudes em contratos e licitações da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), na manhã de ontem. O MPE-PA aponta que na gestão do ex-deputado Domingos Juvenil (PMDB) como presidente da Alepa (2007 a 2010), mensalmente, havia desvios de R$ 800 a R$ 1 milhão. De 2000 a 2010, as fraudes na casa legislativa geraram um rombo de R$ 8 milhões nos cofres públicos. Até agora foram presos José Carlos Rodrigues (dono da empresa Croc Tapioca, beneficiada em licitações) e Sandro Rogério Nogueira de Sousa (membro da comissão de licitações da Alepa). O ex-diretor do Departamento de Estado de Trânsito do Pará (Detran-PA), Sérgio Duboc, está foragido.
O abaixo-assinado foi recebido pelo procurador-geral de Justiça em exercício do MPE-PA, Jorge Mendonça. O presidente da OAB-PA, Jarbas Vasconcelos, e o arcebispo Metropolitano de Belém, dom Alberto Taveira, foram os responsáveis pela entrega, ocorrida na sede do Ministério Público. A entrega foi acompanhada por várias entidades e sindicatos que pedem o fim da corrupção na Alepa e na política estadual. O auditório da instituição ficou pequeno para todas as pessoas que levaram faixas, aplaudiam e gritavam em coro pela prisão dos envolvidos no escândalo. As Organizações Romulo Maiorana (ORM) também apóiam a causa.
Jarbas Vasconcelos ressaltou que a sensação de impunidade e descrença do povo na Justiça é grande. Para ele, os pedidos do abaixo-assinado são amparados judicialmente e criminalmente pelas denúncias da OAB-PA. 'Entrego às mãos do procurador-geral, Jorge Mendonça, 25 mil assinaturas de paraenses que pedem a prisão preventiva de todos que tiverem indícios de envolvimento nas fraudes na Alepa - e sequestro dos bens. Mas o que temos já não são só indícios. São provas de envolvimento. Precisamos espancar esse sentimento de impunidade, mostrando que ricos e poderosos também vão para a cadeia. Estamos convivendo com pedófilos, ladrões e assassinos porque eles possuem nome e atrasam a Justiça, com recursos a perder de vista. Precisamos por um fim nisso. Essas assinaturas provam que o MPE não está sozinho', declarou.

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