quarta-feira, 29 de junho de 2011

Mãe é presa após jogar corpo de bebê no matagal

Na madrugada do último domingo, Amanda dos Passos Dias, 20 anos, deu entrada no setor de emergência do Hospital Municipal de Oriximiná sentindo fortes dores na região pélvica. Em seguida, ela deu à luz um bebê do sexo feminino, que não resistiu e morreu logo em seguida. Liberada pelos médicos, a caminho de casa, a mãe abandonou o corpo do bebê dentro de um matagal.
De acordo com o diretor do Hospital Municipal, Ricardo Damasceno, na madrugada de domingo, assim que Amanda deu entrada na unidade, recebeu atendimento e tomou um remédio para conter as dores. Ficou em observação acompanhada de uma técnica em enfermagem. Segundo o diretor, Amanda negou ter ingerido alguma substância abortiva, mesmo se queixando de dores.
Conforme relatos da técnica em enfermagem, Amanda pediu para ir ao banheiro e lá dentro deu um grito. Foi nesse momento que a profissional se deparou com uma criança dentro do vaso sanitário, abortada por Amanda. “Quando percebi que a criança estava viva, pedi ajuda, mas ouvi em seguida a mãe dizer que não queria que o filho sobrevivesse. É monstruoso uma mãe dizer uma coisa dessas”.
Depois de retirada do vaso, a criança foi submetida com sucesso a uma reanimação cardiorrespiratória, pois o coração estava batendo. A direção acionou a pediatra do hospital, que prestou os primeiros socorros ao bebê, enquanto a mãe era transferida para a Maternidade São Domingos Sávio. Apesar do atendimento, o bebê morreu logo depois, segundo a direção do hospital, por imaturidade pulmonar.
O corpo da criança foi entregue à mãe, que já estava liberada da maternidade. Amanda chamou um mototáxi e pediu para levá-la para casa. Segundo o mototaxista, no momento em que ele se aproximou de um matagal no bairro do Santíssimo, a passageira pediu para que ele parasse a moto. “Ela se afastou e entrou no mato, voltando em seguida somente com o pano”, diz.
O mototaxista deixou Amanda na casa dela e foi atrás da polícia. Ele disse que quando chegaram no mato, ficaram chocados ao ver o corpo da criança jogado. “Não acreditei no que vi”, disse o mototaxista, que pediu para não ter o nome divulgado. Na delegacia, Amanda disse que não queria a criança. Ela foi presa em flagrante e está à disposição da Justiça. (Diário do Pará, Oriximiná)

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